Boletim Letras 360º #653

DO EDITOR
 
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J. M. Coetzee. Foto: Silvana Trevale


 
LANÇAMENTOS
 
Do ganhador do prêmio Nobel, este breve e impactante romance explora a natureza enigmática dos relacionamentos e como encontros fortuitos podem alterar nossos destinos.
 
Em seis capítulos curtos, O Polonês narra a história de Witold Walczykiewicz, um célebre e controverso pianista conhecido por suas interpretações de Chopin. Durante uma passagem por Barcelona, ele se apaixona por Beatriz, uma elegante patrona das artes que o ajuda a organizar um concerto. Apesar de Beatriz, uma mulher casada, inicialmente rejeitar os avanços de Witold, a relação entre os dois evolui de forma inesperada. Após um breve romance rapidamente interrompido por ela, Witold sai de cena, mas deixa 84 poemas escritos para “Beatrice” em sua língua natal. A mulher se impõe, então, a tarefa de criar um sentido, uma ligação entre o que julgava ter acontecido no curto período em que conviveram e o que acreditava ler naqueles versos. A tarefa é difícil. De tipos de caridade e de conformismo a Dante e Chopin, do sexo na velhice a dilemas de narração e de tradução, das funções da arte a nacionalismos e antinacionalismos, J.M. Coetzee coloca em cena uma série de temas, brilhantemente emoldurados por uma extraordinária investigação ficcional sobre a incompreensão humana. Com tradução de José Rubens Siqueira, livro sai pela Companhia das Letras. Você pode comprar o livro aqui.
 
Nova edição e tradução de um marco na literatura de Sinclair Lewis.
 
Ao retratar Babbitt, corretor de imóveis de meia-idade na fictícia cidade de Zenith, Sinclair Lewis explora com sarcasmo a mentalidade da classe média estadunidense: seus valores, preconceitos, ambições e frustrações, em uma crítica mordaz à vida nas pequenas cidades, à cultura do consumo e às pressões sociais na América da década de 1920, época de prosperidade e otimismo, mas também de desigualdades e tensões. Com tradução de Adriano de Paula Rabelo, Babbitt sai pela Editora da Unesp. Você pode comprar o livro aqui.
 
Marco do romantismo colombiano chega à Coleção Prosa Latino-americana, editada pela Pinard.
 
Em María, Jorge Isaacs narra a história de um amor impossível entre dois jovens primos, Efraín e María, ambientado na exuberante paisagem tropical do Valle del Cauca, na Colômbia do século XIX. Efraín, filho de uma família abastada, retorna à fazenda da família após anos de estudos e reencontra María, cuja delicadeza e beleza parecem fundir-se à natureza que os cerca. Os dois se apaixonam, mas o destino se impõe cruelmente: María é acometida por uma doença misteriosa que põe sua vida em xeque, enquanto Efraín precisa partir para a Europa para terminar os estudos e garantir o futuro da família. O sentimento provocado pela necessária separação aprofunda-se em meio à natureza da região, a partir de cenas de caça, brincadeiras ao ar livre e passeios melancólicos. O romance, profundamente poético, mescla lirismo amoroso, idealização feminina e contemplação da natureza como reflexo das emoções humanas. Isaacs constrói uma elegia ao amor perdido, à juventude e à terra natal, transformando o próprio lar em metáfora de um tempo e espaço irrecuperáveis. Ao unir emoção intensa, paisagens tropicais e linguagem delicada, María se afirma como um dos marcos do romantismo latino-americano. Publicado em 1867, tornou-se um marco do romance nacionalista e um dos livros mais influentes do continente. Admirado por escritores como Gabriel Garcia Márquez e Eduardo Galeano, o romance consagrou Jorge Isaacs como um dos grandes nomes da literatura do século XIX. Inédito no Brasil em versão integral, María tem tradução de Gilson Charles dos Santos, projeto gráfico de Luisa Zardo, capa dura, posfácio e notas culturas — conjunto que honra a delicadeza e a força desta obra-prima. Você pode comprar o livro aqui.
 
Um curso pelos meandros da subcultura dá forma a um romance habilidoso de Moacir Fio.
 
Jota do Lixo é uma lenda. Não só por ter sido um dos precursores do punk cearense, mas porque sua morte, envolta em circunstâncias suspeitas, ainda hoje atiça a curiosidade dos moradores de Fortaleza. Movido pelos ecos desta história, um podcast investigativo sai em busca de respostas e encontra uma intrincada e contraditória teia de personagens, imersa em subcultura e fantasmas, e, no meio disso, o vilarejo de Cococi, um local abandonado que esconde horrores de um passado colonial e fantástico. Em Aranha movediça, Moacir Fio cria um romance vertiginoso que se desdobra, se sobrepõe e se entrelaça, submergindo o leitor em uma narrativa febril e arqueológica, de fremente escuridão e beleza. Com uma habilidade magistral, transitando ora pela oralidade, ora por uma rebuscada prosa poética com inclinação para o gótico e o grotesco, Moacir se consolida como um dos mais inventivos e promissores autores desta nova leva de horror latino-americano, mas com um romance verdadeiramente brasileiro, que mergulha na lama da nossa origem e nos aprisiona em um torvelinho de violência, desejo, transgressão e magia. Publicação da editora Moinhos. Você pode comprar o livro aqui.
 
Um dos primeiros romances do autor duas vezes vencedor do Prêmio Pulitzer de Ficção e ganhador do National Book Award.
 
Sag Harbor, verão de 1985. Benji Cooper está pronto para um recomeço. Depois de um ano letivo como um dos poucos alunos negros em uma escola de elite em Manhattan, ele vai passar férias em Sag Harbor — uma comunidade afro-americana nos Hamptons. É sua última chance de deixar o apelido de infância, o aparelho nos dentes e as referências nerd para trás, e se reinventar antes da faculdade. Mas, em um cenário onde as expectativas de raça, classe e masculinidade o colocam em uma constante batalha interna, descobrir quem realmente é pode ser mais difícil do que parece. Com humor, nostalgia e recordações do próprio autor, Nas ruas de Sag Harbor é um retrato envolvente da adolescência afro-americana dos anos 1980 e de uma busca sincera por identidade e pertencimento. Publicação da HarperCollins Brasil; tradução de Petê Rissatti. Você pode comprar o livro aqui.
 
Um conjunto de histórias irresistíveis sobre personagens que não costumam habitar a literatura brasileira contemporânea: gays periféricos da cidade do Rio de Janeiro. Tudo escrito com graça, malícia, inteligência e empatia.

A ficção de Evandro Luiz da Conceição coloca em cena personagens que pouco frequentam as páginas da nossa literatura. Através de leveza e naturalidade, seus protagonistas ― em sua grande maioria homens gays, negros e periféricos do Rio de Janeiro, além de alguns personagens trans ― sujeitos absolutamente livres para exercer o erotismo e o amor sem freios, a despeito das dolorosas e persistentes nódoas históricas e sociais que permanecem vivas no Brasil contemporâneo, como o racismo, a intolerância religiosa, o preconceito sexual, a desigualdade de classes, a lgtbfobia e a violência policial, lidam com seus desejos. Toda essa matéria daninha chega a perpassar as histórias de Evandro, não raro dificultando a vida de seus personagens, mas o que salta à vista, com todo colorido, ginga, leveza, inteligência alegre e alguns laivos de pajubá, é mesmo a maneira como esses homens se dedicam ao amor. Uma entrega que não tem nada de estranha ou de louca ― mas sim marcada pela plenitude da vida mais pulsante. Minha estranha loucura sai pela editora Todavia. Você pode comprar o livro aqui.
 
Neste pungente romance autobiográfico, acompanhamos uma das mais relevantes vozes da literatura russa contemporânea, Oksana Vassiákina, retornar a sua cidade natal para enterrar as cinzas da mãe que acabara de morrer de câncer de mama.
 
Durante o trajeto de mais de 5 mil quilômetros de Moscou a Ust-Ilimsk, cidadezinha na região siberiana de Irkutsk, a dolorosa jornada suscita detalhes da relação entre mãe e filha. Mais que isso, retraça a genealogia de uma família matriarcal ferida pelo excesso de trabalho, álcool, abandono e violência masculina, e cria um retrato poderoso da Rússia pós-União Soviética. Cheia de camadas, esta primeira parte de uma trilogia publicada em mais de dez países se estrutura, segundo a narradora, como se ela lançasse uma pedra na água, e do cerne da urna funerária materna eclodissem círculos de outras histórias, paralelas e intrincadas. Um exemplo disso é que ao relembrar o corpo da mãe ela deriva para uma análise da própria identidade sexual e de seus relacionamentos amorosos. E do fato de ser lésbica desponta o militarismo russo e a homofobia que, vale dizer, desde 2022 é institucionalizada no país pela lei antipropaganda lgbtqia+. Em Ferida, interessa também a Vassiákina investigar o que é ser mulher, e de que maneira essa forma de existir está conectada ao seu fazer literário e ao luto. Para tanto, ela mescla poemas elegíacos e ensaios à narrativa da viagem, valendo-se do diálogo com outras escritoras, filósofas e artistas plásticas feministas, tais como Hélène Cixous, Julia Kristeva, Louise Bourgeois, Monique Wittig, entre outras. Hipnótico e profundo, Ferida é um verdadeiro mergulho numa consciência em busca da elaboração da dor e de uma voz que soe adequada para comunicar o que até então não fora enunciado em sua vida: o amor pela mãe. Publicação da editora Fósforo; tradução de Diego Moschkovich. Você pode comprar o livro aqui.
 
A nova e aguardada edição do aclamado romance de estreia de Édouard Louis.
 
Estreia de Édouard Louis, O fim de Eddy foi lançado em 2014, quando o autor tinha apenas 22 anos. Rapidamente se tornou um sucesso de público e de crítica, tamanha a brutalidade e a verdade contidas nesta obra, que tem como foco a infância (e o começo da adolescência) de um garoto que está se descobrindo gay em uma pequena cidade operária no norte da França. Quando criança, Eddy tentou ser como os outros meninos da sua idade. Queria se tornar um “durão”, a exemplo de seu pai e de seu irmão mais velho. Em um mundo em que ser homem equivaleria a ser viril e grosseiro, ele se forçava a sair com meninas, a jogar futebol, além de se embriagar no ponto de ônibus com os colegas falando de garotas. Tentava controlar seus trejeitos ― e sobretudo seus desejos ― para evitar sofrer ainda mais violência na escola. Misto de ficção, ensaio e autobiografia, O fim de Eddy é uma narrativa única que fala sobre descobrir e assumir a homossexualidade, e sobretudo sobre coragem e transformação. Publicação da Todavia; tradução de Marilia Scalzo. Você pode comprar o livro aqui.
 
Marta Pérez-Carbonell e seu romance de fronteiras — entre o real e o fictício, o dia e a noite, a vigília e o sonho.
 
Faz algum tempo que, uma vez por mês, Alice vai a trabalho de Londres a Edimburgo. A viagem noturna já é sua conhecida; a paisagem rápida, a companhia de um livro ou de estranhos na cabine. Dessa vez, porém, algo muda, e sua história se entrelaça à de dois desconhecidos: o escritor Terence Milton e seu amigo Mick Boulder. Na penumbra do trem, Terence compartilha com seus companheiros de viagem a história de sua ambígua relação com um jovem, que o inspirou a escrever um romance polêmico. Os três dividem pequenos relatos de suas vidas; os cenários, então, passam a se confundir — Londres, Madri, Socotra, Nova York — e, assim como num espelho distorcido, os personagens se enxergam e se misturam. É que entrar em contato com o outro é como montar um cubo mágico: olhamos apenas uma face enquanto tentamos reconstruir as outras. Nada mais ilusório é um romance de fronteiras – entre o real e o fictício, o dia e a noite, a vigília e o sonho. Traz indagações sobre o papel da literatura, a interferência da imaginação na construção da realidade e o risco da criação. Aqui, o artifício da narrativa é um truque de mágica que mais vale pelo deslumbramento e pelas perguntas que afloram do que pelas possíveis respostas que se encontram. Com tradução de Mariana Sanchez; publicação do selo Amarcord. Você pode comprar o livro aqui.
 
Hélène Cixous e sua obsessão pelo discurso literário.
 
Ensaio essencial para os estudos literários contemporâneos, Ayaï, o grito da literatura articula, com força poética e filosófica, a sobrevivência da linguagem diante da perda e da morte. Entre ecos de Sófocles, Shakespeare, Donne, Poe, Proust e Derrida, Hélène Cixous entrelaça crítica e criação para mostrar como a literatura é capaz de religar os vivos aos seus mortos e dar abrigo ao indizível. Para a autora, que evoca uma escrita feita com o corpo e a memória, a literatura é uma força maior que a própria vida, onde traduzimos os gritos agudos e breves da realidade e onde as existências permanecem imunes à destruição. Ao lado de O riso da Medusa e A chegada da escrita, esta edição forma uma espécie de tríade das investigações de Cixous sobre escrita e literatura que expandiram a maneira como concebemos e compreendemos a expressão literária. A edição conta com uma série de fotografias e desenhos do artista franco-argelino Adel Abdessemed. Com tradução e prefácio Flavia Trocoli, o livro sai pela editora Bazar do Tempo. Você pode comprar o livro aqui.
 
Do Manual e das Diatribes de Epicteto.
 
Conhecido como um mestre do estoicismo, e grande referência para Marco Aurélio e suas Meditações, Epicteto chegou a Roma como um servo, onde aprendeu filosofia e ganhou a liberdade. A partir de então, procurou mostrar como esta disciplina nos ensina a viver. Este livro sintetiza suas ideias fundamentais. “Manual” significa algo que está “à mão”, e foi isto que Flávio Arriano, o compilador dos pensamentos do lendário Epicteto buscou: resumir em um pequeno livreto o pensamento estoico. Esta edição, traduzida diretamente do grego, traz, além do Manual, as famosas Diatribes, e fragmentos epictetianos, que refletem o alcance de seu pensamento, que atrai novos discípulos para a escola da filosofia estoica até hoje. Manual do estoicismo tem tradução de Aldo Dinucci e Alfredo Julien; publicação da Penguin/ Companhia. Você pode comprar o livro aqui.
 
REEDIÇÕES
 
Com o trabalho primoroso da artista chilena Luisa Rivera, edição com ilustrações inéditas de Cem anos de solidão chega aos leitores brasileiros.
 
Cem anos de solidão, um dos mais importantes livros da literatura latino-americana, narra a incrível e triste história dos Buendía — a estirpe de solitários para a qual não será dada “uma segunda oportunidade sobre a terra” — e apresenta o maravilhoso universo da fictícia Macondo, onde se passa o romance. É lá que acompanhamos diversas gerações dessa família, assim como a ascensão e a queda do vilarejo. Para além dos artifícios técnicos e das influências literárias que transbordam do livro, ainda vemos em suas páginas o que por muitos é considerada uma autêntica enciclopédia do imaginário, num estilo que consagrou Gabriel García Márquez como um dos maiores escritores do século XX. Em nenhum outro livro o autor colombiano empenhou-se tanto para alcançar o tom com que sua avó materna lhe contava os episódios mais fantásticos sem alterar um só traço do rosto. Assim, ao mesmo tempo que a incrível e triste história dos Buendía pode ser entendida como uma enciclopédia do imaginário, ela é narrada de modo a parecer que tudo faz parte da mais banal das realidades. A nova edição sai pela Record; a tradução é de Eric Nepomuceno. Você pode comprar o livro aqui.
 
Único livro de contos de um dos mais inventivos e cultuados escritores brasileiros ganha nova edição.

Gozo fabuloso é um presente para a legião de fãs que Leminski segue angariando a cada geração. Poucos artistas se mantiveram tão atuais, reverberando tão fortemente com leitores jovens, numa descoberta que se renova sempre. Estão aqui a graça, os jogos de linguagem, a capacidade de combinar conhecimento enciclopédico com leveza, a poesia que se apresenta em sucessivas camadas. Com prefácio de Alice Ruiz, este livro transita entre mistério, memória e metalinguagem, sempre com uma dose de poesia e o humor característico de um dos autores mais queridos do Brasil. Publicação da editora Todavia. Você pode comprar o livro aqui.
 
RAPIDINHAS
 
Erico Verissimo em HQ. O selo do grupo Companhia das Letras dedicado aos quadrinhos anunciou para outubro a publicação de Incidente em Antares. O último romance do escritor gaúcho na versão em quadrinhos foi roteirizado por Rafael Scavone, tem arte de Olavo Costa e cores de Mariane Gusmão.

Erico Verissimo em reedição. A mesma casa editorial anunciou a reimpressão dos sete volumes de O tempo e o vento e de Ana Terra, com posfácio de Morgana Kretzmann e Noite, com posfácio de Ana Paula Maia. 
 
DICAS DE LEITURA
 
1. O fotógrafo, de Cristovão Tezza (Editora Record, 238p.) Contratado para fotografar uma modelo sem que ela saiba, um homem começa a se interessar pela modelo, esgarçando vida amorosa com a esposa também envolvida noutro relacionamento fora do casamento com um professor. Você pode comprar o livro aqui
 
2. Antologia da poesia clássica chinesa, Tan Xiao (Org.) (Trad. Ricardo Primo Portugal, Editora da Unesp, 312p.) Para descobrir uma parte da rica poesia chinesa da Dinastia Tang. A antologia reúne mais de duas centenas de poemas de mais de trinta poetas. Você pode comprar o livro aqui
 
3. Iniciantes, de Raymond Carver (Trad. Rubens Figueiredo, Companhia das Letras, 304p.) Os contos deste livro, publicados pela primeira vez em 1981, colocaram o escritor no círculo dos mais importantes nomes da literatura estadunidense do século XX. Carver traz para a ficção os anônimos, de vida gasta e inglória através de uma linguagem simples e livre. Você pode comprar o livro aqui
 
VÍDEOS, VERSOS E OUTRAS PROSAS
 
Neste ano de 2025, um livro que marcou uma das várias encruzilhadas da literatura brasileira modernista alcança o seu primeiro centenário. Foi, em 1925 que Oswald de Andrade, seguindo os protocolos das vanguardas europeias deu à estampa Pau Brasil. Impresso em Paris pela Au Sans Pareil, a obra com capa e ilustrações de Tarsila do Amaral, também marcou a estreia do escritor na poesia. Apaixonados por livros e edições antigas já conhecem o rico acervo digitalizado da Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin. Pois bem, a recomendação, é ler/ navegar por uma primeira edição de Pau Brasil, disponível aqui.

E, por lembrar a reedição do contista Paulo Leminski, outro lembrete: o jornal Cândido dedicou a edição n.163 ao romance Catatau. Outro exemplar da prosa do poeta curitibano, o livro alcança 50 anos da sua publicação. Entre outros materiais, o jornal traz uma reportagem assinada por Isa Honório ressaltando o peso do romance de 1975 para a literatura brasileira, uma entrevista com o tradutor argentino do livro, Reynaldo Jiménez, e participações de Estrela Leminski, Alberto Villas, Fausto Fawcett e outros. Tudo disponível aqui.

BAÚ DE LETRAS
 
No mesmo ano em que se publica por aqui um novo romance de J. M. Coetzee, saiu a nova edição da trilogia Cenas da vida na província que reúne em versão definitiva Infância, Juventude e Verão. Em maio, nosso colunista Henrique Ruy S. Santos resenhou o livro.
 
Quer conhecer outras obras singulares para o modernismo brasileiro? Nesta lista organizada por Pedro Fernandes durante o ano do centenário da Semana de Arte Moderna, evento paulistano que marcou o movimento entre nós, além de Pau Brasil, vários outros títulos.
 
DUAS PALAVRINHAS
 
Todo grande verdadeiro passo a diante, no crescimento do espírito, exige o baque inteiro do ser, o apalpar imenso de perigos, um falecer no meio de trevas; a passagem.
 
— Em Estas estórias, de João Guimarães Rosa.

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* Todas as informações sobre lançamentos de livros aqui divulgadas são as oferecidas pelas editoras na abertura das pré-vendas e o conteúdo, portanto, de responsabilidade das referidas casas.
 
 

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