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Sartre: a autenticidade e a violência

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Por Jorge Martínez  Contreras Jean-Paul Sartre morreu no dia 15 de abril em Paris, onde havia nascido há 74 anos. Numa entrevista publicada no início do ano no semanário francês Le Nouvel Observateur , havia declarado que viveria provavelmente mais cinco anos, talvez dez. Não sobreviveu nem dois meses às previsões. Sartre é agora um destino, o conjunto de suas obras e suas ações e dos juízos que sobre ele podemos fazer. Mas já que não poderá se defender do que no futuro afirmemos sobre sua vida e obra, comecemos por lhe infligir o inevitável e exato lugar-comum que o reconhece como um dos pensadores mais decisivos e prolixos do século XX. É dos poucos que puderam se expressar praticamente em todos os gêneros literários, sob o lema da nula dies sine linea (nenhum dia sem escrever). Publicou seis obras de cunho filosófico, quatro romances, um livro de contos, nove peças de teatro e duas adaptações, três roteiros de cinema, dez volumes de ensaios, três biografias e um infinidade d