José Saramago, ler, ver e ouvir

Arte de Arthur Luiz Piza que compõe a capa da edição brasileira
de A viagem do elefante.



É revirando a web que se encontram as novidades. A mais recente é este projeto multimídia que ainda está em desenvolvimento, mas que já dá caras de ser muito interessante. Em épocas de mídias diversas morre o livro que não conseguir se projetar em todas elas. E com o propósito de uma releitura e ao mesmo tempo uma promoção da obra A viagem do elefante, de José Saramago, os alunos disciplina de Laboratório de Cultura, Patrimônio e Ciência, do Mestrado em Ciências da Comunicação da Faculdade de Letras da Universidade do Porto (FLUP) estão desenvolvendo um site a partir do romance.

No site da ideia, que segundo seu histórico, data de lançamento em 1 de junho de 2011, o leitor terá contato com a outra história d'A viagem do elefante. É sabido que José Saramago escreveu esse romance tomando por base os fatos históricos de 1551, ano em que o então D. João III, rei de Portugal decide, por conveniência às relações desenvolvidas entre o reino português e o reino de Espanha, doar um elefante - aqui batizado de Salomão - para os recém-casados Maximiliano II e Catarina de Áustria. Mas a história tal qual, e disso também sabemos, é apenas mote para a construção do enredo desse romance.

Pois bem, o projeto em questão, reapresenta personagens, cenários e situações ao molde da história oficial estabelecendo, destarte, os laços plenamente possíveis entre os planos da ficção e daquilo que se lê como empírico. Também figuram uma série de vídeos com depoimentos de outras personalidades do mundo da literatura a falarem sobre o escritor Prêmio Nobel de Literatura e essa sua obra. Além de diversos desafios e passatempos onde o leitor pode testar seu conhecimentos acerca do romance. Um projeto que acaba por cumprir uma (re)descoberta da viagem de Salomão.

Segundo o texto de apresentação da proposta os mentores construíram o projeto com "o objectivo, não apenas de promover a leitura, mas também de partilhar uma interpretação diferente da obra que revisitamos, partindo da informação que reunimos, da experiência e sensibilidade de cada um".

Para saber mais da ideia, clica aqui.

O projeto mantém uma página no Facebook que pode ser acessada aqui.


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