Boletim Letras 360º #646

DO EDITOR
 
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LANÇAMENTOS
 
Nova edição e tradução de um dos livros mais marcantes da obra de Lu Xun.
 
Grito é a primeira e mais importante coletânea de textos ficcionais de Lu Xun (pseudônimo de Zhou Shuren, 1881-1936), um dos fundadores e o maior expoente do modernismo literário chinês, dono de uma escrita que alia profundo espírito de inovação ao conhecimento minucioso da cultura milenar de seu país. Ao longo das catorze narrativas, redigidas entre 1918 e 1922, precedidas de um autobiográfico “Prefácio do autor”, Lu Xun não só compõe um retrato vivo do crepúsculo da dinastia Qing (1644-1911) e do conturbado nascimento da primeira República da China (1912-1949), como tece um agudo comentário crítico aos valores fundamentais e males arraigados da sociedade chinesa. Sua atuação enquanto homem da educação e da cultura, aliada ao alcance de seu Grito — mesmo sem ter jamais se filiado a qualquer partido e ser contrário à instrumentalização da literatura pela política —, o levaria a ser um considerado um verdadeiro modelo de intelectual pelos líderes da Revolução Chinesa de 1949. O estilo único de Lu Xun se move com liberdade entre a expressiva língua coloquial de seu tempo e o emprego consciente e altamente irônico da linguagem ornamentada e aristocrática que por séculos caracterizou a literatura chinesa tradicional. Essa prosa arrojada é aqui criativamente reinventada em português pelo premiado sinólogo Giorgio Sinedino, professor da Universidade de Macau, autor também do amplo estudo biográfico que serve de introdução a este volume e de um alentado ensaio com comentários esclarecedores a cada um dos contos de Grito. A edição conta ainda com 77 desenhos de Feng Zikai (1898-1975), artista pioneiro da ilustração moderna na China. Publicação da Editora 34. Você pode comprar o livro aqui.
 
O novo livro de Juan Pablo Villalobos, escritor significativo da literatura mexicana atual.
 
Novela enxuta e hilariante, esta é uma declaração de amor à escrita. Com reflexões agudas e sagazes sobre as relações familiares e sociais, a ambição profissional e o ofício de contar histórias, Villalobos mostra que a vida como ela é guarda muito mais surpresas do que podemos supor. Com prosa ágil e vibrante, Juan Pablo Villalobos criou um estilo para chamar de seu. Novela com componentes autobiográficos, Salão de escrita e beleza começa com uma passagem banal do narrador pela recepção de uma clínica onde fez um exame de colonoscopia. O que parece uma cena corriqueira e até pouco inspiradora serve como pontapé para uma sequência de situações improváveis — incluindo a abordagem de um homem misterioso interessado em fazer um curso de escrita e um acidente com uma profissional pouco hábil com a tesoura. O resultado é uma luminosa comédia de erros. Salão de escrita e beleza sai pela Companhia das Letras; a tradução é de Sérgio Molina. Você pode comprar o livro aqui.

Livro reúne quatro contos de Dylan Thomas.
 
Os quatro contos reunidos em Os pêssegos e outros contos mostram por que Dylan Thomas é considerado um dos maiores autores do século XX. Três relatos de natureza autobiográfica retratam, com lirismo e humor, as peripécias da infância (“Os pêssegos”, que aparece no título da coletânea), as desilusões da juventude (“Como cães de rua”) e o início da vida profissional (“A velha Garbo”). O último conto da seleção, “Escola para bruxas”, com sua potência imaginativa e surrealismo, atesta a elasticidade da prosa do autor galês. Com tradução de Odorico Leal, o livro é publicado pelo selo Poente. Você pode comprar o livro aqui.
 
Uma edição comemora os 20 anos da obra de Carlos Machado.
 
O escritor estreia na literatura com os A voz do outro e Nós da província. Os contos do primeiro livro exploram a invisibilidade e a marginalização das pessoas comuns, refletindo sobre a experiência humana e a condição do indivíduo na sociedade. Já, A voz do outro traz contos marcados pelo jogo entre memória, identidade e a inevitável influência do outro sobre a construção da voz narrativa. Esses traços que seriam constantes nas obras futuras estão reunidos na edição comemorativa produzida para celebrar a ocasião dos 20 anos de vida literária do escritor; publicação da editora Arte & Letra. Você pode comprar o livro aqui.
 
Um romance de estreia eletrizante sobre a dinâmica íntima e complexa da competição entre mulheres no esporte.
 
Oito meninas, dois dias de luta, um ringue. O desejo, a raiva e a intimidade de jovens que se enfrentam para decidir quem é a melhor boxeadora do país. Um romance para ler com o coração acelerado — e que reverbera muito depois de soar o gongo. Com uma narrativa cinética e absolutamente vigorosa, Rita Bullwinkel ilumina a esfera privada de cada uma das lutadoras para oferecer, entre urros, esquivas, combinações de socos e jogos de perna, vislumbres do passado e do futuro das adolescentes. Porrada, que sai pela Todavia com tradução de Marcela Lanius, foi finalista do Pulitzer. Você pode comprar o livro aqui.
 
Cartas que testemunham uma nesga da história do Brasil.
 
Cartas da trincheira reúne a correspondência entre o escritor modernista Guilherme de Almeida (1890-1969) e sua mulher, Belkis Barrozo do Amaral (Baby, 1901-1988), durante a Revolução Constitucionalista de 1932, quando o poeta se alistou no 1º Batalhão da Liga da Defesa Paulista, na chamada “tropa dos doutores”, sediada em Cunha. O leitor vivencia o ambiente da guerra, a censura no Correio Militar, a precariedade da comunicação telefônica, o atraso no recebimento das cartas e mensagens provavelmente cifradas. Sobressai a personalidade de Baby, oriunda da alta sociedade carioca, afirmando a sua independência, não se transferindo, naquela ocasião, para a casa da sogra, de acordo com os protocolos da época. Na Introdução são apresentados os dados dos missivistas e suas inserções no contexto sociocultural do período, marcadamente dos participantes modernistas. Pode-se tomar conhecimento também das redes de amizades, de trabalho, de acontecimentos circunstanciais ligados ao desempenho intelectual do poeta ativo nos jornais e no rádio. Amplia-se a fortuna crítica da epistolografia no século XX, por meio da apresentação de elementos significativos para o estudo das cartas de amor e da escrita epistolar feminina no Brasil, colocando em pauta questões de gênero. O livro traz, ainda, outros inéditos importantes, como, por exemplo, trechos do diário pessoal de Guilherme de Almeida, escrito durante o conflito. Organizado por Maria Eugenia Boaventura, o livro sai pelas editoras Unicamp e Unifesp. Você pode comprar o livro aqui.
 
Fino cronista da língua e da literatura, além de ficcionista renomado, Sérgio Rodrigues dedica-se a discutir engrenagens que movem a imaginação leitora. Sem ser exatamente um manual, o livro também está repleto de insights para quem escreve ou deseja escrever.
 
Sérgio Rodrigues viu seu antigo projeto de escrever um livro sobre escrever, que vinha tocando sem pressa, ganhar uma urgência dramática: de repente, a inteligência artificial generativa tornava possível criar num instante um texto melhor que o da imensa maioria dos escribas humanos. Estaria a milenar tradição da escrita literária condenada a desaparecer? Em Escrever é humano, Rodrigues defende que escrever literatura é trabalho de gente, por mobilizar tanto a inteligência quanto outras dimensões da vida, intuição e desejo incluídos. Adepto da troca de passes, o autor de O drible passa a palavra a outros autores, de Anton Tchékhov a Clarice Lispector, de Jorge Luis Borges a Chimamanda Ngozi Adichie, além de revisitar livros clássicos sobre escrita. A questão da busca da “voz própria” é tratada com brilho, ao lado de aspectos técnicos como precisão vocabular, ritmo, pontuação, trama e pessoa narrativa. Erudito e cheio de humor, o livro se ocupa também de dimensões mais mundanas, como o impacto da escrita sobre a vida íntima de quem escreve (e vice-versa), e sociais, com sua carga ética e política. Publicação da Companhia das Letras. Você pode comprar o livro aqui.
 
Livro reúne ensaios de Luiz Ruffato dedicados à literatura brasileira.
 
Luiz Ruffato, um dos nossos grandes autores de ficção, apresenta em A mão no fogo sua faceta de ensaísta, propondo um olhar original sobre a história da literatura brasileira ― uma história marcada por apagamentos, exclusões e leituras enviesadas. Nesta coleção de textos, escritores como Graciliano Ramos, Guimarães Rosa e Júlia Lopes de Almeida aparecem desafiando convenções e demolindo expectativas, seja por suas posturas políticas ou pela qualidade sui generis de suas obras. No caso de Guimarães Rosa, encontramos um mestre de potência literária incontestável, mas “infértil” na hora de influenciar outros autores. Graciliano Ramos é abordado como um antimodernista por excelência e flagrado durante a escrita do romance São Bernardo, um clássico que foi (em suas palavras) “traduzido para um brasileiro encrencado, muito diferente desse que aparece nos livros da gente”. Temos ainda a luta para inserir Lima Barreto no cânone da literatura e o silêncio em torno do mineiro Rosário Fusco, um autor entre o Dostoiévski e o Kafka dos trópicos. E a escritora Júlia Lopes de Almeida é recuperada como uma das vozes mais injustiçadas de nossa tradição literária. Essas histórias, vividas à margem ou à meia-luz, ganham ainda mais força graças à originalidade da escrita de Ruffato, que, como aponta o crítico Pedro Meira Monteiro no prefácio, carrega “um ar de prosa solta” sobre o desenho nem sempre claro da nossa literatura. Publicação da editora Autêntica. Você pode comprar o livro aqui.
 
Romance que consagrou a autora como uma das mais importantes vozes literárias da atualidade em nova edição e tradução.
 
Inspirando-se em vivências reais, Camila Sosa Villada narra neste livro a busca de sua personagem por pertencimento desde a infância no interior, quando sonhava em despertar “convertida na mulher que quero ser”. O pai bêbado e violento a adverte de que terminará morta jogada numa vala. Ao chegar em Córdoba para estudar, conhece as trabalhadoras sexuais do parque Sarmiento e descobre que ser travesti, apesar de todo ódio e fúria, também pode ser uma festa. E é aí que insistem em lhe dizer o óbvio: “Você tem o direito de ser feliz”. A narradora conta sua história — e a de diversas outras figuras inesquecíveis — com uma prosa de vigor quase milagroso, mesclando a crueza dos fatos com os encantos da imaginação, casando a violência da palavra exata com o alento da poesia. Romance de estreia de Camila Sosa Villada, responsável por transformá-la em uma verdadeira estrela literária, As malditas é uma peça poderosa de sonho, dor e, sobretudo, resistência. Tradução de Joca Reiners Terron; publicação da Companhia das Letras. Você pode comprar o livro aqui
 
REEDIÇÕES
 
A Nova Aguilar publica a obra completa de José de Alencar organizada por Afrânio Coutinho.
 
O escritor foi um dos grandes responsáveis por consolidar a identidade da literatura brasileira no século XIX. Seus textos atravessam fronteiras entre gêneros, indo do romance urbano à crônica histórica, e explorando lendas indianistas e temas regionais. A coleção agora publicada conta com mais de quatro mil páginas distribuídas em quatro volumes de luxo, com acabamento em capa dura revestida de tecido e sobrecapa em pantone metálico. Conta ainda com um miolo impresso em papel-bíblia de alta qualidade. Além disso, o primeiro volume traz um caderno iconográfico, repleto de imagens raras e reproduções históricas, que contextualizam a trajetória e a relevância do autor para a cultura brasileira. A edição está assim organizada: o primeiro volume traz romances urbanos que se destacam pela crítica aos costumes da burguesia carioca e pela representação de temas sociais relevantes — são obras como em Senhora, Lucíola e Cinco Minutos. O segundo volume é dedicado aos romances históricos, entre eles O Guarani e As Minas de Prata, que imortalizaram Alencar como um dos mestres do gênero no Brasil. No terceiro volume encontramos as lendas indianistas, como Iracema e Ubirajara, além de romances regionais que retratam com profundidade a vida no sertão brasileiro, como O Sertanejo e Til.  Encerra a edição o quarto volume. Este abrange a produção em teatro, poesia, ensaios e cartas, oferecendo uma visão mais ampla das reflexões políticas e literárias do autor. Além dos textos de Alencar, a coleção apresenta uma fortuna crítica organizada por Afrânio Coutinho, incluindo o ensaio do próprio Alencar “Como e por que sou romancista”, no qual o autor discorre sobre seu processo criativo e sua visão da literatura brasileira. Você pode comprar o livro aqui.

OBITUÁRIO

Régis Bonvicino nasceu em 1955, em São Paulo. Formado em Direito pela Universidade de São Paulo, construiu uma obra multifacetada, se destacando na poesia. O primeiro livro publicado é de 1975, Bicho papel, no mesmo ano em que inicia uma intensa atividade junto aos meios de imprensa, tais como Jornal da Tarde, Isto É e Folha de São Paulo. É também na mesma década que realiza alguns projetos voltados para a divulgação da poesia, como as revistas Poesiaem G e Qorpo Estranho; mais tarde, nos anos 2000, codirigiu com Charles Bernstein a revista Sibila. Nos anos seguintes vieram Sósia da cópia (1983), Más companhias (1987), 33 poemas (1990, Prêmio Jabuti no ano seguinte),  Ossos de borboletas (1996), Céu-eclipse (1999), Remorsos do Cosmos (de ter vindo ao sol) (2003), Página órfã (2007), Estado crítico (2013), A nova utopia, entre outros. Além de poeta, Bonvicino foi tradutor; nessa lavra, traduziu obras de Jules Laforgue, Oliverio Girondo, Michael Palmer, Robert Creeley, Douglas Messerli, Charles Bernstein, Odile Cisneros, Thérèse Bachand e vários nomes da poesia chinesa contemporânea para antologia organizada e também traduzida por Yao Feng Um barco remenda o mar: dez poetas chineses contemporâneos.   Reuniu a obra do poeta experimental e visual Edgard Braga em Desbragada (1984) e as cartas que trocou com Paulo Leminski em Uma carta uma brasa através (1992, reeditado em versão expandida em 1999 com o título de Envie meu dicionário). Bonvicino morreu no dia 5 de julho de 2025 em São Paulo. 
 
RAPIDINHAS
 
Carlos Drummond de Andrade, o contista.  No âmbito do projeto de reedição da obra do poeta mineiro, a Record publica dois novos títulos. O primeiro deles, Contos plausíveis, traz os textos que escreveu para o Jornal do Brasil e foram reunidos em livro pela primeira vez em 1981. A nova edição tem posfácio de João Anzanello Carrascoza.
 
Ainda Carlos Drummond de Andrade, agora o poeta. O segundo livro reeditado é A paixão medida, de 1980. Com poemas que revisitam o tema do amor, mas mostram também um poeta interessado no poema em prosa, a edição sai com posfácio assinado por Maria Fernanda Cândido.
 
Juan José Saer. A editora Iluminuras reimprimiu e, enfim, os leitores têm à sua disposição a tradução de José Feres Sabino de O enteado, romance em que o escritor explora à exaustão os vínculos entre ficção e história.
 
Edgar Allan Poe, o autor de ficção científica. Antologia organizada por Martha Argel e Humberto Moura Neto reúne contos do mestre do macabro que o coloca entre os inventores da moderna ficção científica. A edição é da Aleph e traz ilustrações de Luis Aranguri e prefácio de Anselmi Matangrano.

Jorge Isaacs. Está previsto para agosto a publicação de María, considerado um dos romances mais emblemáticos do romantismo latino-americano. A tradução é de Gilson Charles dos Santos e o livro sai pela Pinard.   

DICAS DE LEITURA
 
1. Pioneiros!, de Willa Cather (Trad. José Geraldo Couto, Editora Lume, 232p.) Situado nas pradarias do Nebraska no fim do século XIX, o romance explora a luta dos Bergson por construir uma vida em meio a condições adversas. Você pode comprar o livro aqui
 
2. Memórias de marta, de Júlia Lopes de Almeida (Penguin & Companhia das Letras, 136p.) A vida, da infância à maturidade concebida por uma moradora de cortiço, e o exame atento das circunstâncias sócio-históricas do brasil oitocentista. Você pode comprar o livro aqui
 
3. Eu o supremo, de Augusto Roa Bastos (Trad. André Aires, Pinard, 576p.) A partir da biografia do ditador José Gaspar Francia, um perfil ficcionalizado de uma dessas figuras execráveis do longo período de trevas que oprimiu os povos da América Latina. Você pode comprar o livro aqui
 
VÍDEOS, VERSOS E OUTRAS PROSAS
 
A Editora Unesp disponibiliza o acesso gratuito de mais um título da sua Coleção Brasil — projeto interessado em resgatar obras de gênero diverso no âmbito da literatura e do pensamento crítico que caíram no esquecimento. Organizada por Maria Eunice Moreira — autora também das notas e do estudo crítico — Fantasia e outros textos busca recolocar em evidência a obra de Cândida Fortes Brandão, autora que em sua época foi aclamada por figuras como Júlia Lopes de Almeida e Olavo Bilac. Aqui
 
BAÚ DE LETRAS

Em 2021, o então colunista do Letras Wagner Silva Gomes escreveu um texto pensando alguns motivos da poesia de Régis Bonvicino a partir de Régis hotel, livro do poeta paulistano. 

Celebramos neste dia 5 de julho de 2025 o 70º aniversário de Mia Couto. Durante algum tempo seu nome foi constante entre nós. Neste endereço é possível encontrar, entre outras publicações, resenhas de livros com O fio das missangas, A confissão da leoa, Cada homem é uma raça e Mulheres de cinzas.

Neste texto que traduzimos para o Letras em 2017, o leitor encontra um breve perfil do escritor paraguaio Augusto Roa Bastos de quem recomendamos na seção anterior Eu o supremo

Ainda no rol dos perfis, recordamos do nosso arquivo, este texto de 2009 dedicado ao escritor brasileiro José de Alencar.

DUAS PALAVRINHAS

A esperança não existe, nem deixa de existir. Ela nasce quando muitos trilham o mesmo caminho. 

— Em Diário de um louco, de Lu Xun.


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