Boletim Letras 360º #580

Orhan Pamuk. Foto: Basso Cannarsa.



LANÇAMENTOS
 
Em romance ambicioso, com ecos de Tolstói, o escritor Prêmio Nobel de Literatura Orhan Pamuk utiliza ampla pesquisa histórica para dar vivacidade de detalhes ao universo da ilha fictícia de Mingheira, que enfrenta uma pandemia avassaladora no começo do século XX.
 
Uma nova doença começa a fazer vítimas em uma ilha do Império Otomano, no começo do século XX. O Químico Real do Sultão é enviado de Istambul para controlar a situação, mas é assassinado. A princesa Pakize e seu marido epidemiologista logo são despachados para o local para investigar, e assim se inicia uma saga sem igual na literatura contemporânea. Enquanto os cadáveres se empilham devido a esta enfermidade avassaladora, as questões culturais, como antagonismos religiosos e suas consequências políticas, interferem diretamente na maneira como os moradores lidam com a ameaça de saúde pública. Partindo dessa premissa tempestuosa, Orhan Pamuk esboça os principais traços de seu romance de grande escopo: uma mescla de ficção histórica, com muitos paralelos com a nossa realidade recente, e uma trama eletrizante, com acontecimentos inesperados, movidos por um assassinato misterioso, como num bom policial. Noites de peste tem tradução de Débora Landsberg e é publicado pela Companhia das Letras. Você pode comprar o livro aqui.
 
O premiado primeiro romance do escritor boliviano Gabriel Mamani Magne ganha edição no Brasil.
 
Final da Copa América de 1997, Brasil contra Bolívia. É nesse dia, em São Paulo, durante a partida, que nasce Tayson Pacsi, filho de bolivianos que emigraram para a capital paulista para trabalhar em uma das tantas oficinas de costura e tentar melhorar de vida. A infância de Tayson, segundo seu primo, o afiado narrador deste romance, foi “uma batalha constante entre a língua dos seus pais e a língua do seu passaporte”. Dezessete anos mais tarde, porém, a família de Tayson volta mais rica para El Alto, na Bolívia, e os dois primos frequentam o serviço pré-militar, obrigatório para todos os adolescentes. E é entre um ônibus lotado e outro, e enquanto vendem pipoca pelas ruas da cidade, que emergem as descobertas tão típicas e absolutamente únicas para cada um de nós: o álcool, o sexo e as paixões. A imigração é uma das marcas da família Pacsi: além dos pais de Tayson, o tio Casimiro vive no Chile e ganha a vida como contrabandista. Já os pais do narrador são “covardes” e continuaram pobres porque, para ele, não tiveram a mesma coragem dos outros. E assim, perdido entre ficar na Bolívia, país cuja identidade tenta entender, e partir para um Brasil idealizado, o narrador amadurece ao tentar descobrir quem é e quais são seus desejos para o futuro. Entre El Alto, La Paz, São Paulo e uma ideia de Seul, acompanhamos o olhar juvenil — mas nunca ingênuo — para temas como imigração, racismo, pobreza, relações de trabalho e alteridade. Seul, São Paulo tem tradução de Bruno Cobalchini Mattos. O livro é publicado pela editora Todavia. Você pode comprar o livro aqui.
 
Paolo Giordano adentra os territórios mais interessantes do romance europeu do século XX para aterrissar feliz e levemente em um lugar próprio.
 
Há momentos em que tudo muda. Acontece alguma coisa e o rio no qual sempre estivemos imersos começa a fluir em outra direção. Chamamos isso de crise. O protagonista desse romance é um jovem atento e vibrante, que achava que a ciência lhe daria todas as respostas, mas se vê diante de um muro de perguntas. Com ele estão Lorenza, que sabe esperar, Novelli, que estuda a forma das nuvens, Karol, que encontrou Deus onde não o estava procurando, Curzia, que anseia, Giulio, que não sabe como falar com seu filho. A crise de que trata esse romance não é apenas a de um casal, talvez seja a de uma geração, certamente a crise do mundo que conhecemos — e de nosso planeta. A magia de Tasmânia, a força com que ela nos atrai em cada página, é a refração natural entre o que está acontecendo fora e dentro de nós. Assim, até mesmo o fantasma da bomba atômica, que o protagonista estuda e reconstrói, torna-se um exorcismo: o apocalipse está nessa nossa luta e nos movimentos incontroláveis do coração. Pegando o bastão dos grandes escritores cientistas do século XX italiano, Paolo Giordano adentra os territórios mais interessantes do romance europeu desses anos, para aterrissar feliz e levemente em um lugar próprio, onde ele pode jogar com as dissimulações e a revelação de si, encarando seus próprios demônios e atravessando o medo. Com tradução de Wander de Mello Miranda, Tasmânia é publicado pela Âyiné. Você pode comprar o livro aqui.
 
Uma antologia bilíngue do revolucionário poeta Guillaume Apollinaire, cuidadosamente selecionada, traduzida e apresentada por Rodrigo Garcia Lopes.
 
Em Zona e outros poemas podemos contemplar as diferentes fases da carreira do artista e a criatividade de seus caligramas, poemas de “escrita-imagem” que viriam a inspirar os concretistas brasileiros. Nome central dos movimentos vanguardistas que sacudiram o século XX, o francês de origem polonesa Guillaume Apollinaire inovou a poesia, libertando o verso e arriscando diálogos com as artes plásticas. Viveu em Paris no auge da efervescência intelectual da cidade, quando colaborou com Pablo Picasso, Jean Cocteau e Marcel Duchamp, e experimentou com o surrealismo e o cubismo. Esta antologia, que reúne poemas dos livros Álcoois e Caligramas, apresenta o amplo universo de Apollinaire, com suas analogias insólitas e textos híbridos e fragmentários que fogem de qualquer classificação. Publicação da Penguin/ Companhia das Letras. Você pode comprar o livro aqui.
 
O novo livro da poeta Mariana Basílio.
 
A imagem do mundo com um só grande continente, antes da sua separação geológica, é o ponto de partida de Pangeia, construção literária de uma “geologia humana” — ou, como chama a autora, a “etimologia do ser”. Poesia simplesmente, ou ainda um ensaio sobre a integridade da natureza humana, o livro foi vencedor do Prêmio Biblioteca Digital do Estado do Paraná em 2020, que substituiu o Prêmio Paraná de Literatura durante a pandemia de covid-19, permanecendo inédito em livro impresso. Desenvolvido e ampliado, ganha agora sua primeira edição pela Assírio & Alvim Brasil, com introdução de Prisca Agustoni, vencedora do prêmio Oceanos de 2023. Entre os materiais incluídos na edição impressa estão poemas em homenagem aos poetas e aos mortos da Faixa de Gaza, na guerra deflagrada em 2023; o título “Nós não somos números” (no original “We are not numbers”) era projeto do poeta Refaat Alareer (1979 – 2023), morto em 6 de dezembro. Você pode comprar o livro aqui.
 
Um mergulho na ambivalência entre o conforto do pertencimento e o desejo de fuga.
 
Boulder é uma rocha em alto-mar. O trabalho na cozinha de um navio mercante é ideal para ela, afeita à solidão, vagando de porto em porto. Quando conhece Samsa, porém, é arrebatada por uma paixão que a faz retornar à terra firme e se entregar a uma vida conjugal que não estava nos planos. Até que surge na companheira a vontade de ser mãe, o que a transforma numa mulher bem diferente da que tinha conhecido. Boulder, na sua frieza, mergulha em sentimentos novos e na ambivalência entre o conforto do pertencimento e o desejo de fuga. Com tradução de be rgb e Meritxell Hernando Marsal, Boulder sai pela editora Dublinense. Você pode comprar o livro aqui.
 
Chega aos leitores brasileiros o romance premiado com Goncourt em 2023.
 
No grande jogo do destino, Mimo recebeu as cartas erradas. Nascido na pobreza, é colocado cedo como aprendiz de um escultor bruto e sem talento. Ele, no entanto, possui um gênio nas mãos. Quase todos os anjos abençoaram Viola Orsini. Herdeira de uma família prestigiosa, sua infância transcorreu à sombra de um palácio em Gênova. Dotada de rara inteligência, ela se recusa a aceitar passivamente o papel social que lhe foi reservado. Os caminhos de ambos nunca deveriam ter se cruzado. À primeira vista, reconhecem-se como gêmeos cósmicos e juram nunca se separar. Embora incapazes de coexistir, Viola e Mimo também não suportam longos períodos e distâncias entre si. Ligados por um vínculo indissolúvel, eles enfrentam anos turbulentos enquanto a Itália sucumbe ao fascismo. Mimo obtém sua revanche contra o destino, mas que valor terá a glória, se isso significar perder Viola? Velar por ela, de Jean-Baptiste Andrea, é publicado pelo selo Vestígio, do grupo Autêntica, com tradução de Julia da Rosa Simões. Você pode comprar o livro aqui.
 
Esta edição organizada por Guilherme da Silva Braga apresenta ao público brasileiro uma seleção de contos do finlandês Zacharias Topelius.
 
Ao lado de Hans Christian Andersen (autor de contos como “A pequena Sereia”, “O Patinho Feio” e outros textos), Zacharias Topelius é considerado um dos grandes fabulistas do norte da Europa. Originalmente reunidos sob o título Läsning för barn (“Leituras para crianças”), Contos de Natal e neve é composto de três histórias: “Sampo Lappelill”, “O Natal dos trolls” e “O tomte do castelo de Åbo”. Para o organizador e tradutor, “um traço comum às narrativas aqui reunidas é a mistura entre figuras pertencentes ao folclore e à mitologia nórdica e ideias ligadas ao cristianismo e à figura de Jesus”. Além disso, cada conto “põe o leitor a imaginar um universo bem mais vasto”. Publicação da editora Aboio. Você pode comprar o livro aqui.
 
A poeta e dramaturga colombiana Piedad Bonnett narra com uma honestidade contundente o suicídio de seu filho.
 
Diagnosticado com esquizofrenia, Daniel batalhou por anos contra a depressão e a paranoia, consequências da doença e da dificuldade de nomeá-la. O relato autobiográfico tem início no apartamento de Daniel em Nova York — cidade onde cursava o mestrado —, poucas horas depois de sua morte. Com linguagem sóbria e delicada, a autora relata as batalhas do filho, o estupor do luto, as formalidades ligadas à perda e, acima de tudo, a luta desigual de um jovem contra a loucura. Com tradução de Elisa Menezes, O que não tem nome é publicado pela editora DBA. Você pode comprar o livro aqui.
 
Em ensaio autobiográfico, a atriz e escritora argentina Camila Sosa Villada resgata memórias primordiais de sua infância em Córdoba para refletir sobre literatura, escrita, família, pobreza e a relação entre elas.
 
Num exercício de autoinvestigação franco e poético, em que sensibilidade e consciência social se combinam, a escritora reconhece na criação literária um gesto de resistência e autopreservação. “Eu digo: primeiro a escrita, depois a tristeza. E é uma vitória sobre esse desígnio da minha família que nunca aceitou sua pobreza: primeiro eu soube escrever e depois aprendi a ficar triste.” Ao retraçar as origens da própria literatura, Sosa Villada descobre nela a presença incontornável de seus pais, que lhe presentearam com os saberes das letras, muito antes de seus caminhos se afastarem: “Meu pai me ensinou a escrever, e minha mãe, a ler. Eles me levaram para a borda de uma floresta e me deixaram ali sozinha, esperando que eu entrasse e me perdesse para sempre.” Pródiga em frases antológicas e definições inesquecíveis sobre literatura (entre elas, “um animal muito difícil de ser caçado”, e “a travesti é a irmã da escrita nessa viagem de renúncia”), a escritora também dialoga com todos aqueles para quem a leitura é um ato essencial, ainda que terrível; aqueles que, à sua semelhança, conhecem o “poder do prazer da solidão” proporcionado pelos livros, seu primeiro refúgio contra a pobreza de sua infância, a tristeza da mãe, a violência do pai. Guiada pelas leituras de Marguerite Duras, Wisława Szymborska e Carson McCullers, cujas palavras reverberaram e permanecem nela para sempre, Sosa Villada encontra as próprias, “tão alcoólatras” quanto seu pai, “tão desamparadas e insaciáveis” quanto sua mãe, fazendo da escrita um ato necessário e urgente, inato e fatal, na medida que pode dar vazão às histórias que anseiam por ser contadas. Com tradução de Silvia Massimini Felix, A viagem inútil sai pela editora Fósforo. Você pode comprar o livro aqui.
 
REEDIÇÕES
 
O coronel e o lobisomem, principal livro de José Cândido de Carvalho e obra-prima do realismo mágico brasileiro regressa pela mão da José Olympio.
 
O romance narra a história de ascensão e queda de Ponciano de Azeredo Furtado, herdeiro das terras e do título de seu avô, um coronel da Guarda Nacional. Nesta obra-prima povoada de animais e seres fantásticos, José Cândido de Carvalho apresenta um narrador-protagonista com raízes interioranas, que tem a sanidade testada ao entrar em contato com a vida na cidade. Sem se valer de erudição elitista, o autor cria um romance regionalista original, a partir de um trabalho de invenção linguística que articula contos da cultura popular, incluindo fábulas encharcadas pelo realismo fantástico. Obtém, assim, um enredo que flutua entre os modos de vida do interior do Brasil e o imaginário latino-americano, ambos férteis para os mistérios da encantaria e os acontecimentos extraordinários. Como apontou Rachel de Queiroz, “no léxico de Zé Cândido não aparece uma palavra que não seja possível; se ela não havia até aqui, estava fazendo falta”. Lançado em 1964, O coronel e o lobisomem é considerado um dos principais livros da literatura brasileira. Foi também publicado em Portugal, na França, na Argentina e na Alemanha, e recebeu os prêmios Jabuti, Coelho Neto (Academia Brasileira de Letras) e Luísa Cláudio de Sousa (PEN Clube do Brasil). No cinema, inspirou dois filmes homônimos: o de 1978, com roteiro e direção de Alcino Diniz, que representou o Brasil no Festival de Cannes, e o de 2005, dirigido por Maurício Farias, roteirizado por Jorge Furtado e Guel Arraes, com Diogo Vilela, Selton Mello e Andrea Beltrão no elenco. Você pode comprar o livro aqui.
 
O primeiro livro de Selva Amada publicado no Brasil ganha reedição.
 
Obra de estreia saudada desde seu aparecimento como um marco da nova literatura latino-americana, O vento que arrasa já traz as maiores qualidades de Selva Almada, que seriam reconhecidas por meio de livros como Garotas mortas e Não é um rio: a prosa límpida, cortante e poética, junto com um olhar filosófico sobre a vida das pessoas comuns e a sabedoria rara de perceber que mesmo o silêncio carrega uma miríade de significados. Uma obra triunfal. A tradução de Samuel Titan Jr. volta a circular em nova edição — pela Todavia. Você pode comprar o livro aqui.
 
RAPIDINHAS
 
Mais uma fornada de Valêncio Xavier. Há muito esgotado, O mez da grippe voltou aos leitores em meio da pandemia de covid-19. Mas a primeira tiragem da edição artesanal da Arte & Letra esgotou rapidamente. A editora, agora, repôs novo estoque. O romance é considerado um marco da literatura brasileira de expressão inventiva.
 
Auta de Souza 1. A poeta foi homenageada com uma exposição no salão nobre da Assembleia Legislativa do Rio do Grande do Norte e na ocasião, a casa publicou uma edição fac-similar do único livro deixado por ela: Horto.
 
Auta de Souza 2. Publicado em junho de 1900, Horto, por intermédio de Henrique Castriciano, irmão da poeta e figura da elite potiguar, mereceu atenção de poetas como Olavo Bilac, baluarte da poesia na época.

João do Rio e Chiquinha Gonzaga 1. O encontro se dá em duas novas publicações colocadas para financiamento pela editora Bandeirola: o primeiro livro, Pavor dentro da noite, reúne dez contos de mistério escritos por João do Rio e é mais um título na belíssima coleção Clássicos vintage.

João do Rio e Chiquinha Gonzaga 2. O segundo projeto, Eu e Chiquinha Gonzaga, é parte dos Livros de anotações, outra linha da Bandeirola. A edição reúne passagens de composições de Chiquinha, registro iconográfico do Rio de Janeiro da belle époque, registros de partituras da compositora e de arquivo da época. Para saber mais dos dois projetos e apoiar, vá por aqui.

Mais Alejo Carpentier. A editora Zain prepara para o final deste semestre e o próximo a reedição de dois livros do escritor cubano: Os passados perdidos sairá com prefácio de Leonardo Padura; e A sagração da primavera. Ainda este ano, a mesma casa planeja publicar o inédito A música em Cuba.

DICAS DE LEITURA
 
Na aquisição de qualquer um dos livros pelos links ofertados neste boletim, você tem desconto e ainda ajuda a manter o Letras.
 
1. Antologia fantástica da literatura antiga, de Marcelo Castel Cid (org.) (Ateliê Editorial, 280 p.) O livro que alcança a segunda edição agora em 2024 reúne três centenas de textos situados num intervalo de tempo que remonta do século VIII a. C. ao século VI d. C. provenientes da Antiguidade greco-latina; são narrativas que expandem parte da nossa vigente compreensão do gênero fantástico. Você pode comprar o livro aqui
 
2. Blumfeld, um solteirão de mais idade e outras histórias, de Franz Kafka (Trad. Marcelo Backes, Civilização Brasileira, 336 p.) A antologia reúne além de textos já antes acessíveis ao leitor brasileiro a partir de outras traduções, inéditos vertidos diretamente do alemão como “O guarda da cripta”, o único drama escrito por Kafka. Você pode comprar o livro aqui
 
3. Jogo da forca, de Christian Morgenstern (Trads. Augusto de Campos, Haroldo de Campos, Felipe Fortuna, Montez Magno, Paulo Mendes Campos, Rubens Rodrigues Torres Filho, Roberto Schwarz e Sebastião Uchoa Leite, Editora 34, 168 p.) Pela lista generosa de tradutores é possível perceber que este livro é uma reunião com aquilo do poeta alemão que já se traduziu entre nós; um trabalho de Samuel Titan Jr. Morgenstern foi um dos nomes principais do modernismo alemão, numa época, como se sabe, em que o nosso modernismo sequer engatinhava. Você pode comprar o livro aqui

BAÚ DE LETRAS
 
No passado 18 de abril celebramos no Brasil o Dia Nacional do Livro Infantil, uma data instituída no calendário cultural do país em 2002 em honra do escritor Monteiro Lobato, nome incontornável na literatura e na formação de leitores. Leia algumas das publicações neste blog em torno do escritor e sua obra. Em 2010, Pedro Fernandes escreveu um breve perfil de Lobato; um ano mais tarde, Antonella Lima escreveu acerca da correspondência trocada entre o autor do Sítio do Pica-pau Amarelo e Lima Barreto;  em 2015, no auge da polêmica acerca do racismo na obra de Monteiro Lobato, Cesar Kiraly escreveu um artigo sobre a questão.

Quando trabalhava no desenvolvimento de Noites de peste, traduzimos este texto de Orhan Pamuk acerca do seu convívio com a farta literatura estabelecida a partir do tema principal do seu romance: “O que nos ensinam os grandes romances sobre a peste”. 
 
O ponto de vista ficcional tomado a partir do histórico referido em Noites de peste reacendeu a ira da Turquia contra Orhan Pamuk. Há dois anos, traduzimos este texto com a polêmica recepção do romance na terra natal do escritor.

E, neste 20 de abril de 2024 passam-se os 140 anos do nascimento de Augusto dos Anjos. O poeta de uma única obra se tornou um marco da poesia brasileira do fim do século XIX. Aproveitamos a ocasião celebrativa para recordar algumas das publicações neste blog em torno do poeta e sua obra. Em 2012, na passagem do centenário do seu livro, Eu, o Letras dedicou-se mais atentamente ao paraibano. Saiu este texto de Pedro Fernandes que desenvolve um breve perfil de Augusto dos Anjos; depois, esta crônica do mesmo autor em torno do Eu. E três anos adiante, nossa então colunista Neiva Dutra, escreveu “O poeta maldito: conceitos científicos e filosóficos da pequenez humana” — aqui.

DUAS PALAVRINHAS
 
Loucura? Sonho? Tudo é loucura ou sonho no começo. Nada do que o homem fez no mundo teve início de outra maneira - mas já tantos sonhos se realizaram que não temos o direito de duvidar de nenhum.

— Monteiro Lobato

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* Todas as informações sobre lançamentos de livros aqui divulgadas são as oferecidas pelas editoras na abertura das pré-vendas e o conteúdo, portanto, de responsabilidade das referidas casas.
 
 
 

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