Boletim Letras 360º #170

2016 o ano de Ana Cristina Cesar. Nova edição reapresenta outras faces da poeta e coleção Poesia de Bolso tem A teus pés como uma das principais publicações. Mais detalhes ao longo deste Boletim. 


Esta edição reafirma o convite para participar da promoção que celebra a chegada dos trinta mil amigos que se encontram no nosso Facebook; no dia 12 de junho um leitor levará três livros à sua escolha da rica produção literária de Lygia Fagundes Telles. Para participar basta acessar aqui. Verá que já somos mais que trinta, somos trinta e um mil amigos e ficamos sempre felizes com a chegada de novas figurinhas para o nosso mundo! 

Segunda-feira, 06/06

>>> Brasil: Uma nova editora com um rico catálogo de poesia

Há uma palavra que se constrói depois de uma visita às publicações já disponíveis da novíssima Martelo Casa Editorial: qualidade. Obras de nomes como Horácio Costa, Micheliny Verunschk, Glauco Mattoso, Ruy Espinheira Filho, por exemplo, atestam essa confirmação. Mas há ainda as trabalhadas edições de nomes indispensáveis ao cenário literário nacional e pouco conhecidos como Jamesson Buarque, Alexandre Bonafim, Heleno Godoy. E uma linha editorial que não a da poesia, mas a da crítica literária com reedições de obras de figuras como Luiz Costa Lima e Antonio Carlos Secchin. Enfim, uma daquelas boas lufadas de ar limpo no mercado editorial brasileiro.

>>> Brasil: Outro clássico de Thomas Mann ganha reedição pela Companhia das Letras

Sai em novembro A montanha mágica. Publicado em 1924, este é um dos livros mais influentes da literatura universal do século XX. A obra que tem como espaço um sanatório na Suíça onde se reúnem indivíduos de várias raças e credos, é, a partir dos problemas, inquietações, sofrimentos de toda ordem que aí se apresentam, um painel de uma Europa enferma, à procura de uma unidade, a Europa de logo depois do fim da Primeira Guerra Mundial. Do escritor, a editora já apresentou desde 2015, Morte em Veneza e Tonio Kröger, Doutor Fausto e Os Buddenbrook.

Terça-feira, 07/06

>>> Holanda: Os livros escondidos nas lombadas de antigas publicações

Através da técnica de Raio-X por espectrometria fluorescente, especialistas em literatura medieval da Universidade de Leiden, na Holanda, têm descoberto livros utilizados em antigas encadernações do entre-séculos XV e XVIII, quando era frequente os encadernadores cortarem e reciclarem livros medievais, escritos à mão, que a invenção da imprensa viera tornar obsoletos, para reforçar as lombadas. A nova tecnologia permite escanear as obras sem nem sequer danificar as lombadas dos livros e já fez descobertas interessantes como o de um manuscrito do século XII, que cita excertos de uma obra de Bede: um monge inglês e doutor da Igreja (é até hoje o único natural da Grã-Bretanha a quem foi concedido esse título) que viveu entre os séculos VII e VIII e redigiu uma célebre História Eclesiástica do Povo Inglês.

>>> Brasil: Aquarelas: haicais é o segundo livro do poeta Léo Prudêncio lançado pela Editora Penalux

O livro é composto por 99 haicais inspirados na paisagem e vivência nordestinas (especificamente no Ceará, estado onde o poeta passou a maior parte da vida). A arte da capa é do artista plástico mineiro Chico Mendes e os textos críticos são de Jo A-mi, artista plástica cearense, e do Poeta de Meia-Tigela, pseudônimo usado para Alves de Aquino. A obra é apresentada como dotada da força do lirismo oriental como expressão da ligação do poeta com a natureza ao seu redor.

Quarta-feira, 08/06

>>> Brasil: Uma nova edição para Crítica e tradução, de Ana Cristina Cesar

Reunindo em um só volume Escritos no Rio, Escritos da Inglaterra e Literatura não é documento, este livro apresenta o pensamento crítico de Ana Cristina Cesar nas suas mais diversas vertentes – a crítica literária, a crítica de cinema, a reflexão e a prática da tradução literária. Contém resenhas e artigos publicados em diversos jornais a partir do início da década de 1970; a tradução anotada do conto “Bliss”, de Katherine Mansfield; um levantamento dos filmes documentários sobre autores ou obras literárias produzidos no Brasil. E traduções inéditas feitas pela autora de obras de Emily Dickinson e Sylvia Plath. Publicada inicialmente pelo Instituto Moreira Salles, a obra é reeditada pela Companhia das Letras, que também apresenta o título A teus pés numa tiragem individual para uma nova coleção da casa, a Poesia de Bolso.

>>> Brasil: Apresentado como um dos importantes nomes da literatura clássica francesa, Alfred de Musset tem obra publicada no país

A confissão de um filho é o livro mais conhecido por aqui e peça fácil de encontrar nos sebos. Mesmo assim, a editora Amaralys resolveu apostar numa reedição do clássico. O romance é a história de Otávio, descrito como alter ego do escritor, um jovem burguês de 19 anos que, após descobrir-se traído por sua amante, passa a refletir de forma desiludida sobre o amor, o dandismo, as práticas libertinas da vida noturna e o vazio que se instalam na sua vida. A obra agora publicada recebeu uma nova tradução e prefácio escrito por Veronica Galindez.

>>> Inglaterra: Fundada há mais de 60 anos por T. S. Eliot e seus amigos para "propagar a arte da poesia", Poetry Book Society anunciou que vai fechar suas portas

Nada convenceu o governo inglês a recuar nos cortes de financiamento para a manutenção da sociedade; nem mesmo o apelo coletivo de poetas de todas as partes do Reino Unido. A alternativa foi colocar um ponto final ao órgão, que distribui uma parte das atividades pelas quais eram responsáveis: a edição trimestral do boletim PBS e os livros de poesia foram assumidas pela Inpress, uma organização sem fins lucrativos, e a Fundação T. S. Eliot assumirá a gestão do prestigiado Prêmio de Poesia criado desde 1993 em homenagem ao poeta. Outras atividades, como o clube de leitura, tiveram de ser extintas. A cultura naquele país passa por sistemáticos cortes de orçamento desde há cinco anos e o PBS foi sempre o mais afetado com eles, conforme denunciou ao The Guardian, o ex-diretor Chris Holifield.

Quinta-feira, 09/06

>>> Dinamarca: O Museu Nacional anunciou que retirará todas as palavras que sejam potencialmente ofensivas dos títulos e descrições das obras de arte expostas por termos que sejam mais neutros

Entre estas palavras encontram-se termos como “neger”, que se usa de forma pejorativa para uma pessoa negra, ou “hotenttot”, em referência ao grupo étnico africano khoikhoi. Estas serão totalmente substituídas por “africano” ou “afro-americano”. Ao todo são 14 peças do museu que passará pelas modificações. Se os termos potencialmente ofensivos, explica a direção do museu, são parte do título oficial da obra de arte em questão – como ocorre na obra do pintor holandês Karel van Mander III “Negerhoved”, que significa "Cabeça de uma negra" (é caso também de outras obras do pintor, como a que ilustra esta post) –, o termo será mantido mas será acompanhado de uma forma secundaria com termos neutros. A atitude é inspirada no Rijksmuseum de Amsterdã, que decidiu modificar os títulos e descrições de 200 de suas obras depois de catalogar terminologias que consideram antiquadas e qualificativos raciais.

>>> Portugal: Que tal hospedar-se no quarto de Fernando Pessoa?

Aos 20 anos, em 1908, Fernando Pessoa tinha acabado de falir uma tipografia aberta com o dinheiro da herança de sua avó, Dionísia, morta um ano antes. Com pouco dinheiro, alugou um quarto no Largo do Carmo, 18, em Lisboa, e passou a se dedicar à tradução. Agora, o quarto no bairro do Chiado onde o mais famoso poeta português morou por quatro anos está disponível para aluguel no Airbnb. O site de aluguel de casas e apartamentos divulgou a existência do quarto para marcar o aniversário de Pessoa, que completaria 128 anos no próximo dia 13 de junho. O quarto tem uma decoração que remete ao início do século XX e à vida do poeta, com máquinas de escrever, mobiliário da época, malas antigas nas paredes e um chapéu igual ao usado por Pessoa.

Sexta-feira, 10/06

>>> Brasil: Uma nova edição para Mathilda, de Mary Shelley

Até então o leitor encontrava a edição na coleção de obras especiais preparada pela Editora Grua em parceria com a Livraria Cultura. Mas, já há outra opção. A editada pela Poetisa. Mathilda é a segunda longa obra de ficção de Mary Shelley, sempre conhecida pela escrita de Frankenstein. Data de fevereiro de 1820 e lida com temas românticos comuns de incesto e suicídio. No leito de morte, a jovem personagem título da obra escreve uma carta de confissão a seu amigo, o poeta Woodville, para revelar um terrível segredo escondido por anos. A carta, que é dividida em duas partes, a história de vida de Mathilda e o reencontro com o pai dezesseis anos depois do nascimento dela - relação que será marcada por toda sorte de desatinos.

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