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Toni Morrison, sua voz continua na / com sua obra

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1993 foi um ano emblemático para a Academia Sueca. Uma mulher negra que escreveu sobre minorias deixou alguns dos nomes mais quistos pela crítica, como Thomas Pynchon e Philip Roth, foi a ganhadora do Prêmio Nobel de Literatura. De Klerk e Mandela dividiram o Prêmio Nobel da Paz. Isto é, duas figuras fundamentais do fim do apartheid e uma romancista de excelência da literatura afro-americana foram reconhecidas pelos lugares mais importantes da história numa única ocasião, como se um acerto de contas vindo tarde demais. O que não é o caso: sabemos um pouco sobre as lutas, sobre a grandiosidade de seus feitos. Se existiu acerto de contas foi com as condições que os modelos sociais ditos em voga têm imposto no longo de nossa história; um embate cruel e totalmente fora do esperado padrão de humanidade. Dos escritores de posição semelhante à de Morrison, James Baldwin e Richard Wright já haviam morrido e Ralph Ellison, sempre lembrado como o mais interessante dos quatro, publicar