sem título


Schiele, Embrace (1912)


vale-me o corpo
a carne que arde

profana meu corpo
enquanto vivo
tudo o que ainda
não tenho

vale-me o corpo
o nervo que pulsa

profana meu corpo
enquanto existo
que depois disso
tudo será vão

* Acesse o e-book Palavras de pedra e cal e leia outros poemas de Pedro Fernandes.

Comentários

Unknown disse…
Lindo esse poema, toca no nosso íntimo!!

AS MAIS LIDAS DA SEMANA

11 Livros que são quase pornografia

Dez poemas e fragmentos de Safo

Sátántangó, de László Krasznahorkai

Boletim Letras 360º #663

Com licença poética, a poeta (e a poesia de) Adélia Prado

Boletim Letras 360º #645