Boletim Letras 360º #514

 
 
DO EDITOR
 
1. Caro leitor, três anos depois, na próxima semana divulgaremos uma chamada para novos colunistas atuarem no Letras. Se você escreve resenhas (sobre livros ou filmes) ou ensaios, por exemplo, e procura um espaço para exercitar sua escrita junto ao público, esteja atento às nossas redes sociais. Você pode se informar melhor aqui sobre a nossa linha editorial e nossos interesses  ou, claro, lendo nosso conteúdo. 

2. Em breve divulgaremos os próximos livros que disponibilizaremos para o clube de apoiadores do Letras. Mas se você ainda não deixou seu apoio, fica já o convite. Saiba como participar e sobre outras formas de colaborar com as nossas despesas de domínio e hospedagem do blog por aqui.
 
3. Outra dessas formas de ajuda é na aquisição de qualquer um dos livros pelos links ofertados neste Boletim; você pode garantir ainda um desconto na compra sem pagar nada mais por isso. Legal, não é?
 
5. Agradecemos sua companhia e desejamos um bom e proveitoso final de semana!

Ray Bradbury. Foto: Santi Visalli


 
LANÇAMENTOS
 
Uma clássica história noir de Ray Bradbury, autor de Fahrenheit 451.
 
Conhecido por ser um autor que se utiliza do gênero fantástico para tornar nossos fantasmas mais reais, Ray Bradbury deixou legados literários maravilhosos como Fahrenheit 451 e As crônicas marcianas. Com a mesma escrita elegante, A morte é um negócio solitário nos envolve em uma clássica história noir, repleta de crimes e mistérios, com um ar bastante nostálgico e com personagens que acabam enfrentando os cantos mais obscuros de suas próprias vidas e personalidades. Entre as palmeiras e os bangalôs decadentes de Venice, Califórnia, um jovem escritor cria histórias fantásticas à máquina de escrever. Evitando sentir falta de sua namorada, que está estudando fora do país, o escritor trabalha constantemente seu esforço literário, até que coisas estranhas começam a acontecer ao seu redor. Uma série de ligações peculiares, algas marinhas deixadas repentinamente em sua porta, entre tantos outros incidentes. E, à medida que eles aumentam, seus amigos vão sendo vítimas de uma série de acidentes misteriosos — alguns deles fatais. Ajudado por um detetive experiente e por uma atriz decadente, o escritor se propõe a encontrar uma conexão entre os eventos bizarros ao seu redor e, ao fazê-lo, descobre a verdade sobre sua própria vida e suas habilidades criativas. Com tradução de Samir Machado de Machado, o livro é publicado pela Biblioteca Azul/ Globo Livros. Você pode comprar o livro aqui.
 
Uma coletânea de doze ensaios que revela o processo por trás da escrita e da mente de Joan Didion.
 
Na voz singular de Joan Didion, esta coletânea reúne ensaios que trazem vislumbres das mais diversas temáticas sobre as quais ela se debruçaria durante a carreira: o jornalismo, a política, a cena californiana, seu processo de escrita e as próprias inseguranças enquanto autora. Vou te dizer o que penso é a última obra publicada em vida por Joan Didion e, com prefácio do escritor e curador de arte Hilton Als, destaca a importância de Didion e nos mostra o porquê dela ser uma das mais reverenciadas autoras da literatura contemporânea. Com tradução de Mariana Delfini, o livro é publicado pela editora HarperCollins Brasil. Você pode comprar o livro aqui.
 
A edição brasileira do livro de memórias de Violante Saramago Matos, a única filha do escritor José Saramago.
 
Composto com delicadeza, De memórias nos fazemos consiste em narrativas de Violante Saramago, que lembra desde episódios da infância até o dia em que viajou com o pai e Pilar del Río para Estocolmo a fim de acompanhar a entrega do prêmio máximo da literatura. Fala da vez em que contou ao pai estar apaixonada pelo namorado, e o quanto gostava da barba de Che Guevara dele. Conta dos cachorros que tiveram, e de que forma alguns apareceram nas obras do pai. Relembra quando esteve presa, em Caxias, por protestar contra as guerras coloniais, e lá recebia as visitas de um preocupado pai. O livro ainda contém material de arquivo inédito: bilhetes, páginas de fax assinadas, fotos e e-mails trocados por pai e filha. Alguns trechos trazem comentários do próprio José Saramago sobre o modo como a filha escreve, em um precioso compêndio de dicas que nos permite visualizar o modo como o Saramago pensava a literatura. O livro é publicado pela editora Rua do Sabão. Você pode comprar o livro aqui.
 
O segundo livro do poeta Jonas Leite.
 
A Geografia das Coisas é um livro sobre caminhos, pistas, coisas. Mas mais do que isso, é um livro de observação — espécie de experimento poético que contempla e define, num exercício distanciado da obviedade. Dividido em duas partes iguais, “Uma Geografia” e “As Coisas”, a obra vai traçando um percurso poético que faz cruzar mundo díspares, coisas aleatórias e até intangíveis, tudo na tentativa de capturar uma realidade para além da própria realidade. A imprevisibilidade do título se confirma em intrigante harmonia ao longo das poucas páginas do volume. Desse modo, os títulos dos poemas funcionam como chaves para a leitura, delimitando, mas não necessariamente definindo. Portanto, neste livro, Jonas Leite exercita o mais ontológico dos trabalhos do poeta, que é condensar, através da palavra, o mundo. O livro é publicado pela Editora Patuá com prefácio de Pedro Fernandes de Oliveira Neto. Você pode comprar o livro aqui.
 
Um conjunto de livros que é uma perfeita introdução ao mundo dos mitos e das lendas a partir de quatro diferentes perspectivas.
 
Em Os mitos celtas, Mitranda Aldhouse-Green apresenta os mitos irlandeses e galeses, seus principais personagens, além de toda uma discussão sobre como e por quem essas lendas são transmitidas. Gary J. Shaw, em Os mitos egípcios, introduz ao leitor a forma encontrada pelos antigos habitantes do Nilo para explicar o mundo ao seu redor, como os deuses se manifestavam ou, por exemplo, o que essas pessoas imaginavam que acontecia na vida após a morte. Os mitos nórdicos, de Carolyne Larrington, descreve de forma bastante acessível as origens das lendas vikings e escandinavas pré-cristãs, bem como seus vários deuses, gigantes e heróis famosos. Já na obra Os mitos gregos e romanos, Philip Matyszak revela as lendas e as aventuras do período da Grécia e da Roma clássica, os deuses e deusas, semideuses, heróis e heroínas, monstros, e como esses personagens influenciaram a arte e a cultura até os dias de hoje. Com tradução de Thaiis Rocha da Silva e Camila Aline Zanon, os livros reunidos numa caixa são publicados pela editora Vozes. Você pode comprar o livro aqui.
 
O quarto romance de Alessandro Thomé.
 
Uma mulher vê o mar pela primeira vez aos 33 anos de idade, quando vai à praia jogar as cinzas de sua mãe, com quem teve problemas durante toda a vida. Lá, ela vê um barco distante e, desgostosa, decide suicidar-se. Planeja a própria morte para que seja o grande momento de sua vida e decide vender tudo o que tem, comprar um barco e morrer no mar. Na execução de seu plano, descobre que há no barco alguém mais além dela. Sua luta então passa a ser pela sobrevivência, com uma reavaliação da vida que a levará muito além do que poderia imaginar. Perto dos olhos de Deus é o quarto romance do escritor paulistano Alessandro Thomé; o livro é publicado pela Assírio & Alvim Brasil.

Jón Kalman Stefánsson  um dos maiores autores islandeses da contemporaneidade  narra a mais nova e gélida aventura do rapaz de Paraíso e inferno, que desta vez enfrenta a paisagem islandesa na companhia de um carteiro à procura de seus destinatários.

Quando o carteiro Jens chega quase sem vida à fria Aldeia, é recebido por Helga e por um rapaz — ambos personagens de Paraíso e inferno. Lá ele terá pouco tempo para se restabelecer, pois deverá retomar sua viagem e levar as correspondências aos longínquos fiordes islandeses. Não conseguirá enfrentá-los, no entanto, sem o auxílio de quem está acostumado a sair para o mar. Será o rapaz a acompanhá-lo nesta perigosa missão até o fim do mundo, “onde termina Islândia e começa o Inverno eterno”. Apesar de suas diferenças, eles não têm escolha a não ser se unir diante da natureza implacável. Em uma prosa suave mas brutal, Jón Kalman Stefánsson cria uma jornada rumo à origem da existência, em que a mais dura das condições convive com a mais vertiginosa das liberdades, e a doce tentação da morte se opõe à luz que transportamos dentro de nós. A tristeza dos anjos é a sequência independente de Paraíso e inferno, primeiro livro desta bela e poética trilogia de Jón Kalman Stefánsson, um dos maiores nomes da literatura islandesa contemporânea. Com tradução de João Reis, o livro sai pela Companhia das Letras. Você pode comprar o livro aqui.

Um novo livro de Alice Walker, a ganhadora do Prêmio Pulitzer e do American Book Awards por A cor púrpura.
 
O segredo da alegria apresenta a história de Tashi, heroína africana cindida entre a imposição da tradição e a felicidade de descobrir-se sujeito da própria vida. Aqui, Alice Walker presenteia o público, mais uma vez, com o seu dom e coragem de narrar histórias de violência e bravura de maneira fascinante. Tashi tem sua primeira aparição em A cor púrpura, representando o povo (ficcional) Olinka. A força da personagem foi tão intensa que impeliu a autora a explorar seu universo em outro livro. Aqui, a história de Tashi não é uma continuação do primeiro romance, mas uma novela própria. Criada nas profundezas da África e posteriormente levada para os Estados Unidos, seu desejo de honrar as tradições faz com que busque a prática da mutilação genital feminina. A escolha corajosa, no entanto, revela o início de um doloroso processo físico e psíquico que irá envolver todos aqueles tocados por sua trajetória — até mesmo o célebre psicanalista Carl G. Jung. Os caminhos tortuosos da mente de Tashi serão responsáveis por levar as personagens e seus leitores por uma batalha representativa até o mito de origem da opressão das mulheres. Em O segredo da alegria, Alice Walker dá mais uma prova do poder da ficção em fascinar e revelar a todos nós um pouco do mistério da resistência e da felicidade frente a opressão e a angústia. Com tradução de Marina Vargas, o livro é publicado pela editora José Olympio. Você pode comprar o livro aqui.

A continuidade da brilhante investigação de James Bridle sobre nossa relação com a tecnologia.

A inteligência humana criou a Acrópole, a agricultura e os computadores. Mas também criou a bomba atômica, provocou a mudança climática e poderá em breve produzir inteligências artificiais nocivas que fugirão ao nosso controle. Em Maneiras de ser, o artista e escritor James Bridle sustenta que, por trás das crises do nosso presente, há primeiro uma crise de imaginação. Nosso esforço de dominar a natureza e usá-la para nosso proveito gerou uma cisão profunda entre o humano e o não humano. Um trabalho de restauração — e de sobrevivência — deve começar, portanto, por uma aceitação mais plena do mundo mais que humano, das outras maneiras de ser, existir e produzir inteligência. Desde A nova idade das trevas, Bridle vem realizando uma fascinante investigação das nossas relações com a tecnologia. O tom perturbador daquele livro dá lugar, em Maneiras de ser, a uma abordagem mais multidisciplinar e auspiciosa. “Precisamos descobrir uma ecologia da tecnologia”, propõe. Para isso, devemos “reconciliar nossas façanhas tecnológicas e nosso senso de excepcionalidade humana com uma sensibilidade terrena e um reconhecimento atento da interconexão de todas as coisas”. No famoso experimento artístico em que montou e treinou seu próprio carro autônomo, Bridle mostrou como uma tecnologia pode ser parceira na nossa exploração do mundo, e como pode ser modificada ou contida se assim desejarmos. Com tradução de Daniel Galera, o livro é publicado pela editora Todavia. Você pode comprar o livro aqui.


REEDIÇÕES
 
Nova edição de Kant e o ornitorrinco, de Umberto Eco.
 
Dialogando com Tratado geral da semiótica, esta nova edição de Kant e o ornitorrinco reúne ensaios escritos por Umberto Eco que tratam de temas ligados à linguagem e à cognição. Como reconhecemos um gato? Como o diferenciamos de um cachorro? Por que não confundimos um elefante com um tatu ou não chamamos uma mulher de chapéu? Esse problema formidável vem obcecando os pensadores desde Platão até os filósofos contemporâneos, e nem mesmo Kant soube solucioná-lo de forma satisfatória. Em Kant e o ornitorrinco, Umberto Eco se debruça sobre essas questões e passeia pelo campo vago e fascinante das ciências cognitivas. “Se muitas são as coisas que digo nestas páginas, muitíssimas são aquelas que não digo, simplesmente porque não tenho ideias precisas a respeito delas.” Escritos no decorrer de um ano, os ensaios deste livro se originaram de preocupações sistemáticas, que remetem, complementam e dialogam com o Tratado geral de semiótica, clássico de Eco publicado em 1975. Em vez de uma análise acadêmica, Eco apresenta uma série de investigações a partir do senso comum, e suas discussões teóricas estão cheias de “histórias”, recorrendo a fábulas para fazer com que o leitor veja os temas de forma clara. Mas e quanto a Kant e o ornitorrinco? De Kant ― de quem dependem os rumos das ciências cognitivas deste século, a partir de seus dilemas e axiomas ―, Eco retira os conceitos empíricos que admitem um primeiro núcleo a partir do qual se organizarão sucessivas definições. Já o ornitorrinco, mamífero que por mais de um século não conseguiu ser incluído em qualquer categoria de ordem e espécie, serve como exemplo primário para as dificuldades de classificação. Serve, portanto, para testar o sistema kantiano, ou a ordem do conhecimento segundo Kant; e ainda para que imaginemos a reação do filósofo diante desse animal que nunca chegou a conhecer. Com tradução de Ana Thereza B. Vieira, o livro sai pela editora Record. Você pode comprar o livro aqui.
 
O filho eterno ganha nova edição com novo projeto gráfico e prefácio do escritor Sérgio Rodrigues.
 
Em O filho eterno, romance de Cristovão Tezza, o nascimento de uma criança com síndrome de Down coincide com o momento de ruptura na vida dos pais. Um filho desejado, mas diferente: nas palavras do pai, na tímida tentativa de explicar para os conhecidos, nos primeiros meses, uma criança com “um pequeno problema”. De início, tudo é estranhamento, e o pai assume que a urgência não é resolver o tal problema do menino ― haveria algo a ser resolvido? ―, mas o espaço que o filho ocupará, para sempre, na vida do casal. Tezza expõe as dificuldades, inúmeras, e as saborosas pequenas vitórias de criar um filho com síndrome de Down. O périplo por clínicas e consultórios médicos em uma época em que o assunto não era tão estudado, ainda envolto por certo grau de misticismo, e a tensa relação inicial com a mulher. “Numa das crises, ela lhe diz, no desespero do choro alto: Eu acabei com a tua vida. E ele não respondeu, como se concordasse ― a mão que estendeu aos cabelos dela consolava o sofrimento, não a verdade dos fatos. ”Com o passar do tempo e uma série de pequenas conquistas ― os primeiros passos, a ida à escola ―, o pequeno Felipe vai conquistando o seu lugar de filho. O pai supera a fase de negação e já não vê mais a condição do primogênito como uma espécie de “maldição inesperada”, enxergando-o como um indivíduo único, que necessita de amor e cuidado. O autor aproveita as questões que apareceram pelo caminho desde o nascimento de Felipe para reordenar a própria história: a experimentação da vida em comunidade quando adolescente, a vida como ilegal na Alemanha para ganhar dinheiro, as dificuldades de escritor com trinta e poucos anos e alguns livros na gaveta, e a pretensa estabilidade como professor em universidade pública. O livro obteve enorme sucesso de público e de crítica: ganhou os mais importantes prêmios literários brasileiros e já foi traduzido em uma dezena de países. Recebeu na França o prêmio Charles Brisset, de melhor livro do ano, e, em 2011, foi um dos dez finalistas do prestigiado prêmio IMPAC-Dublin de obras publicadas em língua inglesa. Foi adaptado para o cinema em 2016, com direção de Paulo Machline. E teve premiada adaptação para o teatro no Brasil, pela Companhia Atores de Laura (várias cidades, 2011-2020), e outras montagens na Argentina (Buenos Aires, 2018-2019) e em Portugal (várias cidades, 2022-2023). O livro é reeditado pela editora Record. Você pode comprar o livro aqui.

OBITUÁRIO
 
Morreu Claudio Willer.
 
Claudio Willer nasceu em São Paulo a 2 de dezembro de 1940. Fez seus estudos superiores na Universidade de São Paulo e na Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo. Regressa à primeira instituição onde obtém o Doutorado em Estudos Comparados. Poeta e ensaísta, foi a mão brasileira no convívio com a Geração Beat; muitos dos autores do movimento estadunidense ou a ele ligados ficaram conhecidos no Brasil a partir da sua tradução, como Allen Ginsberg, Jack Kerouac e Charles Bukowski. Entre os livros publicados estão, na poesia, Anotações para um apocalipse — sua estreia, no catálogo hoje emblemático do editor Massao Ohno, em 1964 —, Dias circulares (1976) e Estranhas experiências (2004), no ensaio, Os rebeldes: Geração Beat e anarquismo místico (2014) e Um obscuro encanto: gnose, misticismo e a poesia moderna (2010). Claudio Willer morreu em São Paulo no dia 13 de janeiro de 2023.
 
Morreu Charles Simic.
 
Charles Simic nasceu em Belgrado a 9 de maio de 1938. Ainda na adolescência mudou-se para os Estados Unidos, onde construiu sua trajetória na literatura iniciada no final da década de 1959 como poeta. Depois de iniciar seus estudos superiores na Universidade de Chicago, foi convocado para o serviço militar; a poesia e a formação intelectual precisaram esperar até 1966, quando conclui seu bacharelado na Universidade de Nova York e finaliza seu primeiro livro de poesia publicado no ano seguinte, What the Grass Says. Com um estilo pouco variável desde sua estreia, seu trabalho se estende por mais de três dezenas de títulos que mereceram inúmeros prêmios, entre eles, o Pulitzer, atribuído a The World Doesn’t End (1989). Com Walking the Black Cat (1996) foi finalista do National Book; com a coletânea Selected Poems 1963-2003 recebeu o prestigiado Griffin Internacional Poetry; em 2007 laureado pela Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos. Também escreveu ensaios e memórias e foi tradutor de autores como Vasko Popa e Günter Grass para o inglês. No Brasil, entre 2021 e 2022, foram publicadas duas antologias com sua poesia: Meu anjo da guarda tem medo do escuro, organizada e traduzida por Ricardo Rizzo; e Mestre dos disfarces, organizada e traduzida por Maria Lúcida Milléo Martins e Maysa Cristina da Silva Dourado. Charles Simic morreu no dia 9 de janeiro de 2023.
 
Morreu o escritor Russell Banks.
 
Russell Banks nasceu a 28 de março de 1940. Filho de uma dona-de-casa e de um encanador, sua formação intelectual foi marcada por atropelos. Embora tenha recebido bolsa de estudos para a faculdade de artes Colgate University, largou a instituição com interesse de ingressar na frente contra o exército de Fidel Castro em Cuba, o que também não cumpriu. Casou-se com uma vendedora e foi trabalhar numa loja de departamentos na Flórida. Começa a escrever entre os anos 1950 e 1964, período que transita por várias cidades estadunidenses até se fixar na Carolina do Norte, onde passa a frequentar a universidade. Na década seguinte, com uma bolsa Guggenheim faz sua estreia na literatura. Sua obra divide-se entre a poesia e a prosa (romance, conto, ensaio). Entre os seus livros publicados no Brasil estão, entre outros, Temporada de caça (1989), O doce amanhã (1991), dois romances adaptados para o cinema, O divisor de nuvens (1998) e Perdidos na América (2021). Em 1985, recebeu o Prêmio John Dos Passos de ficção, integrou a lista de finalistas do Pulitzer de Ficção de 1986 e 1999. Banks morreu a 7 de janeiro de 2023, em Nova York.

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