Postagens

salvação

Imagem
Despido de minha alma, Na calma da noite, Anjo decaído, Divaguei por terras alheias de meu pensamento vago. Encontrei como minha cara espichada num Cristo – esquema ilusório. Uma lágrima virada em rio caudaloso. Voz suave no silêncio do tempo, Estou preso num leve desespero. Enxergo-me atraído pelo inferno dantes. Não quero mais dormir. Olhei minha alma por vezes cortada no espelho, Cheiro de morte no ar, Estou prestes a pular no cansaço de meus olhos. Desperdicei meu tempo preso em mim. Preciso de palavras pra esse caso de emergência. Pra cumprir um poema sem nexo. Sem cor, sem amor, um poema suicida. Preciso das sombras delas pra dilatar meu funeral. Debaixo do tempo me esconderei, Amarrado no desespero. Nunca me vi alma vil presa – estranhei. Cedo ou tarde tenho de me despedir de mim. Voltar ao começo: Anjo decaído preso no tempo – pensamento vago. Cara espichada em versos verde lodo – Cristo bugre. Alma cingida por fitas vermelhas – o desespero,...

Minicurso Auta de Souza in verso e (re) verso

Este é o minicurso será administrado por Pedro Fernandes de Oliveira Neto, aluno do curso de Letras/Língua Portuguesa, a partir de quarta-feira, dia 04 de dezembro, durante a XIV Semana de Letras e Artes da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte. * Auta de Souza nasceu em Macaíba (RN) em 12 de setembro de 1876. Filha de Eloy Castriciano de Souza e Henriqueta Leopoldina de Souza e irmã de dois políticos e intelectuais, Henrique Castriciano e Eloy de Souza, aos 14 anos apareceram os primeiros sinais da tuberculose, obrigando-a a abandonar os estudos e a iniciar uma longa viagem pelo interior do Rio Grande do Norte em busca da cura. É uma das autoras potiguares que mais ficou conhecida fora do estado. Sua poesia, de um romantismo ultrapassado e com leves traços simbolistas, circulou nas rodas literárias do país despertando, sempre muita emoção e interesse, e foi fartamente incluída nas antologias e manuais de poesia das primeiras décadas. A peregrinação pela cura...