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Mostrando postagens de janeiro 28, 2010

Hiroshima, Meu Amor, de Alain Resnais

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O tempo e a memória servem de matéria na construção de obra que se posiciona contra os riscos do esquecimento O tempo, como o vivemos, é composto de camadas nas quais o passado se acumula a cada minuto que passa. Em seu longa de estréia, o francês Alain Resnais foi saudado pela capacidade de traduzir em imagens e palavras tanto as múltiplas presenças do tempo quanto o lugar e a ação da memória, como a faculdade que faz tudo sempre retornar. Essa habilidade seria retomada dois anos depois em O Passado em Marienbad  (1961), sob uma forma ainda mais radical.  Hiroshima, Meu Amor  não é apenas um filme, é também um texto de autoria de Marguerite Duras, que imprime às imagens uma densidade poética que ultrapassa o mero sentido dos diálogos. A trama se resume ao encontro entre uma atriz francesa e um arquiteto japonês na cidade reconstruída depois de ter sido devastada por uma das bombas atômicas lançadas pelos Estados Unidos em 1954. "Você não viu nada em Hiroshima"