Boletim Letras 360º #659
DO EDITOR
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Javier Cercas. Foto: Pere Francesch |
LANÇAMENTOS
Dois livros do escritor catalão Javier Cercas de distintas feições ganham edição quase simultânea no Brasil neste segundo semestre de 2025.
1. O louco de Deus no fim do mundo é uma obra única em que Javier Cercas recebe do Vaticano o convite inédito para estar perto de seus membros e do próprio papa. Motivado por um questionamento ― se a mãe, católica fervorosa, reencontrará o pai na vida eterna ―, o autor transforma uma premissa incomum em uma narrativa magistral e íntima, entrelaçando suas obsessões pessoais com algumas das questões mais inquietantes da humanidade, como o papel da espiritualidade e da religião e a busca pela imortalidade. A narrativa é dividida em três momentos: antes do voo, quando Cercas entrevista cardeais, jornalistas e funcionários do Vaticano e traça um panorama da vida de Jorge Mario Bergoglio, um dos papas mais populares e controversos da história; durante a viagem, quando o autor se integra à comitiva papal na Mongólia, encontra missionários que exercem sua fé nas periferias do mundo e é apresentado a um país com valores, crenças e realidades diferentes daqueles do berço da igreja Católica; e depois, quando Cercas apresenta reflexões sobre os limites da Igreja e o legado do papa Francisco. O louco de Deus no fim do mundo combina crônica, ensaio, biografia e memórias pessoais. O resultado é um “romance sem ficção” repleto de ironia, humanidade e perplexidade que narra uma jornada que leva a reflexões profundas sobre fé, religiosidade e relações humanas. Esta leitura é ideal para todos que desejam entender, por meio de um registro íntimo e crítico, o cristianismo do século XXI e um de seus maiores representantes: o papa Francisco. Publicação da editora Record; tradução de Joca Reiners Terron. Você pode comprar o livro aqui.
2. Independência é um romance eletrizante, conduzido sob a maestria de um dos grandes nomes da literatura contemporânea. Um retrato contundente das engrenagens ocultas do poder, da corrupção institucional e da busca incansável por justiça. Melchor Marín está de volta. Chamado a Barcelona para investigar um caso explosivo uma chantagem com um vídeo íntimo da prefeita da cidade , o ex-policial carrega o peso de nunca ter encontrado os assassinos de sua mãe. Ainda assim, sua integridade moral e seu senso inflexível de justiça o impulsionam a mergulhar nos círculos mais sombrios do poder político e econômico. O que parece ser uma extorsão por dinheiro pode esconder algo muito mais perigoso: uma tentativa de desestabilização institucional. Nesse cenário marcado por cinismo, ambição sem escrúpulos e brutalidade corrupta, Melchor enfrentará seus fantasmas e os verdadeiros donos do sistema. Um romance devastador sobre vingança, poder e resistência e um grito furioso contra a tirania dos que se julgam acima de tudo e de todos. Sai pelo selo Tusquets; tradução de Mariana Di Marcantonio. Você pode comprar o livro aqui.
Com sua prosa precisa e lírica, Ocean Vuong revela como a dor compartilhada pode abrir espaço para ternura e pertencimento, mesmo entre aqueles que o mundo insiste em esquecer.
Numa noite chuvosa de fim de verão, um jovem imigrante está prestes a se jogar de uma ponte na Felicidade do Leste, uma cidadezinha esquecida no interior de Connecticut. Do outro lado do rio, porém, uma voz o impede ― é Grazina, uma viúva lutando contra o avanço da demência. Essa conexão improvável entre duas pessoas à deriva dá início a uma relação que, ao longo de um ano, se transforma em um frágil pacto de sobrevivência mútua. O imperador da Felicidade é uma história sobre aqueles que vivem à margem da sociedade ― jovens, velhos, imigrantes, pobres, viciados ―, descartados pelo sonho americano e relegados aos bastidores do progresso. Ocean Vuong transforma esses esquecidos em protagonistas de beleza pungente, capturando momentos de conexão humana em meio ao colapso econômico, à rotina esmagadora do trabalho, às minúsculas perdas diárias e à insistência em, apesar de tudo, continuar vivendo. Aqui, não há idealizações, apenas a verdade crua e bela do que significa seguir em frente. Uma história sobre segundas chances ― não como milagres, mas como mínimos atos de coragem cotidiana. A tradução é de Rogério Galindo; publicação da editora Rocco. Você pode comprar o livro aqui.
A chance de ingressar no universo literário de Bohumil Hrabal.
Publicado em 1965, Trens rigorosamente vigiados é o livro mais conhecido de Bohumil Hrabal, um dos maiores escritores tchecos do século XX, em boa parte devido ao filme homônimo de 1966, que recebeu o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro. Nesta novela, que combina o registro coloquial e a irreverência com momentos de intenso lirismo, acompanhamos as angústias do jovem narrador Miloš Hrma em sua conturbada passagem para a vida adulta. O pano de fundo é o cotidiano de uma pequena estação ferroviária na Tchecoslováquia, onde seus pitorescos funcionários se veem em meio ao movimento de resistência ao nazismo e à brutalidade dos eventos finais da Segunda Guerra Mundial. Este é o primeiro livro de Hrabal publicado no Brasil em tradução direta, a cargo de Luís Carlos Cabral. A edição traz ainda um ensaio biográfico de Šárka Grauová, pesquisadora da Universidade Palacký, da República Tcheca, escrito especialmente para esta edição. Publicação da Editora 34. Você pode comprar o livro aqui.
Neste romance de ambições enciclopédicas, o cultuado William T. Vollmann canaliza suas principais obsessões — a violência, a ambiguidade moral, os cantos obscuros da história — em narrativas que jogam o holofote em pessoas reais e fictícias vivendo sob o jugo de regimes totalitários: a Alemanha nazista e a União Soviética stalinista.
Comparado com frequência a Thomas Pynchon e David Foster Wallace, o cultuado autor norte-americano William T. Vollmann ganhou notoriedade por sua intensa produtividade. De sua vasta obra, um título se destaca como a porta de entrada para seu universo: Central Europa. Aqui, diferentes histórias que mesclam personagens reais e fictícios são entremeadas num ritmo frenético. Se há um fio maior no meio desse caleidoscópio composto de uma “série de parábolas sobre agentes morais em momento de decisão”, como o próprio autor descreve o romance, ele se encontra na complexa figura de Dmitri Chostakóvitch, cujo embate contra o regime comunista reflete questões sobre liberdade artística no totalitarismo. Nesta tradução rigorosa e obsessiva de Daniel Pellizzari, o estilo vertiginoso de Vollmann ganha vida pela primeira vez no Brasil. Publicação da Companhia das Letras. Você pode comprar o livro aqui.
Já é conhecido o décimo nono título da Coleção Prosa Latino-Americana da editora Pinard.
Considerado uma obra-prima da literatura chilena, Filho de ladrão acompanha Aniceto Hevia, jovem que busca forjar sua identidade em meio à pobreza, à marginalidade urbana e às tensões sociais de Santiago. Inspirado em vivências do próprio Manuel Rojas, o romance combina lirismo e realismo para narrar uma trajetória de formação marcada pela luta por dignidade e liberdade. Com nova tradução de Silvia Massimini Felix, o livro sai pela editora Pinard. Você pode comprar o livro aqui.
Uma jornada intensa sobre exílio, perda e reencontro.
Quando a revolução prometeu um país novo, Nina acreditou. Mas a promessa se revelou uma utopia, e a Venezuela, assim como sua vida, começou a ruir. Após a morte do pai e o abandono do marido — Camilo, companheiro de ideais que se tornara burocrata de um Estado em colapso — Nina toma uma decisão dilacerante: deixar a filha, Elisa, aos cuidados da avó e atravessar fronteiras até o Brasil, em busca de sobrevivência. Entre trabalhos precários, remessas de dinheiro e uma saudade que corrói, o passado retorna na figura de Camilo. Ele reaparece com uma proposta capaz de reescrever destinos: levar Elisa para os Estados Unidos. Uma ideia que ameaça demolir as últimas convicções de Nina. Quando a menina aceita partir com o pai, começa para Nina uma travessia física e emocional — do Brasil ao México — guiada não apenas pela determinação, mas também por um sussurro sobrenatural: a presença silenciosa do avô, morto há anos, que parece não ter abandonado a família. Voltar a quando é o retrato pungente de uma família fraturada pelo colapso da Venezuela e, ao mesmo tempo, a crônica universal de quem é forçado a partir — e de quem, mesmo longe, nunca deixa de voltar. Mais do que uma ficção poderosa, o romance ecoa a realidade de milhões de venezuelanos que, diante de uma crise política e humanitária sem precedentes, foram obrigados a deixar para trás suas casas, suas certezas e, muitas vezes, os próprios filhos. Publicação da Biblioteca Azul. Você pode comprar o livro aqui.
Dois volumes reunidos numa caixa trazem a ficção completa de H. P. Lovecraft.
Considerado o nome mais importante da literatura de terror ao lado de Edgar Allan Poe, a obra de H. P. Lovecraft disseminou o gênero do “horror cósmico”. Nele, o medo e o pavor parecem oriundos de uma angústia existencial profunda. Nesta edição que compila todos os seus textos, é possível acompanhar a evolução do estilo narrativo único de Lovecraft, que conjura horrores indescritíveis e vozes enlouquecidas. O resultado é um universo compartilhado, onde antigas divindades e livros proibidos reaparecem em diferentes histórias. Criaturas capazes de transtornar a mente são invocadas em um canto de um quarto de pensão, ou se encontram dormentes no gelo da Antártida, ou no além-mar. Os monstros de Lovecraft desafiam a geometria e a lógica, insinuando um mundo onde humanos são dispensáveis. Organizado e traduzido por Guilherme da Silva Braga; publicação da Penguin/ Companhia das Letras. Você pode comprar o livro aqui.
Ambientado no sul escravista dos Estados Unidos nos anos que antecedem a Guerra de Secessão, A descida acompanha a trajetória de Annis, filha de uma mulher escravizada, estuprada por seu senhor branco.
Arrancada dos braços da mãe, a menina é lançada em uma jornada devastadora, cruzando, acorrentada, o sul do país, para ser vendida. Dos campos de arroz das Carolinas até o mercado de escravos de New Orleans, para depois seguir para uma plantação de açúcar na Louisiana. Durante essa travessia abominável, Annis encontra forças nos ensinamentos de luta que recebeu, desde pequena, da mãe, e nas histórias que ouvia dela sobre a avó, Mama Aza, guerreira do Daomé. É de Mama Aza a voz ancestral que acompanha Annis ao longo da caminhada, incentivando-a a resistir, a sonhar e a lutar por liberdade. A menina se abre para um mundo além da brutalidade da escravidão, repleto de espíritos — da terra e da água, do vento e da tempestade, aqueles que recebem e retribuem, aqueles que lembram e os que predizem. “Ao explicitar os desafios de uma jovem mulher negra na sociedade escravista, a narrativa propõe a enunciação de um Eu em meio à ferocidade daquele período”, considera Ronaldo Vitor da Silva no posfácio do livro. Dessa forma, afirma, o texto de Jesmyn faz “da ficção um meio comprometido com a restauração da memória do escravizado”. Ao passar pela experiência particular do sujeito escravizado, a obra “confirma que a passividade negra é um mito e que, sob diferentes estratégias, a liberdade sempre foi perseguida”, considera. O título do livro — Let Us Descend, no original —, faz referência direta a A divina comédia, de Dante Alighieri. O Inferno do poeta italiano, abordado pelo tutor das irmãs brancas de Annis, filhas de seu senhor, torna-se metáfora viva da experiência da escravidão. Em A descida, o inferno não é alegoria: é histórico, concreto e cotidiano. “Vamos descer e entrar neste mundo cego”, diz o trecho de Dante, ecoado na estrutura do romance e no caminho trágico trilhado pela protagonista. Com tradução de Nina Rizzi, o livro sai pela editora Carambaia. Você pode comprar o livro aqui.
Um romance de formação emocionante que apresenta o olhar delicado de uma criança para as experiências traumáticas dos pais durante a ditadura militar brasileira.
Protagonista deste romance, uma joia de concisão e lirismo, Rodrigo é um garoto introspectivo, filho de pais separados, às voltas com a rotina paulistana no início dos anos 1990: o futebol meio desastrado na escola, a timidez com as meninas da classe, as férias com os avós. Os pais, como seria de se esperar, estão no centro de sua vida. Navegando entre as casas de cada um, explorando esses “continentes” tão diferentes entre si, Rodrigo os observa com lentes de especialista: o universo do garoto é circunscrito ao olhar infantil. Mas é também feito de silêncios, incertezas, pequenas ― e enormes ― descobertas. Como nos clássicos romances de formação, o preço a se pagar por se aventurar no mundo é a perda da inocência. Cioso do ritmo de cada frase e da precisão de cada palavra, Chico Mattoso constrói uma narrativa comovente, cujo ponto de vista se estabelece na exata medida de seu narrador: a realidade se expande conforme o protagonista amadurece, proeza de que só os melhores escritores são capazes. O hipopótamo é publicado pela editora Todavia. Você pode comprar o livro aqui.
REEDIÇÕES
Publicado originalmente em 2005, Eu receberia as piores notícias dos seus lindos lábios faz vinte anos e ganha nova edição com posfácio da crítica Eliane Robert Moraes e um texto especial do autor.
Numa cidade do Pará à beira de uma corrida do ouro, o fotógrafo Cauby se envolve em uma história de amor clandestino com a sedutora Lavínia. Tendo por pano de fundo os conflitos entre garimpeiros e uma mineradora, o desfecho da história se anuncia desde as primeiras linhas: dado a premonições sombrias sobre o próprio destino, o fotógrafo trata de cumpri-lo à maneira dos personagens trágicos. Nas mãos de Marçal Aquino, no entanto, esse caminho nunca é percorrido sem surpresas. Se a trama tem elementos da tragédia, com seus heróis movidos por forças que não conseguem controlar, a maneira como é narrada afasta qualquer previsibilidade. O livro é uma vertiginosa e acidentada história de amor, nascida num ambiente hostil a qualquer manifestação de delicadeza. Cercada por episódios de loucura e brutalidade, a sedução emerge como o mais arriscado dos jogos. Entregar-se a seus caprichos e normas, tão rígidos quantos os que regem a vida do submundo, pode ser a prova mais difícil da vida de um homem. Aquela que, nas palavras do próprio Cauby, acaba definindo a sua sorte: “Quero saber quantos tiveram a coragem de ir até lá. De encontro ao fim. Eu tive”. Publicação da Companhia das Letras. Você pode comprar o livro aqui.
RAPIDINHAS
Helena Kolody inédita. A editora Arte & Letra revela, duas décadas depois da morte da poeta curitibana, um livro com inéditos descobertos por Eduardo Kolody. Chama-se Appasionata, um conjunto de poemas nascido de uma paixão vivida em 1940 pela tia-avó do autor da descoberta.
José Luís Peixoto especial. Para marcar os 25 anos da primeira edição do até agora principal romance do escritor português, Morreste-me, a Dublinense publica uma tiragem com novo projeto editorial e material extra contextualizando a importância deste livro na literatura portuguesa contemporânea.
DICAS DE LEITURA
1. A melodia das coisas, de Rainer Maria Rilke (Trad. Claudia Cavalcanti, Estação Liberdade, 332p.) Um conjunto bastante diverso do escritor de Cartas a um jovem poeta: contos, ensaios e cartas circunscritos entre os anos de 1898 e 1907 que revelam um autor em construção de sua maturidade pessoal e criativa que o levaria a ocupar um lugar entre os seletos da poesia alemã. Você pode comprar o livro aqui.
2. Algólidas, de Alex Sens (Editora Moinhos, 240p.) Mais de uma dezena de narrativas de um dos nossos escritores mais fiéis a atividade de imaginar e contar histórias, tão raras na literatura de hoje. Um mergulho naquelas searas sempre evanescente do onírico mesmo que sejam os nossos mais perturbadores. Você pode comprar o livro aqui.
3. Mumbo Jumbo, de Ishmael Reed (Trad. João Vitor Schmidt, Editora Zain, 320p.) O trânsito por um mundo totalmente distinto daquilo que se marcou na história dos Estados Unidos como Era do Jazz, talvez o subterrâneo dessa expressão que se impôs como forma da cultura dominante a partir da investigação de uma epidemia dançante chamada Jes Grew. Você pode comprar o livro aqui.
VÍDEOS, VERSOS E OUTRAS PROSAS
Não sei viver sem palavras é o título de documentário dirigido pelo fotógrafo e cineasta André Brandão acerca do pai, o escritor Ignácio de Loyola Brandão. Nascido no convívio familiar durante a pandemia de covid-19, o filme repassa a vida de um dos mais importantes nomes da literatura brasileira do século XX, reunindo material inédito, como partes de filmes também realizados por Loyola Brandão em Super-8 durante a década de 1970. O longa é apresentado durante a Première Brasil Retratos, do Festival do Rio, evento que começou no dia 2 e segue até 12 de outubro.
Saiu em formato digital o Dicionário de Florbela Espanca. Publicado impresso no Brasil e em Portugal em 2025 com uma ampla reunião de verbetes que esclarecem o funcionamento da poética e da biografia dessa poeta, o conteúdo na íntegra pode ser acessado neste endereço da Pedro & João Editores, responsáveis pela edição brasileira. O dicionário foi organizado pelos professores Jonas Leite e Fabio Mario com supervisão de Maria Lúcia Dal Farra.
BAÚ DE LETRAS
No passado 2 de outubro celebramos o centenário do nascimento de José Cardoso Pires, um dos nomes mais relevantes da literatura portuguesa do século XX. Sublinhamos a data com a recordação de alguns dos materiais encontrados no nosso arquivo acerca do escritor e da sua obra.
a) Em fevereiro de 2012 saiu esta breve nota para um perfil bibliográfico de Cardoso Pires; como de costume, o leitor pode conhecer algum traço da biografia do escritor, seu estilo, temas, interesses, além de panorama por suas principais obras.
b) No mesmo ano, Pedro Fernandes redigiu um comentário acerca de um dos principais romances do escritor — livro aliás que aparece nas recomendações da leitura da edição 655 deste Boletim: O Delfim.
c) De profundis, valsa lenta é um relato sui generis do autor de uma obra de igual poder. Quando foi afetado por um acidente vascular, Cardoso Pires experimentou trilhar os complexos territórios da desmemória. Pedro Belo Clara escreveu sobre o livro aqui.
DUAS PALAVRINHAS
A autocensura é a esclerose. A voz prudente que segreda fantasmas por cima do escritor.
— José Cardoso Pires
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