As melhores leituras de 2019 na opinião dos leitores do Letras



Nas profundezas, de Joris-Karl Huysmans.
É uma verdadeira obra de arte literária que lhe ensina sobre Ocultismo e degeneração social sem ser pedante. Uma obra visionária da decadência que aflige a sociedade francesa.
(Raphael Rocha de Almeida, Vila Velha / ES)

Torto arado, de Itamar Vieira Júnior.
Livro que expõe um retrato social das populações rurais invisíveis para a sociedade globalizada. Cultura, costumes, conflitos e vulnerabilidades são retratados com maestria pelo autor. (Rosana Vinguenbah Ferreira, Vargem Bonita / MG)

O retorno, de Dulce Maria Cardoso.
É um belíssimo romance de formação, que brinca com certas estruturas do gênero, atento ao contexto histórico retratado: o retorno dos colonos portugueses a Portugal depois de anos de colonização. A autora destrói qualquer maniqueísmo que já esteve associado à narrativa colonizatória ao colocar como ponto de vista da história uma personagem de 14 anos, que passa por uma jornada de conhecimento e construção da identidade durante a narrativa, permeada pelas tensões históricas de sua época. Maravilhoso!
(Lucas José de Mello Lopes, Natal / RN)

O peso do pássaro morto, da Aline Bei.
Foi praticamente um Best-seller nos meios literários nacionais independentes nesse ano de 2019; vários grupos de leituras fizeram encontros para falar sobre esse livro. Inclusive só tive contato com a leitura para um clube de leitura (Leia Mulheres de Caraguatatuba) e foi o encontro que mais teve participantes. Além disso, é um livro que tem uma escrita diferenciada, consegue impactar mesmo que em poucas páginas e palavras.
(Amanda Braz da Silva, Caraguatatuba / SP)

Slumberland. A batida perfeita, de Paul Beatty.
Velocidade, ironia, humor ácido, escrita absurdamente inteligente: componentes que permeiam o livro do autor norte-americano. Tudo isso marcado por um toque musical absolutamente irresistível.
(Vinícius Gomes, Florianópolis / SC)

Mar morto, de Jorge Amado.
Escrita doce, porém forte. Traz um enredo cheio de cultura e sentimentos. Te proporciona aprender, mas também desperta curiosidade sobre o contexto da narrativa. Revela o lado “bom e ruim” das personagens, mostrando como é possível se moldar diante de diferentes situações – o que gera empatia. Além do mais, fala do mar de uma forma firme e encantadora, o que deve ser específico do autor.
(Ana Carolina Nunes Meller, Foz do Iguaçu / PR)

A fúria e outros contos, de Silvina Ocampo.
Simplesmente o melhor livro de contos do ano. A inquietude que senti, a densidade das histórias reacende questões que permeiam a vida humana.
(Alessandra Barcelar, São Paulo / SP)

Mayombe, de Pepetela.
Sua linguagem, o drama épico daqueles homens me levou ao conhecimento de uma outra literatura e de uma outra realidade humana até então desconhecida. Conhecer um pouco sobre Angola e suas histórias, eis um dos principais aspectos positivos que esse livro me trouxe. Narrativa envolvente, linguagem maravilhosa que nos toma por completo. Eis um grande livro!
(Hugo Henrique Trajano de Sousa, Caridade / CE)

A mamã por cima dos telhados e o meu amor, de Maria Azenha.
O surrealismo são as veias que percorre toda a poética deste livro. Impossível ficar indiferente. (Paulo Medeiros, Londres – Lisboa)

Mil sóis, de Primo Levi.
Um livro em que a poesia nasce de uma necessidade de comunicação do poeta com o mundo. Depois de percorrer essas páginas de extenuante clareza e misteriosas sombras, é impossível sair incólume. (Breno Fonseca, Belo Horizonte / MG)

As mais belas coisas do mundo, de Valter Hugo Mãe.
Escolhi este livro pois foi a leitura que mais me emocionou e que me deu mais saudade do passado.
(Leonardo de Paula da Silva, Tietê / SP)

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