Os desenhos de Salvador Dalí para "A Divina Comédia", de Dante
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Dante Alighieri nasceu em Florença, Itália, em 1265.
Inicialmente, sua poesia tinha o amor como tema central. Seu primeiro grande
trabalho foi Vita Nuova. Exilado
em Paris, Dante escreveu Convivio,
espécie de súmula poética da filosofia medieval, bem como o tratado político Monarchia. Entre 1304 e 1308, já depois do
exílio em Paris, mas não o desterro de Florença, que jamais expiraria, começou
a escrever a Comedia, que no
século XVI ganharia de Boccaccio o adjetivo Divina. A obra, contudo, só seria publicada na íntegra já perto da
morte do autor, em 1321.
Tido como texto fundador da língua italiana, súmula da
cosmovisão de toda uma época, monumento poético de rigor e beleza, obra magna
da literatura universal, um clássico, e como bom clássico, este livro teve vários
aventureiros que reservaram ao direito de representá-lo pela pintura. Dos
artistas diversos que ilustraram a Divina
Comédia estão Sandro Botticelli, no século XV, William Blake, no século
XVIII, Gustave Doré, no século XIX – falaremos dele por aqui a seu tempo.
Hoje apresentaremos o trabalho que outro importante nome das
artes plásticas fez para o clássico de Dante, Salvador Dalí que, por volta de
1950, quase seis séculos depois, deu início a composição de um conjunto de ilustrações para A Divina
Comédia a pedido do governo italiano. A série com 100 pinturas em aquarela
marcaram os 700 anos de aniversário da obra e levou quase dez anos para sua conclusão.
O acordo com o governo foi desfeito por ter percebido, depois, que uma
obra-símbolo da Itália não deveria ser ilustrada por um espanhol. Dalí, como se vê deu prosseguimento e findou o projeto por conta própria.
Os desenhos que já estiveram expostos em várias partes do mundo está agora, como noticiamos esta semana na fan page do Letras no Facebook, na galeria da Caixa Cultural, no Rio de Janeiro, até o dia 2 de setembro com entradas gratuitas.
O Letras preparou um pequeno catálogo com 33 dos 100 desenhos.
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