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Mostrando postagens de fevereiro 1, 2017

Um poeta chamado Cortázar

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Julio Cortázar em Genebra, 1955. Em 1971, Julio Cortázar publicou seu primeiro livro de poemas Pameos y meopas , obra, para muitos, apesar do pouco grado do próprio escritor para com ela, fundamental para a compreensão do restante de sua produção literária. Aurora Bernárdez, companheira do escritor, diz que "se alguém quer saber como era Cortázar, o que pensava, com que sonhava, como imaginava o mundo, precisa ler sua poesia". E acrescenta que o autor de O jogo da amarelinha  "era um poeta até quando escrevia em prosa". O texto a seguir é do próprio escritor. Trata-se de um prefácio que escreveu para o livro de 1971; nele, não apenas explica-se como poeta como também, enxergando-se homem no limiar das transformações estético-culturais, formula uma teoria da poesia contemporânea a partir do grafite. Já então, curiosamente, Cortázar pensava em ampliar o conceito de poesia, no intuito de pensá-la além dos clássicos e da estrutural formal, tal como terão pensado