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Best-sellers de outros tempos: Os Thibault, de Roger Martin du Gard

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Por Javier Pérez  Roger Martin du Gard. Foto: P. Delbo Quando falamos de romances-rio, ou verdadeiros monstros de longa extensão, geralmente pensamos naquelas obras russas do século XIX, ou em folhetins quase  intermináveis em que as personagens sofrem um bocado, estilo Charles Dickens, ou as em que o autor se esforça para descrever, por exemplo, os esgotos de sua cidade, como Victor Hugo faz na parte final de Os miseráveis . Mas essas espécies raras também apareceram no século XX, ainda que em seus primórdios, e são verdadeiros prodígios de exuberância, incontinência verbal e grafomania. Podemos citar, sem qualquer pretensão de sermos exaustivos, Marcel Proust e seu À procura do tempo perdido, publicado entre 1913 e 1927, ou A montanha mágica , de Thomas Mann, escrito entre 1912 e 1924 e mais curto que o romance francês. No entanto, apesar de contar com essas duas obras-primas de qualidade indiscútivel, o gosto da época pendia para autores mais acessíveis, como Roger Martin ...