Boletim Letras 360º #502

DO EDITOR
 
1. Caro leitor, até o mês de novembro, lembrarei aqui sobre o sorteio que agora o blog realiza com o apoio da Editora Trajes Lunares. A casa disponibilizou dois Kits de livros para sorteio entre os participantes do nosso clube. Este clube de apoios é uma das alternativas para ajudar este blog com o pagamento das despesas anuais de hospedagem na web e domínio.
 
2. Para participar dos sorteios é simples. Envia um PIX a partir de R$15 a blogletras@yahoo.com.br; para saber mais sobre os livros da Trajes Lunares disponíveis, sobre outras formas de apoiar, visite aqui. E lembro que: a aquisição de qualquer um dos livros pelos links ofertados neste Boletim garante a você desconto e ajuda ao blog sem pagar nada mais por isso.
 
3. Bom final de semana e boas leituras!



 
LANÇAMENTOS

A portentosa biografia de Fernando Pessoa.

Se levássemos em conta todos os personagens fictícios que povoaram a mente de Fernando Pessoa, o número ultrapassaria a marca dos cem nomes. Ainda que três deles — Alberto Caeiro, Ricardo Reis e Álvaro de Campos — tenham se destacado como seus heterônimos mais prolíficos e celebrados, esse dado revela a intensa vida interior de um poeta que foi regido por uma imaginação pulsante e irrefreável. Ao longo de mais de três décadas, Richard Zenith se notabilizou como um dos mais respeitados especialistas na obra do autor de Mensagem. Em Pessoa: uma biografia, o estadunidense radicado em Lisboa empreende uma pesquisa monumental nos mais de 25 mil papéis deixados pelo poeta, combinando prosa saborosa e vasta erudição. Finalista do prêmio Pulitzer 2022 e eleito um dos melhores livros do ano por publicações como The New York Times, The Spectator, The New Statesman, Kirkus Reviews e Publishers Weekly, Pessoa: uma biografia é um tour de force da história cultural e das biografias literárias. Uma verdadeira obra-prima. O livro é publicado pela Companhia das Letras com tradução de Pedro Maia Soares. Você pode comprar o livro aqui.


Livro reúne cinco novelas de Ievguêni Zamiátin.
 
Da crônica da província à guerra civil, da sátira mais mordaz ao intenso lirismo. A produção multifacetada do russo Ievguêni Zamiátin (1884-1937) se encontra em toda sua força em Xis e outras histórias. São cinco novelas escritas entre 1917 e 1921 que em tudo diferem também de sua obra mais conhecida, Nós (1920), a primeira das grandes distopias literárias. As histórias permitem conhecer de perto a prosa experimental do escritor, vívida e perfeitamente moderna, mesmo depois de um século, e evidente na tradução minuciosa de Irineu Franco Perpetuo, que também fez a seleção e o posfácio da edição. O volume conta ainda com uma autobiografia singela e poética de Zamiátin (1928) e a carta que escreveu ao ditador Josef Stálin para pedir a permissão de emigrar (1931). Um crítico viu nos contos iniciais de Zamiátin um mosaico de detalhes — um método “similar ao do cubismo em pintura” —, definição apropriada para um representante do fervilhante cenário de vanguardas que marcou os anos anteriores e imediatamente posteriores à Revolução de 1917. Como a maioria dos bons escritores de sua geração, Zamiátin foi duramente perseguido e difamado por Stálin e seus asseclas — uma ironia trágica, já que tinha sido alvo também do regime czarista. A postura crítica talvez seja o único traço comum presente nessas histórias. Na impagável “Da província”, seu primeiro texto publicado, um herói picaresco, péssimo aluno e açoitado pelo pai, ganha o mundo com mais sorte do que em casa. “Os ilhéus”, que escreveu enquanto supervisionava, na Inglaterra, a construção de navios quebra-gelo russos, satiriza os rapapés e moralismos da alta burguesia britânica em um enredo atropelado pelos signos da era da velocidade. “O Norte” é uma poética história de pescadores em meio a paisagens geladas. “Conto sobre o mais importante” é uma abordagem fantasmagórica da guerra civil que irrompeu após a Revolução de 1917. E o humor retorna em “Xis”, história de um diácono “arrependido” — um daqueles “vira-casacas” abominados por Zamiátin — que abandona a religião para pregar o marxismo. Na Rússia, esse caráter crítico de sua obra, assim como seu antimilitarismo, o tornaram um desafeto da censura czarista. Zamiátin chegou a ser levado a julgamento e, embora inocentado, ficou um período sem publicar. Mesmo assim, foi uma figura central da vida cultural da antiga capital russa por cerca de duas décadas. Atuou como mentor dos Irmãos Serapião, um movimento de jovens escritores que defendiam a liberdade de convicções e formas literárias. Em 1919, o autor teve seu apartamento revistado pela Tcheká, a então polícia política dos bolcheviques, e passou uma noite na cadeia, onde foi interrogado. Sua ficção e seus ensaios continuaram a observar os preocupantes caminhos da Rússia em direção a políticas repressivas. Durante esse período, escreveu Nós, que imagina um mundo em que as pessoas moram em casas de vidro para que seja possível vigiá-las 24 horas por dia e são identificadas apenas por números. Duas décadas depois, o romance inspiraria George Orwell a escrever 1984. Nós só veio a ser publicado no país em 1988, com a abertura política do dirigente Mikhail Gorbatchov. Uma tradução apareceu em 1924 nos Estados Unidos. Mais tarde, o autor conseguiu, por contrabando dos originais, que o livro fosse publicado em russo na Tchecoslováquia. Mesmo sem ter sido publicado na Rússia, Nós levou Zamiátin a ser expulso da Associação Russa dos Escritores Proletários. Suas histórias e peças de teatro foram “apagadas” no país. Quando escreveu a carta a Stálin, o escritor Maksim Górki interveio e conseguiu que ele fosse exilado. Zamiátin esperava receber permissão para voltar à Rússia, mas viveu em Paris pelo resto da vida, pobre e doente, embora sempre fiel ao bolchevismo. Durante a estada na capital francesa, escreveu pouco, mas foi o autor do roteiro de “O submundo”, adaptação da peça Ralé, de Górki, dirigida por Jean Renoir. O livro é publicado pela Editora Carambaia. Você pode comprar o livro aqui.
 
O segundo livro de Yasmina Reza no Brasil.
 
Se é verdade, como Yasmina Reza faz dizer a um dos seus personagens, que “ser feliz é um talento”, os protagonistas deste romance parecem de fato não possuí-lo. E é justamente sobre estas formas diversas, bizarras, de infelicidade que parece sustentar-se a estrutura polifônica desta obra tão sutil e cativante. Suspensas entre a tragicidade cotidiana típica de Reza e a sua surpreendente ironia, meio contos independentes, meio capítulos de um romance, meio fluxo de inconsciência interrompido, as histórias de Felizes os felizes demonstram o tempo todo — caso ainda fosse necessário — o irreverente talento de Reza. E assim, mais uma vez, é no gesto de apenas trincar a sutil pátina da existência que ela se revela na sua mais banal, hilária e sombria tragicidade: quer se trate de uma simples ida ao supermercado, de uma bela atriz embriagada tomada por crise de ciúme, de velhinhas doentes e ainda sedutoras ou de um filho possuído por Celine Dion, isso não importa muito. Neste romance de Yasmina Reza tudo está à beira de desabar e não desaba nunca, tudo está em equilíbrio e tudo corre perigo, como a tão ansiada felicidade. O livro é publicado pela Editora Âyiné com tradução de Mariana Dellfini. Você pode comprar o livro aqui.
 
A estreia de Cécile Coulon na poesia e no Brasil.
 
Espinhos é o livro de estreia na poesia de Cécile Coulon, jovem e premiada romancista francesa, que venceu com ele o prestigiado Prêmio Apollinaire. Sua escrita poética cotidiana e delicada remete ao “sopro lento do passado”, aos acontecimentos da vida ordinária, e nos lembra das falhas e das luzes de cada um. Com poemas longos e — quase sempre — melancólicos, a autora pratica uma poesia “narrativa, simples, com começo, meio e fim”, segundo ela mesma. Um sucesso entre leitores e críticos franceses, consolidou o nome da escritora no cenário literário europeu e fez a poesia atingir um novo público. Recebeu também o prêmio de revelação em poesia da Société des Gens de Lettres. Em edição bilíngue, o primeiro livro da autora a ser publicado no Brasil, vem com tradução para o português de Diego Grando, poeta e professor gaúcho. O livro é publicado pela Isto Edições. Você pode comprar o livro aqui.

O novo romance de Luis Ruffato é a síntese de um país que condenou a população pobre a uma vida de violências e restrita unicamente à subsistência.

Nos Estados Unidos, Alex leva uma vida típica de imigrante: trabalha muito, economiza o quanto pode, desconfia de todos e tem dificuldade para fazer amigos. Nos poucos períodos de descanso entre as jornadas exaustivas, rememora episódios de seu passado e o motivo que o fez deixar o bairro de classe média baixa onde morava em São Paulo: o assassinato do irmão e do cunhado num assalto. Numa sucessão de flashbacks, conhecemos a relação ao mesmo tempo próxima e distante de Alex com o pai e os irmãos, a ausência da mãe, a timidez da juventude e seus sonhos frustrados. Mas o que parecia ser a história de uma única pessoa acaba se tornando um complexo panorama da vida brasileira no século XX. De estrutura vertiginosa, dividido em cem breves capítulos, O antigo futuro explora numa prosa direta e requintada a permanência e a transformação de padrões familiares ao longo do tempo, num país que parece não apresentar saídas. Após mais de duas décadas de sua estreia no romance, Luiz Ruffato segue como uma das vozes mais inventivas da literatura nacional. O livro sai pela Companhia das Letras. Você pode comprar o livro aqui.

Nova edição e tradução de um dos romances de D. H. Lawrence que marcou época.
 
Quem poderia imaginar o que acontece no interior de uma propriedade rural, antiga e — até então — absolutamente puritana? Connie é uma jovem vinda de berço artístico e boêmio; seu marido Clifford, no entanto, é um aristocrata conservador, abruptamente enviado para servir na guerra após o casamento. Ao voltar para casa com o corpo paralisado, a união entre os dois perde força e, eventualmente, desanda: é então que, indo na contramão das expectativas da época, Connie encontra refúgio em Oliver Mellors, o guarda-caças da propriedade do casal. Publicada em 1928, mas vinda ao público apenas em 1960, a história rendeu críticas e alvoroços, mas, sobretudo, afastou a poeira sobre temas importantes não só então, mas também nos dias de hoje: luta de classes, desigualdades sociais e econômicas, os impactos da industrialização e a importância de uma plena — e livre — experiência da sexualidade. A edição da Antofágica de O amante de Lady Chatterley conta com nova tradução de Isadora Próspero, além de ilustrações a óleo da artista Mariana Darvenne e apresentação de Clara Drummond. Assinam os textos de apoio Carolina Correia dos Santos, Luciana Saddi e Nara Vidal. Você pode comprar o livro aqui.

Publica-se no Brasil o primeiro romance de Paulina Chiziane.

Balada de amor ao vento é uma obra pioneira. Não apenas por ser a estreia de Paulina Chiziane na prosa longa e o primeiro romance publicado por uma mulher em Moçambique, mas também por trazer a semente do que a autora viria a construir em Niketche. “Tudo começa no dia mais bonito do mundo”, quando Sarnau vê Mwando pela primeira vez. Ela se apaixona de corpo e alma, ele a abandona. Ela luta para sobreviver à solidão, ele retorna — antes de partir mais uma vez. Eles se envolvem em uma história de amor que tem a relva como cenário e o vento como melodia, mas uma herança conservadora entre os dois. Em um relato poético e quase espiritual de Sarnau, acompanhamos os encontros e desencontros, as escolhas e as renúncias, o desamparo e o privilégio de uma sociedade onde certas tradições afetam diretamente a autonomia da mulher e sua sobrevivência. O livro é publicado pela Companhia das Letras. Você pode comprar o livro aqui.

O próximo título da Coleção Marguerite Duras publicada no Brasil. 

Moderato Cantabile foi publicado pela Editions de Minuit em 1958, tendo vendido meio milhão de cópias e sendo responsável pelo início da fama literária de Marguerite Duras. O romance obtém, no mesmo ano de seu lançamento, o Prix de Mai, concedido por um júri reunido na livraria La Hune de Bernard Gheerbrant por Alain Robbe-Grillet e composto por Roland Barthes, Georges Bataille, Maurice Nadeau, Louis-René des Forêts e Nathalie Sarraute. O espanto e admiração por esta publicação também incentivou Alain Resnais a convidar Marguerite Duras para a roteirização do aclamado filme Hiroshima mon amour. Este romance narra a vida de uma personagem ao longo de 10 dias. É a história de uma mulher, Anne Desbaresdes, pertencente à classe burguesa. Casada e com um filho, é assim que leva uma vida monótona perto de um porto que frequenta regularmente. Numa sexta-feira, a aula de piano do filho é interrompida por um grito vindo de um café próximo. Esta trama faz Anne, a mãe, avançar além de seus limites. Indo ao café para tentar elucidar o mistério, ela saberá que foi um assassinato. O assassinato de uma mulher por seu amante. Intrigada e cheia de espanto, ela descobrirá mais no café e conhecerá um homem que frequenta o local. Começará a se apegar a ele e a sentir desejo por esse indivíduo chamado Chauvin, um operário. Sua vida cotidiana, que até agora era vazia e chata, de repente tomará um novo rumo. Com tradução de Adriana Lisboa e coordenação de coleção de Luciene Guimarães, Moderato Cantabile é o terceiro título da Coleção Marguerite Duras editada pela Relicário Edições. Você pode comprar o livro aqui.

PREMIAÇÕES

Silviano Santiago, Prêmio Camões 2022

Silviano Santiago nasceu em Formiga, Minas Gerais, em 1936. Romancista, contista e ensaísta. Doutor em Letras pela Sorbonne, Silviano iniciou sua carreira lecionando nas melhores universidades estadunidenses. É professor emérito da Universidade Federal Fluminense. Entre seus principais livros estão Em liberdade, Machado, Stella Manhattan. Antes do mais importante prêmio para os escritores de língua portuguesa, pelo conjunto da produção literária recebeu o Prêmio Machado de Assis, da Academia Brasileira de Letras e seis vezes o Prêmio Jabuti.  

RAPIDINHAS

O Boom Annie Ernaux. A atribuição do Prêmio Nobel de Literatura favoreceu a editora Fósforo na ampliação dos interesses pela obra da escritora francesa. Depois de anunciar um novo livro, entrega até o fim do ano uma caixa reunindo quatro livros já publicados no Brasil: O lugar, A vergonha, O acontecimento e Os anos.
 
REEDIÇÕES
 
Romance com o qual Milton Hatoum recebeu o Prêmio Jabuti em 2001 ganha nova edição.

Onze anos depois da publicação de Relato de um certo Oriente, Milton Hatoum retoma os temas do drama familiar e da casa que se desfaz. Dois irmãos é a história de como se constroem as relações de identidade e diferença numa família em crise. O enredo desta vez tem como centro a história de dois irmãos gêmeos — Yaqub e Omar — e suas relações com a mãe, o pai e a irmã. Moram na mesma casa Domingas, empregada da família, e seu filho. Esse menino — o filho da empregada — narra, trinta anos depois, os dramas que testemunhou calado. Buscando a identidade de seu pai entre os homens da casa, ele tenta reconstruir os cacos do passado, ora como testemunha, ora como quem ouviu e guardou, mudo, as histórias dos outros. Do seu canto, ele vê personagens que se entregam ao incesto, à vingança, à paixão desmesurada. O lugar da família se estende ao espaço de Manaus, o porto à margem do rio Negro: a cidade e o rio, metáforas das ruínas e da passagem do tempo, acompanham o andamento do drama familiar. O livro é reeditado pela Companhia das Letras. Você pode comprar o livro aqui.

DICAS DE LEITURA
 
Na aquisição de qualquer um dos livros pelos links ofertados neste boletim, você tem desconto e ainda ajuda a manter o Letras.
 
1. As Hortensias, de Felisberto Hernández. A obra do escritor uruguaio é peça rara nas livrarias brasileiras. O seu conhecido O cavalo perdido e outras histórias permaneceu salvo quando depois do fim da Cosac Naify, a Sesi-SP decidiu reeditá-lo. Mas, azar do destino, a segunda casa deixou de publicar literatura. E assim, no ano quando se passam 120 anos do nascimento de Felisberto, nas livrarias ainda resiste o livro agora recomendado. Em edição bilíngue, editado numa coleção da Grua Livros em parceria com a Yaugurú intitulada Boca a boca que publica autores do Uruguai, recolhe-se neste volume três contos e uma novela: “As Hortensias”, que nomeia o livro, “Úrsula”, “A mulher parecida a mim”, “A árvore de mamãe”. A tradução é de Pablo Cardellino Soto e Walter Carlos Costa. Você pode comprar o livro aqui
 
2. O senhor presidente, de Miguel Ángel Asturias. A literatura latino-americana muito que já escreveu sobre as criaturas despóticas que, séculos após séculos, entram e saem do poder. Mas, este romance do escritor guatemalteco não é mais um na extensa lista, pela maneira como articula os muitos possíveis de um romance: da história de amor ao registro íntimo de uma figura, da narrativa tradicional àquela que se beneficia da sinfonia de vozes. Com tradução de Luis Reys Gil, o livro foi publicado pela editora Mundaréu. Você pode comprar o livro aqui.  
 
3. Um tempo no inferno & Iluminações, de Arthur Rimbaud. Dois livros que um leitor de poesia precisa conservar na sua biblioteca. O primeiro título foi o único que o poeta francês viu publicar em vida a partir do esforço da própria mãe que financiou o trabalho do filho. As Iluminações formam um ponto de passagem essencial entre a poesia e a prosa, porta de entrada para as muitas renovações que a poesia passaria desde então. A edição aqui recomendada reúne esses livros com tradução de Julio Castañon Guimarães, o mesmo que nos deu a conhecer uma nova versão de As flores do mal, outro título indispensável uma vez já recomendado nesta seção. Saiu pela editora Todavia. Você pode comprar o livro aqui
 
VÍDEOS, VERSOS E OUTRAS PROSAS

1. No passado 25 de setembro de 2022 foi o cinquentenário da morte de Alejandra Pizarnik, a poeta argentina que só nos últimos anos começa a ganhar viva presença entre os leitores brasileiros. Dissemos isso nesta mesma seção numa edição recente do Boletim Letras 360.º e repetimos para registrar a aparição online do documentário Alejandra, realizado por Ernesto Ardito e Virna Molina, em 2013. O filme acompanha a vida da poeta destacando episódios decisivos na sua biografia e na sua formação para a escrita. Disponível aqui.
 
BAÚ DE LETRAS
 
1. O mencionado aniversário de 120 anos de Felisberto Hernández passou no último dia 20 de outubro de 2022. E para marcar a data, recordamos aqui alguns textos publicados no blog sobre o escritor uruguaio e sua obra.
 
a) São duas entradas: esta, de 2019, em modo de perfil; e este sobre como César Aira se relaciona com Felisberto a partir de um jogo intuições derivadas do seu Dicionário de Autores Latino-Americanos.
 
2. Recordamos ainda este texto de Guilherme Mazzafera que passa em revista os possíveis do contato entre João Guimarães Rosa e Manoel de Barros e trata como os dois escritores viram o Pantanal brasileiro.
 
DUAS PALAVRINHAS
 
‘Experiência’, assim como ‘consciência’, é uma construção intencional, um artefato de primeira importância. A experiência também pode ser reconstruída, relembrada ou reformulada. Um meio muito poderoso de fazê-lo é ler e reler ficção, de modo a criar o efeito de acessar a vida e a consciência de outra pessoa.
 
― Clara Schulmann, em Cizânias

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