Postagens

O mistério que Agatha Christie levou para o túmulo

Imagem
Agatha Christie morreu aos 85 anos em sua residência de Wallingford, no condado de Oxford, em 12 de janeiro de 1976. A romancista britânica que desafiou (e desafia) numa quantidade diversa de puzzles policiais as mentes de milhões de leitores, morreu tranquilamente um ano depois de seu célebre personagem Hercule Poirot, depois de uma “boa vida”, segundo ela própria confessou em sua autobiografia. Nenhum crime, nem veneno em sua morte, mas levou para o túmulo um mistério que manteve no ar o mundo em dezembro de 1926. Ainda hoje se especula o que pôde ter acontecido naqueles onze dias em que a então jovem escritora com uma promissora carreira como romancista desapareceu de sua casa sem dar explicações. “Estará vivendo alguns de seus romances?”, se perguntava os jornais ao redor do mundo então. “Mrs. Agatha Christie, conhecida escritora e autora de romances e histórias de detetives, desapareceu e até essa data a Polícia a busca inutilmente. Mrs. Christie saiu em seu automóvel de...

Boletim Letras 360º #151

Imagem
Edgar Allan Poe: ele nunca sai de moda. E vem nova edição com contos do escritor estadunidense em breve. Nossas semanas magras ainda durarão um pouco. Possivelmente no próximo Boletim ou durante a semana nas redes sociais diremos quando voltaremos com todo gás de 2016. Por enquanto, lembramos uma novidade que queremos fazê-la ganhar força em nosso Facebook: as entradas 01:MIN DE POESIA. Só adiantamos uma coisa por aqui: todos os meses daremos livros de poesia aos nossos leitores. Interessou? Pois saiba como fazer para participar dessa ideia! Segunda-feira, 04/01 >>> Portugal: Um conto inédito de Valter Hugo Mãe para ler online Foi publicado pela CoolBooks, selo da Porto Editora que edita exclusivamente no formato eletrônico. “A menina que carregava bocadinhos” tem seis ilustrações de Paulo Damião, e duas delas estão numa edição impressa de um livro de contos preparado pelo escritor muito recentemente, "Contos de cães e maus lobos" que traz ilust...

Macbeth: ambição e guerra, de Justin Kurzel

Imagem
Por Pedro Fernandes Escrita entre 1605 e 1606, a peça integra o que a crítica comumente tem chamado de fase trágica de William Shakespeare. A história é já conhecida de todos: Macbeth é um general do exército escocês muito querido pelo seu monarca, Duncan, dada sua lealdade e seus préstimos guerreiros; em menor grau de importância, o amigo Banquo também o é. Na passagem de um dos confrontos, os dois são abordados por três bruxas que soltam as previsões as quais confirmam essa condição ora lembrada: “Macbeth será rei; Banquo é menos importante, mas mais poderoso que Macbeth; e os filhos de Banquo serão reis”.  A confissão do acontecido à sua companheira, Lady Macbeth, uma mulher amargurada por não poder dar herdeiros ao general, e os incentivos dela na ambição pela realização do primeiro plano do enunciado pelas bruxas, impulsiona-o a realização do predito. Macbeth, então, trama a morte do rei e, movido pela necessidade de esconder a culpa, inicia um reinado baseado ...

Manifesto de uma poesia na pós-modernidade

Imagem
Por Vivian de Moraes A publicação recente do meu livro Desconstrução (Patuá, novembro de 2015), levou-me a um debate livre com os participantes dos lançamentos e os leitores desse livro. Se hoje escrevo este manifesto, é porque sinto que há lacunas importantes na poesia atual, embora haja muito material de grande qualidade sendo produzido. Entre os autores que admiro estão nomes como Eucanaã Ferraz, Frederico Barbosa, Augusto de Campos, Arnaldo Antunes, Guilherme Gontijo Flores e muitos outros. Não pretendo, aqui, esgotar uma lista. No entanto, o mal da poesia atual é o grande narcisismo estético que se propaga na chamada “metapoesia”. Como tenho dito aos meus leitores, acredito que escrever versos sobre versos, prática hoje corrente em demasia, especialmente entre os autores jovens, leva a um espelhamento inócuo e fragmentário. Deve-se isto, talvez, ao fato de vivermos um tempo de conflitos. A pós-modernidade, tão bem analisada pelo sociólogo polonês ...

Boletim Letras 360º #150

Imagem
2016 é o ano de Juan Rulfo. 30 anos da morte do escritor mexicano e um rol de atividades no mundo da literatura de língua espanhola marcam as celebrações em torno do nome e da obra, uma das mais breves e mais quistas de sempre. Um pé em 2015 e outro em 2016. Assim é esta edição do Boletim Letras 360º: um demonstrativo de que mudam as datas, mas tudo são continuidades. Segunda-feira, 28/12 >>> Brasil: Mário de Andrade livre A obra do escritor entra em domínio público a partir do dia 1º de janeiro e já há muitos projetos na agulha para os leitores. Um deles é a antologia Briga das pastoras e outras histórias – Mário de Andrade e a busca do popular . Organizada por Ivan Marques, professor de literatura brasileira da USP, o livro reúne os textos menos óbvios do escritor: são 13 contos escritos nas décadas de 1920 e 1930, organizados com a ideia de mostrar como, a partir do Modernismo, e especialmente da obra de Mário de Andrade, o povo se tornou uma personagem i...

Os 10+ de 2015

Imagem
Por Pedro Fernandes A lista deste ano deveria responder por um tom diferente das listas dos anos anteriores; todos aqueles que acompanham o Letras sabem que não estou há algum tempo mais sozinho na empreitada de alimentar esse monstro que entra ano e sai ano está maior (e espero, melhor). Daí, seriam só livros e não filmes. Mas, por motivo indeterminado, as consultas que fiz não surtiram efeito. Quem sabe em 2016? Depois disso, gostaria, para não tomar mais o tempo do leitor, de dizer apenas os motivos que resultaram nesses títulos; há autores dos quais li mais de uma obra (é o caso de António Lobo Antunes, Gonçalo M. Tavares, José Luís Peixoto, entre outros) e mesmo tendo publicado notas sobre quase todos, tratei de destacar apenas um e poderia muito bem recomendar mais de um e indiretamente poderá ser citado, forjando assim uma lista além da lista. Há leituras sobre as quais não redigi notas para o Letras e mesmo assim gostava de colocar em destaque e alguns li muito ...