DO EDITOR
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J. M. Coetzee. Foto: Silvana Trevale |
LANÇAMENTOS
Do ganhador do prêmio Nobel,
este breve e impactante romance explora a natureza enigmática dos
relacionamentos e como encontros fortuitos podem alterar nossos destinos.
Em seis capítulos curtos,
O
Polonês narra a história de Witold Walczykiewicz, um célebre e controverso
pianista conhecido por suas interpretações de Chopin. Durante uma passagem por
Barcelona, ele se apaixona por Beatriz, uma elegante patrona das artes que o
ajuda a organizar um concerto. Apesar de Beatriz, uma mulher casada,
inicialmente rejeitar os avanços de Witold, a relação entre os dois evolui de
forma inesperada. Após um breve romance rapidamente interrompido por ela,
Witold sai de cena, mas deixa 84 poemas escritos para “Beatrice” em sua língua
natal. A mulher se impõe, então, a tarefa de criar um sentido, uma ligação
entre o que julgava ter acontecido no curto período em que conviveram e o que
acreditava ler naqueles versos. A tarefa é difícil. De tipos de caridade e de
conformismo a Dante e Chopin, do sexo na velhice a dilemas de narração e de
tradução, das funções da arte a nacionalismos e antinacionalismos, J.M. Coetzee
coloca em cena uma série de temas, brilhantemente emoldurados por uma extraordinária
investigação ficcional sobre a incompreensão humana. Com tradução de José
Rubens Siqueira, livro sai pela Companhia das Letras.
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Nova edição e tradução de um
marco na literatura de Sinclair Lewis.
Ao retratar Babbitt, corretor de
imóveis de meia-idade na fictícia cidade de Zenith, Sinclair Lewis explora com
sarcasmo a mentalidade da classe média estadunidense: seus valores,
preconceitos, ambições e frustrações, em uma crítica mordaz à vida nas pequenas
cidades, à cultura do consumo e às pressões sociais na América da década de
1920, época de prosperidade e otimismo, mas também de desigualdades e tensões.
Com tradução de Adriano de Paula Rabelo,
Babbitt sai pela Editora da
Unesp.
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Marco do romantismo colombiano chega
à Coleção Prosa Latino-americana, editada pela Pinard.
Em
María, Jorge Isaacs
narra a história de um amor impossível entre dois jovens primos, Efraín e
María, ambientado na exuberante paisagem tropical do Valle del Cauca, na
Colômbia do século XIX. Efraín, filho de uma família abastada, retorna à
fazenda da família após anos de estudos e reencontra María, cuja delicadeza e
beleza parecem fundir-se à natureza que os cerca. Os dois se apaixonam, mas o
destino se impõe cruelmente: María é acometida por uma doença misteriosa que
põe sua vida em xeque, enquanto Efraín precisa partir para a Europa para
terminar os estudos e garantir o futuro da família. O sentimento provocado pela
necessária separação aprofunda-se em meio à natureza da região, a partir de
cenas de caça, brincadeiras ao ar livre e passeios melancólicos. O romance,
profundamente poético, mescla lirismo amoroso, idealização feminina e
contemplação da natureza como reflexo das emoções humanas. Isaacs constrói uma
elegia ao amor perdido, à juventude e à terra natal, transformando o próprio
lar em metáfora de um tempo e espaço irrecuperáveis. Ao unir emoção intensa,
paisagens tropicais e linguagem delicada,
María se afirma como um dos
marcos do romantismo latino-americano. Publicado em 1867, tornou-se um marco do
romance nacionalista e um dos livros mais influentes do continente. Admirado
por escritores como Gabriel Garcia Márquez e Eduardo Galeano, o romance
consagrou Jorge Isaacs como um dos grandes nomes da literatura do século XIX.
Inédito no Brasil em versão integral,
María tem tradução de Gilson
Charles dos Santos, projeto gráfico de Luisa Zardo, capa dura, posfácio e notas
culturas — conjunto que honra a delicadeza e a força desta obra-prima.
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Um curso pelos meandros da
subcultura dá forma a um romance habilidoso de Moacir Fio.
Jota do Lixo é uma lenda. Não só
por ter sido um dos precursores do
punk cearense, mas porque sua morte,
envolta em circunstâncias suspeitas, ainda hoje atiça a curiosidade dos
moradores de Fortaleza. Movido pelos ecos desta história, um
podcast
investigativo sai em busca de respostas e encontra uma intrincada e
contraditória teia de personagens, imersa em subcultura e fantasmas, e, no meio
disso, o vilarejo de Cococi, um local abandonado que esconde horrores de um
passado colonial e fantástico. Em
Aranha movediça, Moacir Fio cria um
romance vertiginoso que se desdobra, se sobrepõe e se entrelaça, submergindo o
leitor em uma narrativa febril e arqueológica, de fremente escuridão e beleza.
Com uma habilidade magistral, transitando ora pela oralidade, ora por uma rebuscada
prosa poética com inclinação para o gótico e o grotesco, Moacir se consolida
como um dos mais inventivos e promissores autores desta nova leva de horror
latino-americano, mas com um romance verdadeiramente brasileiro, que mergulha
na lama da nossa origem e nos aprisiona em um torvelinho de violência, desejo,
transgressão e magia. Publicação da editora Moinhos.
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Um dos primeiros romances do
autor duas vezes vencedor do Prêmio Pulitzer de Ficção e ganhador do National
Book Award.
Sag Harbor, verão de 1985. Benji
Cooper está pronto para um recomeço. Depois de um ano letivo como um dos poucos
alunos negros em uma escola de elite em Manhattan, ele vai passar férias em Sag
Harbor — uma comunidade afro-americana nos Hamptons. É sua última chance de
deixar o apelido de infância, o aparelho nos dentes e as referências nerd para
trás, e se reinventar antes da faculdade. Mas, em um cenário onde as
expectativas de raça, classe e masculinidade o colocam em uma constante batalha
interna, descobrir quem realmente é pode ser mais difícil do que parece. Com
humor, nostalgia e recordações do próprio autor,
Nas ruas de Sag Harbor é
um retrato envolvente da adolescência afro-americana dos anos 1980 e de uma
busca sincera por identidade e pertencimento. Publicação da HarperCollins
Brasil; tradução de Petê Rissatti.
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Um conjunto de histórias
irresistíveis sobre personagens que não costumam habitar a literatura
brasileira contemporânea: gays periféricos da cidade do Rio de Janeiro. Tudo
escrito com graça, malícia, inteligência e empatia.
A ficção de Evandro Luiz da Conceição coloca em cena personagens que pouco
frequentam as páginas da nossa literatura. Através de leveza e naturalidade,
seus protagonistas ― em sua grande maioria homens gays, negros e periféricos do
Rio de Janeiro, além de alguns personagens trans ― sujeitos absolutamente
livres para exercer o erotismo e o amor sem freios, a despeito das dolorosas e
persistentes nódoas históricas e sociais que permanecem vivas no Brasil
contemporâneo, como o racismo, a intolerância religiosa, o preconceito sexual,
a desigualdade de classes, a lgtbfobia e a violência policial, lidam com seus
desejos. Toda essa matéria daninha chega a perpassar as histórias de Evandro,
não raro dificultando a vida de seus personagens, mas o que salta à vista, com
todo colorido, ginga, leveza, inteligência alegre e alguns laivos de pajubá, é
mesmo a maneira como esses homens se dedicam ao amor. Uma entrega que não tem
nada de estranha ou de louca ― mas sim marcada pela plenitude da vida mais
pulsante.
Minha estranha loucura sai pela editora Todavia.
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Neste pungente romance
autobiográfico, acompanhamos uma das mais relevantes vozes da literatura russa
contemporânea, Oksana Vassiákina, retornar a sua cidade natal para enterrar as
cinzas da mãe que acabara de morrer de câncer de mama.
Durante o trajeto de mais de 5 mil
quilômetros de Moscou a Ust-Ilimsk, cidadezinha na região siberiana de Irkutsk,
a dolorosa jornada suscita detalhes da relação entre mãe e filha. Mais que
isso, retraça a genealogia de uma família matriarcal ferida pelo excesso de
trabalho, álcool, abandono e violência masculina, e cria um retrato poderoso da
Rússia pós-União Soviética. Cheia de camadas, esta primeira
parte de uma trilogia publicada em mais de dez países se estrutura, segundo a
narradora, como se ela lançasse uma pedra na água, e do cerne da urna funerária
materna eclodissem círculos de outras histórias, paralelas e intrincadas. Um
exemplo disso é que ao relembrar o corpo da mãe ela deriva para uma análise da
própria identidade sexual e de seus relacionamentos amorosos. E do fato de ser
lésbica desponta o militarismo russo e a homofobia que, vale dizer, desde 2022
é institucionalizada no país pela lei antipropaganda lgbtqia+. Em
Ferida,
interessa também a Vassiákina investigar o que é ser mulher, e de que maneira
essa forma de existir está conectada ao seu fazer literário e ao luto. Para
tanto, ela mescla poemas elegíacos e ensaios à narrativa da viagem, valendo-se
do diálogo com outras escritoras, filósofas e artistas plásticas feministas,
tais como Hélène Cixous, Julia Kristeva, Louise Bourgeois, Monique Wittig,
entre outras. Hipnótico e profundo, Ferida é um verdadeiro mergulho numa
consciência em busca da elaboração da dor e de uma voz que soe adequada para
comunicar o que até então não fora enunciado em sua vida: o amor pela mãe. Publicação
da editora Fósforo; tradução de Diego Moschkovich.
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A nova e aguardada edição do
aclamado romance de estreia de Édouard Louis.
Estreia de Édouard Louis,
O fim
de Eddy foi lançado em 2014, quando o autor tinha apenas 22 anos.
Rapidamente se tornou um sucesso de público e de crítica, tamanha a brutalidade
e a verdade contidas nesta obra, que tem como foco a infância (e o começo da
adolescência) de um garoto que está se descobrindo gay em uma pequena cidade
operária no norte da França. Quando criança, Eddy tentou ser como os outros
meninos da sua idade. Queria se tornar um “durão”, a exemplo de seu pai e de
seu irmão mais velho. Em um mundo em que ser homem equivaleria a ser viril e
grosseiro, ele se forçava a sair com meninas, a jogar futebol, além de se
embriagar no ponto de ônibus com os colegas falando de garotas. Tentava controlar
seus trejeitos ― e sobretudo seus desejos ― para evitar sofrer ainda mais
violência na escola. Misto de ficção, ensaio e autobiografia,
O fim de Eddy
é uma narrativa única que fala sobre descobrir e assumir a homossexualidade, e
sobretudo sobre coragem e transformação. Publicação da Todavia; tradução de
Marilia Scalzo.
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Marta Pérez-Carbonell e seu
romance de fronteiras — entre o real e o fictício, o dia e a noite, a vigília e
o sonho.
Faz algum tempo que, uma vez por
mês, Alice vai a trabalho de Londres a Edimburgo. A viagem noturna já é sua
conhecida; a paisagem rápida, a companhia de um livro ou de estranhos na
cabine. Dessa vez, porém, algo muda, e sua história se entrelaça à de dois
desconhecidos: o escritor Terence Milton e seu amigo Mick Boulder. Na penumbra
do trem, Terence compartilha com seus companheiros de viagem a história de sua
ambígua relação com um jovem, que o inspirou a escrever um romance polêmico. Os
três dividem pequenos relatos de suas vidas; os cenários, então, passam a se
confundir — Londres, Madri, Socotra, Nova York — e, assim como num espelho
distorcido, os personagens se enxergam e se misturam. É que entrar em contato
com o outro é como montar um cubo mágico: olhamos apenas uma face enquanto
tentamos reconstruir as outras.
Nada mais ilusório é um romance de
fronteiras – entre o real e o fictício, o dia e a noite, a vigília e o sonho.
Traz indagações sobre o papel da literatura, a interferência da imaginação na
construção da realidade e o risco da criação. Aqui, o artifício da narrativa é
um truque de mágica que mais vale pelo deslumbramento e pelas perguntas que
afloram do que pelas possíveis respostas que se encontram. Com tradução de
Mariana Sanchez; publicação do selo Amarcord.
Você pode comprar o livro aqui.
Hélène Cixous e sua obsessão
pelo discurso literário.
Ensaio essencial para os estudos
literários contemporâneos,
Ayaï, o grito da literatura articula, com
força poética e filosófica, a sobrevivência da linguagem diante da perda e da
morte. Entre ecos de Sófocles, Shakespeare, Donne, Poe, Proust e Derrida,
Hélène Cixous entrelaça crítica e criação para mostrar como a literatura é
capaz de religar os vivos aos seus mortos e dar abrigo ao indizível. Para a
autora, que evoca uma escrita feita com o corpo e a memória, a literatura é uma
força maior que a própria vida, onde traduzimos os gritos agudos e breves da
realidade e onde as existências permanecem imunes à destruição. Ao lado de
O
riso da Medusa e
A chegada da escrita, esta edição forma uma espécie
de tríade das investigações de Cixous sobre escrita e literatura que expandiram
a maneira como concebemos e compreendemos a expressão literária. A edição conta
com uma série de fotografias e desenhos do artista franco-argelino Adel
Abdessemed. Com tradução e prefácio Flavia Trocoli, o livro sai pela editora
Bazar do Tempo.
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Do Manual
e das Diatribes
de Epicteto.
Conhecido como um mestre do
estoicismo, e grande referência para Marco Aurélio e suas
Meditações,
Epicteto chegou a Roma como um servo, onde aprendeu filosofia e ganhou a
liberdade. A partir de então, procurou mostrar como esta disciplina nos ensina
a viver. Este livro sintetiza suas ideias fundamentais. “Manual” significa algo
que está “à mão”, e foi isto que Flávio Arriano, o compilador dos pensamentos
do lendário Epicteto buscou: resumir em um pequeno livreto o pensamento
estoico. Esta edição, traduzida diretamente do grego, traz, além do
Manual,
as famosas
Diatribes, e fragmentos epictetianos, que refletem o alcance
de seu pensamento, que atrai novos discípulos para a escola da filosofia
estoica até hoje.
Manual do estoicismo tem tradução de Aldo Dinucci e Alfredo Julien; publicação da
Penguin/ Companhia.
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REEDIÇÕES
Com o trabalho primoroso da
artista chilena Luisa Rivera, edição com ilustrações inéditas de Cem anos
de solidão
chega aos leitores brasileiros.
Cem anos de solidão, um dos
mais importantes livros da literatura latino-americana, narra a incrível e
triste história dos Buendía — a estirpe de solitários para a qual não será dada
“uma segunda oportunidade sobre a terra” — e apresenta o maravilhoso universo
da fictícia Macondo, onde se passa o romance. É lá que acompanhamos diversas
gerações dessa família, assim como a ascensão e a queda do vilarejo. Para além
dos artifícios técnicos e das influências literárias que transbordam do livro,
ainda vemos em suas páginas o que por muitos é considerada uma autêntica
enciclopédia do imaginário, num estilo que consagrou Gabriel García Márquez
como um dos maiores escritores do século XX. Em nenhum outro livro o autor
colombiano empenhou-se tanto para alcançar o tom com que sua avó materna lhe
contava os episódios mais fantásticos sem alterar um só traço do rosto. Assim,
ao mesmo tempo que a incrível e triste história dos Buendía pode ser entendida
como uma enciclopédia do imaginário, ela é narrada de modo a parecer que tudo
faz parte da mais banal das realidades. A nova edição sai pela Record; a
tradução é de Eric Nepomuceno.
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Único livro de contos de um dos
mais inventivos e cultuados escritores brasileiros ganha nova edição.
Gozo fabuloso é um presente para a legião de fãs que Leminski segue
angariando a cada geração. Poucos artistas se mantiveram tão atuais,
reverberando tão fortemente com leitores jovens, numa descoberta que se renova
sempre. Estão aqui a graça, os jogos de linguagem, a capacidade de combinar
conhecimento enciclopédico com leveza, a poesia que se apresenta em sucessivas
camadas. Com prefácio de Alice Ruiz, este livro transita entre mistério,
memória e metalinguagem, sempre com uma dose de poesia e o humor característico
de um dos autores mais queridos do Brasil. Publicação da editora Todavia.
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RAPIDINHAS
Erico Verissimo em HQ. O selo
do grupo Companhia das Letras dedicado aos quadrinhos anunciou para outubro a
publicação de
Incidente em Antares. O último romance do escritor gaúcho
na versão em quadrinhos foi roteirizado por Rafael Scavone, tem arte de Olavo
Costa e cores de Mariane Gusmão.
Erico Verissimo em reedição. A mesma casa editorial anunciou a reimpressão dos sete volumes de O tempo e o vento e de Ana Terra, com posfácio de Morgana Kretzmann e Noite, com posfácio de Ana Paula Maia.
DICAS DE LEITURA
1.
O fotógrafo, de Cristovão
Tezza
(Editora Record, 238p.) Contratado para fotografar uma modelo sem
que ela saiba, um homem começa a se interessar pela modelo, esgarçando vida amorosa
com a esposa também envolvida noutro relacionamento fora do casamento com um
professor.
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2.
Antologia da poesia clássica
chinesa, Tan Xiao (Org.) (Trad. Ricardo Primo Portugal, Editora da Unesp, 312p.)
Para descobrir uma parte da rica poesia chinesa da Dinastia Tang. A antologia reúne
mais de duas centenas de poemas de mais de trinta poetas.
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3.
Iniciantes, de Raymond
Carver (Trad. Rubens Figueiredo, Companhia das Letras, 304p.) Os contos deste
livro, publicados pela primeira vez em 1981, colocaram o escritor no círculo
dos mais importantes nomes da literatura estadunidense do século XX. Carver
traz para a ficção os anônimos, de vida gasta e inglória através de uma
linguagem simples e livre.
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VÍDEOS, VERSOS E OUTRAS PROSAS
Neste ano de 2025, um livro que
marcou uma das várias encruzilhadas da literatura brasileira modernista alcança
o seu primeiro centenário. Foi, em 1925 que Oswald de Andrade, seguindo os
protocolos das vanguardas europeias deu à estampa
Pau Brasil. Impresso em
Paris pela Au Sans Pareil, a obra com capa e ilustrações de Tarsila do Amaral,
também marcou a estreia do escritor na poesia. Apaixonados por livros e edições
antigas já conhecem o rico acervo digitalizado da Biblioteca Brasiliana Guita e
José Mindlin. Pois bem, a recomendação, é ler/ navegar por uma primeira edição
de
Pau Brasil, disponível
aqui.
E, por lembrar a reedição do contista Paulo Leminski, outro lembrete: o jornal
Cândido dedicou a edição n.163 ao romance
Catatau. Outro exemplar da prosa do poeta curitibano, o livro alcança 50 anos da sua publicação. Entre outros materiais, o jornal traz uma reportagem assinada por Isa Honório ressaltando o peso do romance de 1975 para a literatura brasileira, uma entrevista com o tradutor argentino do livro, Reynaldo Jiménez, e participações de Estrela Leminski, Alberto Villas, Fausto Fawcett e outros. Tudo disponível
aqui.
BAÚ DE LETRAS
No mesmo ano em que se publica por
aqui um novo romance de J. M. Coetzee, saiu a nova edição da trilogia
Cenas
da vida na província que reúne em versão definitiva
Infância,
Juventude
e
Verão. Em maio, nosso colunista Henrique Ruy S. Santos
resenhou o livro.
Quer conhecer outras obras singulares
para o modernismo brasileiro?
Nesta lista organizada por Pedro Fernandes
durante o ano do centenário da Semana de Arte Moderna, evento paulistano que
marcou o movimento entre nós, além de
Pau Brasil, vários outros títulos.
DUAS PALAVRINHAS
Todo grande verdadeiro passo a
diante, no crescimento do espírito, exige o baque inteiro do ser, o apalpar
imenso de perigos, um falecer no meio de trevas; a passagem.
— Em
Estas estórias, de
João
Guimarães Rosa.
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