Boletim Letras 360º #554

DO EDITOR
 
1. Olá, leitores! Nesta semana, divulgamos em algumas das redes por onde transitamos que o próximo sorteio entre os apoiadores do Letras acontecerá em breve.
 
2.  Aproveito a ocasião para revelar quais títulos estarão disponíveis. São eles: Por que ler os clássicos, de Italo Calvino, edição especial capa dura com acabamento em tecido da Companhia das Letras; Mulherzinhas, de Louisa May Alcott, na lindíssima edição de luxo da Zahar; Orgulho e preconceito, também no mesmo projeto da mesma casa editorial; e Um, nenhum e cem mil, reedição da obra-prima de Luigi Pirandello pela Penguin, a que foi publicada pela extinta Cosac Naify.
 
3. Se interessa por algum desses títulos, ou quer apostar com a ajuda para presentear alguém? Fique atento às nossas redes e logo saberá a data do sorteio. Para conhecer como participar, convido a visitar aqui, o menu Ajudas. Dentro do possível, repasse essa informação.
 
4. Qualquer coisa, estamos sempre disponíveis nas redes ou através do e-mail blogletras@yahoo.com.br

Nélida Piñon. Foto: Andrea Comas


 
LANÇAMENTOS
 
O inédito e póstumo de Nélida Pinõn.
 
Os rostos que tenho, obra deixada por Nélida Piñon, lembra a estrutura de um diário e nele a autora consagrada esculpe uma extensa pluralidade de máscaras que flutua pelos meandros da vida, da arte e da mortalidade. Ao lado da pressa por escrever em contrapelo ao tempo que lhe resta, não habita a autocomiseração, mas a festa: “Luto para meus dias serem festivos. Só por estar viva, mesmo sem razão concreta, ergo a taça da ilusão”. Segundo o escritor Rodrigo Lacerda — editor de Nélida e autor do prefácio de Os rostos que tenho —, este é o “testamento literário” da primeira escritora a se tornar presidente da Academia Brasileira de Letras. Aqui estão recortes de sua infância, na qual as línguas espanhola e portuguesa se entrelaçam, criando uma sinfonia cultural que ecoa através de sua vida e de sua literatura. Somos convidados, ainda, a conhecer sua relação íntima com a palavra, com a criação, com os seus contemporâneos. O livro é publicado editora Record. Você pode comprar o livro aqui.
 
Publica-se inédito deixado por Marly de Oliveira.
 
Um feixe de rúculas é um livro permite ao leitor um intenso passeio por temas caros à poeta Marly de Oliveira (1935-2007), que tem aqui registrados exemplares luminosos de sua poesia. Para Maria Bonomi, essa publicação “tem uma razão de ser editorial, poética, histórica, humanista e finalmente literária. Se perfilaria quase uma falta se esta obra persistisse desconhecida! Além da poesia que virá com a leitura, há um universo de questões raras e protagonistas bem identificados com uma urgência revelatória sem a qual a verdade da vida e da arte falhariam”. Alberto da Costa e Silva, autor do ensaio que acompanha o livro organizado por Cecilia Scharlach diz: “Ninguém escreve fora da vida. E há quem escreva, como Marly de Oliveira, sobre sua vida. E isto nos diga, com precisão e franqueza. Como nos mostra, sem disfarces, qual sua linhagem poética, ao longo de toda a sua obra, que é, na realidade, uma série de retratos, tomados ao longo do tempo, na qual cada rosto que passou se justapõe aos outros e com eles cubisticamente se vincula, como se os espelhos em que se refletem fossem as ‘janelas simultâneas’ de Delaunay.” O livro é publicado pela Editora Unesp e reúne ainda um depoimento de Nélida Piñon. Você pode comprar o livro aqui.
 
O romance inédito de Carolina Maria de Jesus.

Carolina Maria de Jesus deixou, além dos cadernos autobiográficos, uma produção literária nos mais diversos gêneros, que ainda permanece amplamente desconhecida. Em O escravo, escrito na década de 1950, conhecemos a verve ficcionista da autora do Best-Seller Quarto de despejo. Os protagonistas dessa história são os primos Rosa e Renato, que, embora apaixonados, acabam seguindo caminhos distintos, sobretudo por pressão da família abastada do rapaz. O texto é resgatado e estabelecido diretamente do manuscrito original, conservando o projeto literário e estético da autora, e acompanha prefácio de Denise Carrascosa e posfácio de Fernanda Silva e Sousa. Publicação da Companhia das Letras. Você pode comprar o livro aqui.
 
O romance Yukio Mishima situado na confusão do pós-guerra.
 
Durante a Segunda Guerra Mundial, três japonesas abastadas divertiram-se como quiseram, enquanto seus maridos deviam ter assuntos masculinos, econômicos e bélicos em que pensar. Passado o conflito, elas, agora divorciadas, donas de si e de negócios próprios, e ainda em busca de diversão, encontram-se com frequência para comentar suas aventuras, sobretudo as amorosas. Através de uma história aparentemente banal, da relação entre Taeko, uma dessas mulheres, e Senkichi, um rapaz que se muda para Tóquio e tenta melhorar de vida, Yukio Mishima produz com A escola da carne um romance que reflete a “confusão do pós-guerra”. Taeko é estilista, elegante e bem-sucedida; já Senkichi vive na grosseria, embora saiba apresentar-se também com gentileza, bom arrivista que é. Ambos têm em comum o contato com o mundo ocidental: ela pela high society, ele por receber clientes estrangeiros no bar gay em que trabalha. Senkichi, no entanto, jamais quis aprender inglês, como era comum a seus colegas, porque “era nacionalista nesse sentido e [...] mostrava arrogância e mantinha-se calado”. Nessa relação inédita entre pessoas de diferentes classes sociais dentro de uma nação atordoada pela guerra e conflituosa quanto a que direção tomar, estão borradas e movediças as estipulações de quem ensina e quem aprende. Mishima, que tinha posições políticas tradicionalistas, controversas e radicais, em A escola da carne incorpora posições contrárias às suas, concedendo entrementes a seu narrador o capricho de poder descrever com pompa e extravagância a indumentária que os personagens da narrativa vestem. Compõe assim, esteticamente, por meio da ficção, um embate de éticas que reproduz uma sociedade japonesa em transformação e aprendizado. Publicado no Japão conservador do início da década de 1960, o romance é ainda arrojado o bastante para fazer quase que um culto do corpo, principalmente o masculino, e expor sem hesitação questões da homo e da transexualidade, muito à frente de seu tempo. O livro sai pela editora Estação Liberdade. A tradução de Jefferson José Teixeira. Você pode comprar o livro aqui.
 
Lugar nenhum e outros contos reúne histórias da russa Nadiejda Téffi (1872–1952) que vão levar jovens (e adultos!) a exercitar todo tipo de riso: o riso largo, o riso de canto de boca, o riso terno, o riso entre lágrimas...
 
As narrativas, sempre argutas e surpreendentes, tratam de nossa própria incoerência, dos adoráveis “absurdos” da lógica das crianças, das armadilhas da vida moderna, da procura infindável por algo. Dona de um estilo inconfundível, Téffi ficou conhecida principalmente pela prosa curta e pelo humor original e crítico, que podia se revelar em relatos da realidade cotidiana, de dilemas sociais, de pensamento filosófico, do universo lúdico infantil. Como escreve no prefácio Raquel Toledo, “algumas histórias podem parecer brincadeiras de criança, enquanto outras beiram a fantasia dos contos maravilhosos ou das narrativas de ficção científica, mas todas elas trazem, às vezes de forma sutil, reflexões importantes sobre formas de colocar-se no mundo, de entender-se sujeito”. A presente coletânea é uma porta de entrada ao universo de Téffi, revelando vários ângulos de sua escrita versátil, ágil e inteligente. A infância e juventude são retratadas em “O exame”, “Kátia”, “Talento”, “Na datcha”, “As férias” e “Sou feliz”, contos que trazem protagonistas crianças e mulheres. A autora explora pequenas delicadezas da linguagem e do pensamento infantil e as doces aflições da puberdade. Mas a narração de Téffi não é eficaz apenas ao enfocar a minúcia, o particular, mas também o quadro geral. Os hilariantes “A vida e o colarinho” e “Don Juan” mostram os apuros de se viver no mundo moderno. O retrato cômico de nosso comportamento social sem nexo, muitas vezes deflagrado pelo olhar desautomatizante da criança, aparece em “Em vez de política”, “Revendo valores” e “Mítia”. Já “Os hominídeos” e “Preguiça” refletem com uma ótica irônica e inusitada sobre o destino da espécie humana. Com tradução de Daniela Mountian e Moissei Mountian, ilustrações de Fido Nesti e prefácio de Raquel Toledo, o livro sai pela editora Kalinka. Você pode comprar o livro aqui.
 
Um retrato assustador dos dois anos subsequentes à tomada do poder pelos bolcheviques constitui Dias malditos, diário do escritor Ivan Búnin (1870-1953), publicado pela Carambaia em sua primeira tradução no Brasil.
 
Não se trata apenas de um relato do caos que se instalou nas ruas de Moscou e Odessa (na atual Ucrânia), as duas locações do diário, mas de um ponto de vista profundamente crítico ao bolchevismo. Em pouco tempo, o autor, que chamou Vladimir Lênin de “bastardo e idiota moral desde o berço”, se exilaria na França. Considerado um grande estilista, Búnin foi o primeiro escritor russo a ganhar o prêmio Nobel, em 1933. Em Dias malditos, sua escrita poética — que foi comparada por críticos a um bordado — dá lugar a registros marcados pela urgência, num mosaico de notícias de jornais, fatos testemunhados e informações de boca a boca. O tom é de inconformismo. “Está para nascer gente mais vigarista”, desabafa Búnin sobre os bolcheviques. As notícias e rumores são apavorantes: saques, fuzilamentos, massacres de judeus, julgamentos sumários, bebedeiras, escassez de alimentos. Em dado momento, o próprio escritor se vê no meio de um fogo cruzado quando sai para a rua. Ao caos provocado por revolucionários e comunistas soma-se a guerra civil entre os exércitos vermelho e branco e as escaramuças de alemães e franceses no território russo devido à Primeira Guerra Mundial. Búnin destaca a presença de camponeses nas cidades, ao lado de operários que se comportam, segundo ele, como fanfarrões. Para o escritor, o que estava acontecendo na Rússia era mais grave do que o período do terror pós-Revolução Francesa. “Qual um etnógrafo, o autor nos detalha como o ressentimento — historicamente justificado — foi manipulado para colocar em prática uma desforra apenas aparentemente consciente”, escreve no posfácio a tradutora Márcia Vinha. Mais do que a repulsa que lhe causam os revolucionários nas ruas, Búnin execra os escritores que aderiram aos novos tempos, como Vladimir Maiakóvski, Aleksandr Blok e Maksim Górki, com quem havia mantido uma forte amizade antes da revolução. Considera-os oportunistas, vaidosos e repletos de boas intenções fingidas. “É horrível dizer, mas é verdade: se não fosse pela pobreza do povo, milhares de intelectuais seriam as pessoas mais infelizes’, escreve. Dias malditos foi publicado pela primeira vez entre 1926 e 1927, em forma seriada, no jornal Vozrizhdenye, escrito em russo e publicado na França. Na União Soviética, uma versão severamente censurada saiu em meados dos anos 1950, durante a relativa abertura do regime promovida pelo dirigente Nikita Kruschev. Somente em 1989, à beira do fim da União Soviética, foi lançado na íntegra. Com mais de quarenta edições em menos de uma década, o livro tem uma influência única na formação política e humanística do pensamento russo atual. Na continuidade de uma tradição marcada por Aleksandr Púchkin, e na contramão do que exigia a literatura soviética e a propaganda política, Búnin retrata o povo russo como anti-herói: tacanho, sem conhecimento da arte ou da história, confundindo opressão política com liberdade e acreditando em falsos profetas. Visto como um mestre da narrativa curta, Búnin teve sua obra admirada por diversos escritores, de Rilke a Nabokov, e hoje consta no currículo escolar nacional russo. Você pode comprar o livro aqui.
 
Livro reúne três obras da poesia de Charles Bukowski.
 
Em vida, Bukowski publicou milhares de poemas em mais de trinta coletâneas. Arder na água, afundar no fogo reúne quatro livros que contêm os poemas escritos entre 1955 e 1973: Meu coração em outras mãos, Crucifixo na mão de uma caveira, Rua do Terror esquina com Via da Agonia, e o que dá título ao livro. Preenchido pela essência do autor em cada verso, passeia por tópicos pelos quais é conhecido e oferece uma visão prematura daquilo que Bukowski se tornaria para a literatura e a cultura a nível global. A tradução é de Alexandre Bruno Tinelli e o livro publicado pela HarperCollins Brasil traz posfácio de Angélica Freitas. Você pode comprar o livro aqui.
 
Uma nova tradução direta do russo para a principal obra de Ivan Turguêniev.
 
Estátuas, cofres e paredes pintadas decoram a pacífica propriedade rural de Arkádi. A chegada de seu amigo Bazárov, no entanto, faz subir a poeira dos velhos tapetes e revela o mofo que domina o discurso dos parentes mais velhos. Primeiro personagem niilista da literatura, Bazárov rejeita qualquer tipo de autoridade e não tem medo de confrontar os hábitos e pensamentos de seus anfitriões. Este encontro entre uma geração romântica e idealista e outra combativa, que já não se alimenta de ilusões perdidas, é o que dá vida a um dos maiores romances da literatura russa. Publicado em 1862, Pais e filhos uniu-se à linhagem de obras incendiárias de Turguêniev. Quase dez anos depois de influenciar o movimento de emancipação dos servos com Memórias de um caçador, este romance surge no contexto turbulento de ascensão do movimento democrático revolucionário na Rússia. Devido ao caráter revolucionário de sua obra, Turguêniev foi acusado de inspirar os incêndios que, à época, tomaram conta de São Petersburgo. A edição da Antofágica tem tradução de Lucas Simone e conta com mais de 90 ilustrações de William Galdino. Juliana Cunha, doutoranda em Teoria Literária pela USP, escreve uma apresentação sobre sua experiência com a leitura do livro. A psicanalista Ana Suy assina um posfácio sobre os desafios das relações intergeracionais, e a escritora Martha Batalha tece um ensaio posicionando Pais e filhos em um contexto mais amplo da literatura russa. Fátima Bianchi, professora de Língua e Literatura da FFLCH-USP, nos oferece um panorama da vida e da obra de Ivan Turguêniev. O QR Code na cinta direciona a duas videoaulas disponíveis no YouTube com Raquel Toledo, mestre em Literatura Russa pela USP. Você pode comprar o livro aqui.
 
REEDIÇÕES
 
A Tordesilhas reedita A medida da vida, livro do catálogo da extinta Cosac Naify.
 
Guiado pelos escritos deixados por Virginia Woolf ― principalmente seus diários e cartas ―, Herbert Marder traz uma biografia ousada da escritora. O livro concentra-se nos últimos dez anos da vida de Virginia e, ao longo de dezoito capítulos, destaca sua participação nos acontecimentos políticos da época, sua revolta com a discriminação das mulheres e sua interação com os amigos que formavam o Círculo de Bloomsbury. Segundo Taylor Antrim, do The New York Times Book Review, “Marder (…) fornece uma narrativa flexível, um pedaço estável de observação biográfica, a melhor dentre as que se concentram no fascínio duradouro de Woolf com o afogamento e com a morte. No sensível relato de Marder, o suicídio de Woolf não é uma tragédia inexplicável causada pela loucura, mas um fim calculado de uma narrativa, tão inevitável quanto infeliz.” A tradução é de Leonardo Fróes. Você pode comprar o livro aqui.
 
Nova edição do livro que rendeu a Caio Fernando Abreu seu primeiro Jabuti, em 1984. Com posfácio inédito de Manoela Sawitzki.
 
Considerado por Caio Fernando Abreu o mais atípico de seus livros, Triângulo das águas reúne três histórias curtas nascidas num rompante: “Foi preciso aceitar escrevê-lo meio às cegas, correndo todos os riscos”. Inseparáveis, as bases deste tripé — “Dodecaedro”, “O marinheiro” e “Pela noite” — estão entre os melhores exemplos da emoção, da sensibilidade e, sobretudo, do anseio por mudança que moviam o autor, presentes em toda a sua obra. Como define a escritora Manoela Sawitzki, que assina o posfácio desta edição, “a simbologia das águas em movimento, que lavam e carregam impurezas, células mortas, é explorada neste livro por Caio F. com uma capacidade de entrega rara, que frequentemente o esgotava, assim como parece tê-lo ajudado a fluir da noite escura à claridade que tanto buscava”. Publicação da Companhia das Letras. Você pode comprar o livro aqui.
 
RAPIDINHAS
 
O ponto final de Vargas Llosa. Durante a semana uma notícia dominou a imprensa latino-americana: o escritor peruano Prêmio Nobel de Literatura deixará de escrever literatura. Seu último romance é o que chega às livrarias de língua espanhola no fim do mês — Le dedico mi silencio e um ensaio sobre Jean-Paul Sartre.
 
Gabriel García Márquez inédito. Há muito anunciado, o romance En agosto nos vemos também sairá no Brasil. A promessa é março de 2024 e faz parte da promoção do livro publicá-lo simultaneamente dentro e fora do circuito de língua espanhola.
 
Fernando Sabino 100 anos 1. A editora Record, que acaba de publicar uma edição especial de O encontro marcado, anunciou para 2024, no mesmo estilo, Cartas perto do coração. Esgotadíssimo, o livro reúne a correspondência entre o escritor mineiro e a amiga de toda a vida Clarice Lispector. A nova edição trará fotos, fac-símiles e conteúdos inéditos.
 
Fernando Sabino 100 anos 2. Ainda no mesmo interesse, a casa publicará uma versão em HQ feita por Caco Galhardo para outro título reconhecido de Sabino: o romance O grande mentecapto. Foi com este livro que ele recebeu o Prêmio Jabuti em 1979.

DICAS DE LEITURA
 
Na aquisição de qualquer um dos livros pelos links ofertados neste boletim, você tem desconto e ainda ajuda a manter o Letras.
 
1. 50 poemas macabros de Vinicius de Moraes (Companhia das Letras, 168 p.). Organizado por Daniel Gil, especialista na obra do poeta brasileiro, esta antologia, ilustrada por Alex Cerveny, reúne meia centena de poemas, incluindo sete inéditos, cujos temas se distinguem daquele que tornou Vinicius de Moraes um reconhecido nome na nossa literatura: o macabro, o sombrio e o mórbido. Você pode comprar o livro aqui
 
2. Pixel, de Krisztina Tóth (Trad. Zsuzsanna Spiry, DBA, 176 p.) Um livro fronteiriço cujas narrativas situadas numa Budapeste como cidade-símbolo busca dizer a vida desconjuntada na Europa numa era de desumanizações. Você pode comprar o livro aqui
 
3. Montevidéu, de Enrique Vila-Matas (Trad. Júlio Pimentel Pinto, Companhia das Letras, 240 p.) Depois de perder o pai e abandonar de vez a literatura, o protagonista e narrador deste romance inicia sua obsessão por imagens de portas e tudo o que carregue sinais de passagem e trânsito entre realidades distintas. Você pode comprar o livro aqui
 
VÍDEOS, VERSOS E OUTRAS PROSAS
 
Em dezembro de 1989, o programa Roda Viva, da TV Cultura, recebeu o escritor Fernando Sabino, então sabatinado por nomes como Caio Fernando Abreu e Ruy Castro. O diálogo está disponível no YouTube.
 
No passado 19 de outubro, ainda tocando em datas especiais, foi o 110.º aniversário do poeta Vinicius de Moraes. Nas redes do Letras, colocamos em circulação a leitura do “Soneto de fidelidade” realizada pelo próprio poetinha. 
 
BAÚ DE LETRAS
 
Na semana passada, conforme registramos na edição anterior deste Boletim, ficamos sem a poeta Louise Glück. Recordamos quatro entradas feitas no Letras em torno da sua obra e biografia: a) primeiro, um breve perfil, no ano quando recebeu o Prêmio Nobel de Literatura; b) uma seleção de poemas feita por Pedro Belo Clara no âmbito do seu projeto De versos; dois ensaios de Glück traduzidos por João Arthur Macieira; e, este texto sobre sua obra.

Foi em 2008 que acrescentamos o nome de Fernando Sabino entre os perfis da seção deste blog Os escritores. É possível ler o texto aqui.
 
DUAS PALAVRINHAS
 
O poema é uma revanche contra a perda, que foi forçada expressar uma nova forma, algo que não existia no mundo de antes. A perda em si mesma torna-se ambas adição e subtração: sem ela, não haveria esse poema, esse romance, essa obra em pedra.
 
— Louise Glück, “A cultura da cura”

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