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Seis poemas de Natal pela pena de autores lusitanos

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Por Pedro Belo Clara Rudolf Bernhard Willmann, Árvore de Natal  (detalhe) LADAINHA DOS PÓSTUMOS NATAIS  (David Mourão-Ferreira, Cancioneiro de Natal ) Há-de vir um Natal e será o primeiro em que se veja à mesa o meu lugar vazio Há-de vir um Natal e será o primeiro em que hão-de me lembrar de modo menos nítido Há-de vir um Natal e será o primeiro em que só uma voz me evoque a sós consigo Há-de vir um Natal e será o primeiro em que não viva já ninguém meu conhecido Há-de vir um Natal e será o primeiro em que nem vivo esteja um verso deste livro Há-de vir um Natal e será o primeiro em que terei de novo o Nada a sós comigo Há-de vir um Natal e será o primeiro em que nem o Natal terá qualquer sentido Há-de vir um Natal e será o primeiro em que o Nada retome a cor do Infinito CHOVE. É DIA DE NATAL (Fernando Pessoa, Poesias ) Chove. É dia de Natal. Lá para o Norte é melhor: Há a neve que faz mal. E o frio que ainda é pior. E toda a gente é contente Porque é dia de o ficar. Chove no N...