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Toda a poesia, de Paulo Leminski

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Por Pedro Fernandes Paulo Leminski. Foto: Dico Kremer Paulo Leminski. Não é necessário revirar muito a web para ler e saber sobre o poeta nem é preciso ir muito longe também para encontrar um verso, uma frase, um poema, qualquer coisa que seja de sua autoria. Confirma-se hoje o que há muito nunca se suspeitou: Leminski está já entre os grandes poetas brasileiros. Dizemos isso porque o escritor foi apresentado na cena literária como sendo fazedor de uma literatura menor, isso ao lado de nomes como Ana Cristina Cesar, Chacal, Cacaso, entre outros. O grupo, entretanto, contribuiu para ‘desinfetar’ o lugar do poema no Brasil. É que, mesmo depois da virada modernista quando a poesia ganhou outras feições e saiu do lugar do empolado, que fazer verso ainda era coisa de ‘iluminado’; a poema ainda era o texto dado para poucos e sua circulação feita em espaços próprios. Noutras palavras, despojou-se o verso, mas o poema permaneceu de paletó e gravata – estamos pensando aqui em nome...

Promoção "Eu leio Leminski"

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O Letras in.verso e re.verso sorteia entre os amigos de sua fan page no Facebook um exemplar da edição Toda poesia , de Paulo Leminski, a ser publicada no próximo dia 28 de fevereiro, pela Companhia das Letras. A promoção é válida apenas para os amigos que estão em solo brasileiro e cumprirem com as etapas descritas a seguir: 1. Curtir a fan page do Letras no Facebook; 2. Compartilhar o banner da promoção, localizado no topo da time line; 3. Na fan page ir na aba “ Promoções ” (localizada abaixo da foto de capa da fan page) e clicar em “Quero participar” a fim de validar o processo. O sorteio será realizado via  sorteie.me  no dia 14 de março, às 19h, por ocasião do Dia da Poesia. O sorteado será contatado por mensagem para que providenciemos a entrega do prêmio.

Boletim Letras 360º #1

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Boletim Letras 360º  – o que é isso?  Quem acompanha a  página do Letras in.verso e re.verso no Facebook  já está acostumado a todo sábado receber a publicação de um boletim dando contas do que circulou durante a semana neste blog. A nova coluna que se inaugura hoje por aqui cumprirá um propósito semelhante: o interesse, agora, é fazer o movimento contrário, isto é, trazer o que foi notícia durante a semana no nosso reduto de Facebook para o blog. Como o boletim editado na rede social, esta coluna sairá todos os sábados. Segunda-feira, 18/02 >>> Portugal: Está on-line a 9ª edição da revista Blimunda O número de fevereiro da revista da Fundação José Saramago é dedicado a Michel Giacometti, uma das figuras fundamentais na recuperação do patrimônio cultural português. Para o dossiê organizado por Sara Figueiredo Costa contou-se com a colaboração de quatro figuras do panorama musical que, acompanhados de fotografias cedidas pelo Museu da Música Portugu...

Camilo Castelo Branco em edições críticas

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Por Pedro Fernandes Ontem, 21 de fevereiro, a Imprensa Nacional Casa da Moeda (INCM) deu a conhecimento do público de língua portuguesa os dois volumes da edição crítica de Camilo Castelo Branco; os lançamentos incluem dois títulos já bem conhecidos por aqui, Amor de perdição e O regicida . O trabalho é fruto de vários anos de pesquisa – pelo menos desde 2006, confirmou-nos a equipe responsável – e envolve hoje quatro pesquisadores da Universidade de Lisboa e um pesquisador brasileiro e cinco colaboradores, todos professores ou pós-graduados do Centro de Linguística da Universidade de Lisboa, que estudam os manuscritos de Camilo. Trabalho, certamente, árduo, tendo em vista que muito dos escritos do autor português foram várias vezes reescritos pelo próprio autor, como por exemplo, Amor de perdição , que sobreviveu a pelos cinco versões e a que os pesquisadores se detiveram é a última patente no acervo do Real Gabinete Português de Leitura, no Rio de Janeiro. Só a saga...

Lincoln, de Steven Spielberg

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Por Pedro Fernandes Quando as identidades entram em crise é natural que os mantenedores do poder simbólico entrem em cena para – com os fragmentos – engessar coisa que ainda a sustente. Parece ser repetir pela enésima vez isso com os estadunidenses. Se em todos os setores há uma constante reafirmação do statos quo da potência responsável pelo provimento do bom andamento da ordem mundial, também no cinema, os reforços não passam despercebidos até do observador mais leigo. Evidentemente não ser isto algo inédito. Mas, as produções de meados de 2012 para início de 2013 – uma olhada na lista dos concorrentes ao Oscar de Melhor Filme será suficiente para entender – deram uma lapidada nos cacos e reforçaram cada uma à sua maneira as formas de bendizer o seu país. Lincoln , de Steven Spielberg é um deles. E não seria blasfêmia acreditar que este é o grande favorito ao Oscar de Melhor Filme, mesmo estando concorrendo com outras produções muito mais significativas e dispensa...

Anotações sobre o bom e o mau leitor

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Por Pedro Fernandes ilustração: Mateus Di Mambro Não é de hoje que andei pensando sobre as questões que vou enumerar a seguir: os que estão do lado da crítica têm certa facilidade para dizer se um escritor é bom ou ruim. Temos cá certas ressalvas que nos faz decidir por uma via ou por outra; com o tempo a prática se torna tão corriqueira que se torna técnica e somos mesmo capazes de dizer que um escritor é ruim sem nem mesmo sentar-se para ler integralmente algum escrito seu. Para a via contrária é impossível. E aí pode parecer que eu esteja caindo num paradoxo. Mas não. Há determinados fatores externos ao da leitura obrigatória e integral de um escritor que são definidores para dizer se ele é bom ou ruim, como a sua relação com a leitura, a sua forma de leitura do mundo, expressas em ocasiões como entrevistas, conversas informais etc. Mas, bons ou ruins escritores, não é sobre isso o que iremos tratar aqui. É que, da mesma forma que existem os bons e maus escritores haverá ...