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Mostrando postagens de setembro 21, 2015

A Ilíada, a guerra de todos nós

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Por Guillermo Altares "A apoteose de Homero", de Jean Auguste Dominique, 1827 O deus Zeus idealizou uma estratégia para ajudar aos troianos: enviar um falso sonho de vitória ao líder grego Agamenon, que além de tudo acabava de ter um combate com o herói Aquiles. Não há nada tão destrutivo, tão letal, como a confiança cega em seu próprio triunfo, a crença absoluta na vitória. Essa é uma das muitas histórias universais contidas na Ilíada . Nunca saberemos com segurança quando e como foi composta – os especialistas preferem o verbo “compor” a “escrever” porque não está claro o papel que a escrita teve na sua criação. Sobre seu autor, Homero, que a tradição descreve como um poeta cego, existem mais dúvidas que certezas. Contudo, por aí segue sua obra, ancorada mais do que nunca na memória viva de nossa cultura. Como escreveu Gore Vidal em suas memórias: “Como as diferentes camadas de Troia, onde em algum lugar profundo estão essas cidades amontoadas sobre outras