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O espírito da ficção científica, de Roberto Bolaño

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Por Pedro Fernandes Como se faz um romance? A pergunta cuja resposta terá motivado um extenso grupo de pensadores, entre críticos, teóricos e mesmo romancistas, está longe de um fim. Não porque seja uma indagação sem resposta definitiva ou que as diversidades de reflexões e conceitos sejam insuficientes. Desde quando apareceu, sem nome e aparência próprias, o romance tem se transformado e na mesma medida tem se inventado novas perspectivas de pensá-lo. Mas a pergunta aqui não tem o efeito de servir de uma linha a mais nesse debate. Sua função é outra: compreender como O espírito da ficção científica , um romance dentre os póstumos de Roberto Bolaño e que possivelmente não ficou para ser publicado e mesmo assim publicou-se, não sem uma celeuma, ao menos entre os da América Hispânica, é fundamental para colocar a nu a tessitura estrutural com que o escritor modelou seu universo ficcional. A resposta, se oferecida, nasce de uma aproximação indireta da obra romanesca do