A infelicidade vintage de A eterna adolescente
Por Carlos Rodríguez Nada a discordar de Tolstói: “Todas as famílias felizes são iguais; cada família infeliz é infeliz à sua maneira.” Ah, a família, esse grupo de pessoas que se influenciam direta ou indiretamente, para o bem ou para o mal, às vezes sem perceber o quanto prejudicam a vida de seus membros. O cinema mexicano tem sua parcela de famílias famosas. Os García, que, apesar da rivalidade cômica, se respeitam muito; os Nobles — sim, com s no plural — unidos na pobreza inventada pelo pai; ou a família extensa que viaja no Volkswagen amarelo de Os insólitos peixes-gatos (2013). A essa coleção de ilustres famílias cinematográficas, soma-se a de A eterna adolescente (2025), filme do diretor Eduardo Esquivel. A infelicidade dessa família é agridoce, pop e vintage. Composta principalmente por mulheres, a família de A eterna adolescente não se vê há muito tempo. Como costuma acontecer, um evento inesperado e trágico as reúne novamente, trazendo à tona problemas antigos. Quand...