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Mostrando postagens de julho 6, 2017

Inferno provisório, de Luiz Ruffato

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Por Pedro Fernandes Uma das características definidoras do bom escritor é sua capacidade crítica para com sua própria obra. Na medida certa ela significa um zelo com a língua e o leitor. Mas, a revisão repetitiva e contínua de uma obra é um agravo. Demonstra não só insegurança para com o seu projeto literário como um interesse pela submissão do leitor a uma obsessão da qual, raras exceções, a do estudioso da obra, por exemplo, ele não tem interesse em compartilhar. Ainda bem que não podemos inserir Luiz Ruffato nessa última lista, porque com Inferno provisório – assim como foi com De mim já nem se lembra – é, nas palavras do autor, a obra definitiva que começou a ser gestada em 1998 com a apresentação de Histórias de remorsos e rancores e findou quase uma década depois com Domingos sem Deus . No intervalo entre os dois títulos escreveu Mamma, son tanto felice , O mundo inimigo , Vista parcial da noite e O livro das impossibilidades . Em geral as histórias desse cicl