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Mostrando postagens de outubro 1, 2025

Natália Correia: a mulher que morreu de pé

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Por Pedro Fernandes Nascida na ilha de São Miguel, nos Açores, Natália Correia chegou a Lisboa em 1934, alguns anos depois de quando a família foi abandonada pelo pai que emigrou para o Brasil. Como era comum às mulheres do seu tempo, não conseguiu alcançar os estudos mais avançados. Fosse pela necessidade de sobrevivência, fosse pela natureza própria, esta que se forma no artista muito antes de tomar qualquer decisão profissional, ela ingressou cedo por territórios dos mais diversos até se afirmar como um dos nomes essenciais da poesia portuguesa do século XX. Foi cantora e locutora de rádio, passou pela televisão como apresentadora e roteirista, barista do Botequim, que fundou em 1971, foi diretora de editora, atuou continuamente para os jornais, militou ativamente contra a ditadura, dedicou-se a todas as frentes da literatura — além da poesia, o teatro, o romance, o ensaio, a literatura para infância, a tradução — e outras searas da escrita, assumiu uma cadeira no Parlamento no perí...