Boletim Letras 360º #645

DO EDITOR
 
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Alexandre Dumas (pai). Foto: Prudent Rene-Patrice Dagron


 
LANÇAMENTOS
 
Edição inédita no Brasil do único romance abolicionista de Alexandre Dumas, que declara seu compromisso com seus “irmãos de raça e amigos de cor”.
 
Alexandre Dumas ajudou a construir o imaginário da literatura ocidental com Os três mosqueteiros e O conde de Monte Cristo. Porém, antes da fama literária, Dumas publicou, em 1843, Georges, um romance com temática abolicionista e protagonizado por um “orgulhoso mulato” que se alia aos escravizados nas Ilhas Maurício, então uma colônia francesa, para sonhar um “futuro de vingança e liberdade”, entrando numa guerra mortal contra o preconceito e a escravidão. Dumas, orgulhosamente neto de uma africana cujo sobrenome adotou como parte do seu nome artístico, não se ocupou apenas das intrigas e disputas na Corte francesa ou das injustiças e traições que acometem nobres homens na França. De Paris, o autor sentia os ventos da revolução haitiana que sopravam do Caribe e aterrorizavam a Europa e, inspirado pelos escravos revoltos e pela sua experiência de não-lugar como homem negro na França do século XIX, ousou fazer da literatura sua arma de combate. Georges, um jovem audacioso, honesto e justo, é a gênese do espírito guerreiro e destemido que se manifesta nos inesquecíveis mosqueteiros, encarnando, com seu desejo de justiça e de vingança contra os poderosos, ideais que moveriam as sagas do autor. Imprimindo contornos dramáticos a escravizados que desejam se libertar, Dumas nos conduz numa viagem histórica em que a aventura maior é a luta pela humanidade da população negra, tornando-a um veículo para defesa de sua ancestralidade africana. Tradução de Jorge Bastos; publicação da Companhia das Letras. Você pode comprar o livro aqui.
 
O último livro de Paulo Leminski ganha nova edição tal como foi concebida.
 
Winterverno é invernal como o fim de um ciclo. “Winter”, do inglês, e “inverno”, do português, se unem, encontrando no radical grego inter — que significa “entre”, “com” — um espaço de travessia, de confluência. Este livro é ambos: estação e encontro. Com traços delicados de sumiê e a própria caligrafia de Leminski, Winterverno é uma obra feita a quatro mãos. O amigo João se lança como quem entra num combate de judô, onde a força está no gesto contido: os poemas inspiram as imagens, e as imagens sopram fôlego aos poemas, numa dança silenciosa. Cada quadro nasce como extensão dos haicais — formas mínimas, concentradas como o frio. Assim, palavra e imagem se entrelaçam, construindo um livro que é, ao mesmo tempo, paisagem e despedida. Uma obra que percorreu, com a exposição Múltiplo Leminski, duas dezenas de cidades no Brasil e no exterior — e que agora volta a circular em livro, exatamente como foi concebida. Publicação da editora Iluminuras. Você pode comprar o livro aqui.
 
Machado de Assis volta e meia encontrou no mundo animal a inspiração para contos e crônicas. Alguns desses textos, publicados num intervalo de quase quatro décadas, estão reunidos de forma inédita em Na arca: Machado de Assis e os animais, edição especial organizada por Fabiane Secches e Maria Esther Maciel, ilustrada por Gê Viana e publicada pela editora Fósforo.
 
Nesta coletânea, o cão, o burro, o gato, o rato, o canário e diversos outros bichos, que chamavam a atenção do escritor naquele Rio de Janeiro da segunda metade do século XIX, são postos em cena como personagens principais e sob enfoques inusitados. Com muito de presciência, Machado de Assis “abriu os caminhos para que fosse delineada […] toda uma linhagem de escritores atentos não apenas à importância das vidas não humanas e à complexidade das conexões entre homens e animais, como também à necessidade de se reinventar a própria noção de humanidade”, como afirma Maria Esther Maciel no posfácio do livro. Arguto observador de sua época, que experimentava o avanço das ciências, o triunfo do racionalismo antropocêntrico e a revolução darwinista, o escritor dedicou muitas páginas ao registro da situação dos animais na sociedade dos homens. Assim, por exemplo, fez o elogio do vegetarianismo, registrou com frequência a crueldade das vivissecções realizadas nos laboratórios científicos, indignou-se com a exploração da força animal no trabalho e manifestou simpatia pelas sociedades protetoras de animais. Sem função edificante, como nas fábulas tradicionais, os bichos de Machado se expressam como se pudessem empregar a linguagem verbal e os saberes científicos da época. Assim é, por exemplo, no conto “Ideias de canário”, em que o pássaro questiona o olhar humano sobre a natureza, e na crônica “Conversa de burros”, em que uma dupla de puxadores de bonde trava um diálogo filosófico sobre a exploração imposta pelos homens. Os cães também marcam presença em outros textos da coletânea, como “Miss Dollar” e “Um cão de lata ao rabo”, assim como os felinos, que aparecem também na simpática carta escrita por Machado colocando-se na pele de um gatinho preto. Como resumiu Maria Esther Maciel: “Na arca de papel machadiana, os bichos ― com seus saberes, sentimentos, pensamentos, agruras e indignações ― circulam soltos pelas páginas, desafiando a própria ideia de confinamento e desestabilizando a suposta superioridade do homo sapiens em relação a criaturas de outras espécies”. Você pode comprar o livro aqui.
 
A geração daqueles que hoje têm quarenta anos e não tiveram medo de buscar longe de casa o seu lugar no mundo. Um romance sobre pertencimento e aceitação de si mesmo, sobre amizades duradouras, sobre uma geração que olhou para longe para se encontrar.
 
Claudia entra na vida de Francesco em uma manhã ensolarada, no saguão da escola: é uma revelação, o nascimento de um desejo completamente novo, que é, acima de tudo, desejo de vida. Eles crescerão juntos, brigando como água e fogo, divergentes e inquietos. Ela, destemida, de cabelos ruivos e gravata, sempre em fuga; ele, reservado, mas consumido por uma curiosidade erótica. São dois expatriados, irregulares, ou simplesmente jovens. Mario Desiati coloca em cena as múltiplas complexidades de uma geração irregular, fluida, desenraizada: a sua. Com uma escrita poética, mas provocadora, capaz de grande ternura Desiati narra as inúmeras formas que o desejo pode assumir quando é deixado livre para se manifestar. Sem medo de tocar as cordas do romantismo, sem pudor ao explorar os detalhes mais ásperos do instinto e dos corpos, ele interroga o sexo e o revela pelo que realmente é: uma das muitas posturas inventadas pelos seres humanos na busca pela felicidade. Romance de formação com uma beleza magnética os expatriados aqui não são apenas os indivíduos sem pátria, mas todos aqueles que não se sentem no seu lugar, os incertos, os inclassificáveis. Como Francesco Veleno, um anti-herói moderno, e a luminosa Claudia Fanelli, que Francesco conhece no colégio e jamais deixará de amar. Em Expatriados Mario Desiati desenha o percurso, as aspirações e as fragilidades de toda uma geração. Publicação da editora Âyiné; tradução de Cezar Tridapalli. Você pode comprar o livro aqui.
 
Chega aos leitores brasileiros o segundo romance de Gaël Faye.
 
Jacarandá conta a história de Milan, garoto criado em um subúrbio de Paris, filho de pai francês e mãe ruandesa. Em 1994, ano do genocídio ruandês perpetrado pelos hútus contra os tútsis, Milan se depara com as imagens desse conflito exibidas pelos jornais franceses. Tempos depois, embarca numa viagem de retorno a Ruanda, buscando entender os silêncios profundos de Venancia, sua mãe, e as origens de sua família nesse país. Lá conhece Stella, filha de Eusébie, sobrevivente dos massacres. Através do seu olhar, acessa o sofrimento de um luto coletivo ainda em curso. Conhece também o ímpeto de uma sociedade que almeja se reinventar coletivamente depois da experiência do horror extremo. Se Jacarandá é sobre a dor e as feridas abertas do genocídio ruandês, ele é também uma ode à vida. Com escrita poética e ouvidos atentos, o autor mobiliza afetos, revisita memórias, evoca gestos mínimos que sustentam a humanidade diante da catástrofe. Ao longo da narrativa, os conflitos não são apagados, tampouco resolvidos, eles ganham forma no entrelaçamento de vozes e no esforço cotidiano de reconstruir vínculos. Como a árvore que dá título ao livro, cujas raízes atravessam gerações, o romance acolhe os mortos e afirma a força de permanecer vivo num mundo cindido, que trilha com coragem os caminhos difíceis da reconciliação. Nascido no Burundi, Gaël Faye é escritor, compositor, rapper e cantor franco-ruandês. Jacarandá, sucesso de público e crítica em diversos países, é o seu segundo romance. Com tradução de Mirella Botaro e Raquel Camargo, edição da Editora 34. Você pode comprar o livro aqui.
 
Um romance irreverente e luminoso sobre o tempo, a vida adulta e as novas (e velhas) definições de trabalho e solidão.
 
Aos trinta e poucos anos, Felipe está como muitos de sua geração: uma carreira que vai e não vai, relacionamentos interrompidos, um esforço tremendo só para chegar na metade. Nem o chamado para acompanhar as filmagens do próprio roteiro o anima particularmente. Sua função ali é incerta. A rigor, Felipe é apenas um convidado, quase que por gentileza. À deriva na rotina frouxa do hotel, Felipe conhecerá personagens que narram progressivamente os laces e desenlaces dessa filmagem em uma trama conduzida pelo olhar único ao detalhe e por um elenco construído com graça, densidade e pretexto, ao meditar sobre o tempo, a vida adulta e as novas (e velhas) definições de trabalho e solidão. Frankito em chamas sai pela Todavia. Você pode comprar o livro aqui.
 
Neste romance de formação com tintas autobiográficas, Simone Campos conta a jornada de uma menina carioca desde a infância, quando se converte a uma renomada denominação evangélica, até a vida adulta — momento em que rompe com a igreja. Uma história de amadurecimento, vínculos familiares e convicções que, muitas vezes, podem cair por terra.
 
Nascida em uma família católica nos anos 1980, a narradora de Mulher de pouca fé se converte, ainda criança, a uma influente igreja evangélica no Rio de Janeiro depois que o pai decide abraçar a doutrina pentecostal e se torna um fiel fervoroso. Para quem nunca se sentiu acolhida na escola, entre colegas, e pela sociedade de modo geral, a religião surge como resposta para a dor da solidão. Fazer parte da igreja passa a ter muitos significados. Vestir o rótulo de “crente” num meio de classe média em que eles são minoria a enquadra em um estigma, mas por outro lado faz com que a menina se sinta parte de algo maior. Precoce, desde criança é chamada a cumprir papéis importantes na comunidade religiosa: orar na rádio, cantar no púlpito e, já na adolescência, participar como ghost-writer na campanha de um candidato-pastor. No auge da juventude, alguns episódios fazem com que a personagem passe a questionar as próprias convicções, e ela decide romper com a igreja. Já adulta, recebe o diagnóstico de autismo e busca se reaver com o passado a partir de novas interpretações para as situações que a formaram. Mulher de pouca fé é uma obra de ficção que parte de um testemunho real para narrar uma trajetória pouco convencional, em que a religião se apresenta, num primeiro momento, como acolhimento e, mais tarde, como privação. Publicação da Companhia das Letras. Você pode comprar o livro aqui.
 
Romance de emancipação de uma mulher africana no século XXI, entre a escuridão e a luz. Chega ao Brasil o premiado romance de Osvalde Lewat.
 
“Jamais voltara à sepultura de Madeleine. Nunca levei lá sua refeição favorita, óleo de palma, sal ou mesmo um jarro de vinho de ráfia. Madeleine, até onde me lembrava, preferia vinho tinto. Mas era vinho de ráfia que levávamos às sepulturas dos mortos em Haut-Fènn.” Com uma escrita poderosa em que a brutalidade do mundo real compete com o humor ácido, Os aquáticos é, ao mesmo tempo, o retrato interior de uma mulher que se revela a si mesma e um reflexo profundo dos jogos de poder em uma sociedade africana contemporânea. Vinte anos após a morte de sua mãe, a professora Katmé Abbia é informada de que a sepultura deverá ser transferida para outro lugar. Seu marido Tashun, prefeito da capital, enxerga nesse novo enterro uma oportunidade de corrigir os erros do passado e, sobretudo, de impulsionar sua carreira política. Quando Samy, artista atormentado, melhor amigo e irmão de coração de Katmé, é detido e lançado na prisão, as ambições políticas do marido entram em conflito com a vida de Katmé e a deixam diante de uma escolha terrível. Tradução de Renan Amorim; publicação da editora Tordesilhas. Você pode comprar o livro aqui.
 
Ambientado entre o fim dos anos 1940 e 1970, Corregidora conta a história da personagem Ursa Corregidora, mulher negra, cantora de blues, no Kentucky.
 
Ao mesmo tempo que busca conquistar espaços para desenvolver sua carreira e viver de sua arte, Ursa atravessa relacionamentos tumultuados e ocasionalmente violentos. Em uma das agressões sofridas, passa por uma histerectomia e precisa lidar com a frustração e a angústia por não ser capaz de atender ao apelo de suas antepassadas para “dar à luz novas gerações”, o que seria fundamental para continuar a tradição oral que evitaria o apagamento da realidade da vida sob a escravatura — sua família leva o nome do proprietário de escravos português que foi genitor tanto da mãe como da avó de Ursa, uma prova irrefutável das terríveis violências sofridas por mulheres escravizadas. Contar histórias, portanto, se torna a sua grande missão, e é nessa prática que ela busca superar seus traumas geracionais e as tristezas do presente.  Descoberto e editado por Toni Morrison, Corregidora é o romance de estreia de Gayl Jones, publicado em 1975. Entre os inúmeros méritos da autora nessa obra impactante estão o domínio da linguagem, que aproxima o leitor das vivências e da interioridade dos personagens, e a capacidade de registrar a um só tempo dilemas pessoais que traduzem as dores de uma população inteira. Tradução de Nina Rizzi; publicação da editora Instante Você pode comprar o livro aqui.
 
REEDIÇÕES
 
Nova edição do livro vencedor do Prêmio Jabuti 2021 na categoria Contos.
 
Flor de gume é um livro escrito para peles cortadas. Literatura como mergulhar as pernas nos rios do Pará e ouvir palavras que contam meninas presas em infâncias machucadas, mães e mulheres que crescem como plantas de verde profundo, apesar da realidade de violência, e avós que nutrem raízes, que aplicam ervas restauradoras no corpo ferido. Uma obra mística, que chama entidades e ancestralidades. Contos desenhados em cartas de tarô, estética literária que roda junto com as saias. Uma riqueza de referências. Experiência necessária para a literatura brasileira, que é presenteada com Flor de gume, o intenso encontro com o Norte do país e o chamamento feito por Monique Malcher, que nos ajuda a furar a ignorância do mercado editorial e, com ela, direciona nossa atenção para além do Sudeste. Flor de gume é Norte e jornada. Monique Malcher escreve o crescimento das mulheres resistentes. Desenha linhas de vidas que, sabemos, muitas vezes quase foram interrompidas; mas abre suas mãos e nos mostra uma transformação: a flor corajosa que se defende, reage, ataca. Esta é a imagem poderosa que tingirá de verde o corpo de cada leitor: a lâmina dentro da beleza e a beleza possível porque também lacera. Publicação da Editora Moinhos. Você pode comprar o livro aqui.
 
RAPIDINHAS
 
Notícias da colônia. Publicado em Lisboa, em 1601, a prosa e os versos de Naufrágio & Prosopopeia, de Bento Teixeira ganham nova edição ricamente comentada. Sai pela Assírio & Alvim Brasil com textos de Cleber Vinicius do Amaral Felipe, Guilherme Amaral Luz, Jean Pierre Chauvin, Barbara Faria Tofoli, Marcelo Lachat e Pedro Marques.
 
Mais Lu Xun no Brasil. Os contos do primeiro livro do escritor chinês, Grito, ganham nova tradução e saem pela Editora 34. O feito é de Giorgio Sinedino e a edição reúne, entre outros materiais, 77 desenhos de Feng Zikai, artista pioneiro da ilustração moderna na China.
 
Machado de Assis para chinês ler. Um dos textos mais conhecidos do Bruxo do Cosme Velho é o segundo da Série Clássicos da Literatura Chinesa e Brasileira, produto da parceria entre da Editora da Unicamp e o Instituto Confúcio. O alienista sai com apresentação de Paulo Franchetti (traduzida por Peggy Yu Pin Fang) e foi traduzido por Min Xuefei.
 
De Guilherme de Almeida para Belkis Barrozo do Amaral. As cartas trocadas entre o escritor modernista e sua mulher durante a Revolução Constitucionalista de 1932 foram reunidas em Cartas da trincheira por Maria Eugenia Boaventura. Almeida integrou o 1º Batalhão da Liga de Defesa Paulista, a chamada “tropa dos doutores”, sediada em Cunha. A publicação é também da Editora da Unicamp.

DICAS DE LEITURA
 
1. A fábrica, de Hiroko Oyamada (Trad. Jefferson José Teixeira, Todavia, 144p.) Três jovens, três vidas dedicadas ao trabalho na Fábrica, três maneiras de conviver com um sistema fechado, complexo, mester em tragar as existências humanas. Você pode comprar o livro aqui
 
2. Sagarana, de João Guimarães Rosa (Global Editora, 336p.) Muitos citam, poucos leem. Uma primeira entrada no universo do escritor minério pode ser por essas estórias que tocam em quadros diversos da condição humana no interior da rica e singular paisagem do sertão. Você pode comprar o livro aqui
 
3. Raio, de Eucanaã Ferraz (Companhia das Letras, 96p.) Um dos livros mais recentes do poeta carioca, que explora, entre os matizes do luminoso, no contraste com a escuridão, os sobressaltos do seu tempo, uma cadeia sem fim de perplexidades. Você pode comprar o livro aqui
 
VÍDEOS, VERSOS E OUTRAS PROSAS
 
A Companhia das Letras publicou recente mais um título do seu diretor. Desta vez, Luiz Schwarcz examina as histórias da sua trajetória como editor, desde o seu tempo na Brasiliense e nos muitos à frente de um dos principais grupos editoriais do país. Nosso editor leu uma passagem de O primeiro leitor, em que Schwarcz recorda o primeiro encontro e convívio com José Saramago. Aqui.
 
BAÚ DE LETRAS
 
Flor de gume, de Monique Malcher, agora reeditado pela Moinhos, foi resenhado aqui por Henrique Ruy S. Santos. Vale recordar.
 
E, aproveitando que Homem com H alcança destaque no streaming, recordamos este texto de Pedro Fernandes publicado tão logo o filme chegou aos cinemas em maio de 2025.
 
DUAS PALAVRINHAS
 
A vida também é para ser lida. Não literalmente, mas em seu supra-senso. E a gente, por enquanto, só a lê por tortas linhas.
 
— João Guimarães Rosa, em Tutameia

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