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O “Jogo do Senhor e do Servo”, de Paulo Leminski, na visão de Serguei Eisenstein

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Por Wagner Silva Gomes  Paulo Leminski (reprodução) para um artigo sobre o Zen (1977) No "Jogo do Senhor e do Servo", poema criado por Paulo Leminski, o olhar do senhor sobre o servo é a própria autonomia, sua margem de emancipação, que o senhor vai adquirindo quando se vê humildemente como servo, aprendiz, em busca do êxtase da apreensão do conhecimento ou da sabedoria contida na relação com o outro; ao viver e entender o estado de ser relativo, vai então dominando a perda do absoluto até tornar-se o próprio estado de ser senhor, feito de autonomia e emancipação, numa dinâmica infinita da liberdade e seus pequenos pontos, suas pequenas percepções dos lugares, os pequenos olhares fundantes. Nessa história de um mestre zen do poeta, o budista é um engenheiro das almas que domina a engenharia ocular como servo e senhor. Como Eisenstein que, estudante de engenharia e aluno de Levkuleshov, professor da Escola de Filme de Moscou (VGIK), ao ver no experimento do