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Mostrando postagens de julho 29, 2014

Chico Buarque: artista e pensador

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Por Rinaldo de Fernandes Chico Buarque tem uma profunda identificação com o Brasil. Suas letras, seu teatro, seus romances reimprimem importantes interpretações críticas do país. Estão entre os protagonistas do compositor os pivetes, os malandros, os sem-posse. Aquilo que constitui, efetivamente, a ‘negatividade’ da sociedade brasileira. Para Chico, especialmente em suas composições dos anos 70, a negatividade da vida brasileira é produto ou atributo da política, passa pelos poderosos de plantão. Iníquos lhe foram todos os governos militares, calando, torturando, matando. Governos que encontraram no compositor de “Apesar de você” e de “Cálice” uma voz incisiva, intrépida. Uma voz que afrontava a “mentira” e a “força bruta”. Chico, por outro lado, é um pensador da condição feminina. Quando retrata as ‘resignadas’ ou ‘recolhidas’ no universo doméstico, caso de “Cotidiano” e “Mulheres de Atenas”, é mordaz, ironizando a submissão ou o papel de esposa na família de base p