Postagens

Mostrando postagens de agosto 6, 2014

Como "formar" uma biblioteca por José Saramago

Imagem
A Fundação José Saramago publicou em sua página hoje, na seção “Memória”, espaço virtual que tem dedicado à publicação de material sobre o escritor que dá nome à instituição, um fac-símile de um datiloscrito muito interessante de ser considerado pelos espaços dedicados à publicação sobre livros. Trata-se de um jogo proposto para a formação de uma biblioteca. A ideia veio-lhe depois de ter sido consultado sobre uma lista para compor o acervo de uma biblioteca que estava por inaugurar. Muito perspicaz a ideia de Saramago, dirão uns; mas a proposta não deixa de ser também um incentivo aos novos leitores que estão à procura de organizar sua biblioteca particular. “Certamente não se esperará de mim a ingenuidade de propor uma lista de livros que iriam ser, ao mesmo tempo, o embrião duma biblioteca e a sua parte fundamental, uma vez que, com toda a probabilidade, eu me esforçaria pro não esquecer nenhuma das obras fundamentais que até hoje se escreveram. Excluindo aquele conhecid

A insustentável forma de A festa da insignificância

Imagem
Por Alfredo Monte                                                        I O lançamento, com toda a pompa e circunstância 1 , de A festa da insignificância , e o fato de que o novo romance de Milan Kundera já encabeça a lista dos mais vendidos (pelo menos no site da Livraria Cultura) se reveste de aspectos dignos de nota: há 30 anos, o autor tcheco era a bola da vez, como se diz, com A insustentável leveza do ser . Nem antes (apesar do seu prestígio) nem depois ele alcançaria tal repercussão. No Brasil, alguns títulos (obras anteriores) ainda se beneficiaram da “onda Kundera”; logo passou, mesmo porque certa ala dos nossos intelectuais associou o sucesso na “lista dos mais vendidos” à ideia de banalidade; para muitos, tratava-se de um escritor pretensamente sofisticado e profundo, mas com pouca substância, no fundo (em contrapartida, muitos leitores “comuns” compravam os livros e desistiam de ler, achando-os “difíceis”); para outros (é o meu caso), A insustentável leveza