Postagens

Mostrando postagens de setembro 22, 2025

Zanguézi, de Velimir Khlébnikov, o futurista dos futuristas

Imagem
Por Rafael Bonavina Quando falamos das vanguardas literárias russas (ou soviéticas), talvez o primeiro nome que nos venha seja o de Vladimir Maiakóvski. Essa relação quase imediata entre os dois pode ser explicada, em grande medida, pela importância fundamental que esse autor tem para o desenvolvimento da literatura brasileira desde a segunda metade do século XX.¹ De um ponto de vista mais ligado à crítica literária, temos as declarações de Antonio Candido, em “Notas de crítica literária: um poeta e a poesia” (1943); o manifesto do Concretismo paulista, intitulado “Plano-piloto para a poesia concreta” (1958/1961), assinado pelos irmãos Campos e Décio Pignatari. E muitos anos antes, ainda na década de 1930, Mário de Andrade escreveu seu ensaio “Poesia proletária”, em que toca, de passagem, no nome de Maiakóvski.  A essa altura, o leitor já deve estar se perguntando por que o título fala de um russo com nome impronunciável, se aqui estamos falando de outro russo com nome esquisito. A...