Boletim Letras 360º #570

DO EDITOR
 
Olá, leitores! Eis a última semana para o envio de inscrições para compor o quadro de colunistas do Letras. Você escreve sobre livros (ficção, poesia, teatro), filmes ou assuntos intrinsecamente ligados ao universo literário? Se sim, pode se juntar a este projeto.
 
Basta enviar através do e-mail blogletras@yahoo.com.br até o dia 16 de fevereiro de 2024, um resumo biográfico e três textos inéditos.
 
Saiba como organizar os seus textos e mesmo conhecer um pouco da linha editorial do Letras, aqui. E, claro, se restar qualquer dúvida, pode encaminhar no e-mail referido ou na DM das nossas redes sociais: no Twitter, Facebook ou Instagram.
 
Aos interessados por algum dos livros anunciados nesta publicação, não custa lembrar que na aquisição de qualquer um dos livros pelos links ofertados neste boletim, você tem desconto e ainda ajuda a manter o Letras.

Bom Carnaval a todos! 

Gabriel García Márquez. Foto: Ulf Andersen


 
LANÇAMENTOS
 
O inédito de Gabriel García Márquez chega em março.
 
Um romance extraordinário que só Gabriel García Márquez poderia escrever, Em agosto nos vemos, livro inédito e póstumo do autor, é um hino à vida, ao desejo feminino e à resistência do prazer apesar da passagem do tempo. Um presente inesperado do vencedor do Prêmio Nobel de Literatura para o mundo. Todo mês de agosto, Ana Magdalena Bach pega uma barca para uma ilha caribenha a fim de colocar um ramo de gladíolos no túmulo de sua mãe. Todos os anos, ela se hospeda em um hotel e, antes de dormir, desce para comer algo no bar. Para não ter erro, ela pede sempre o mesmo sanduíche de presunto e queijo e depois sobe para seus aposentos. Até que, certa vez, um homem a convida para uma bebida. E, depois do primeiro gole de seu gim com gelo e soda, sentindo-se atrevida, alegre, capaz de tudo — inclusive de se despir de suas amarras conjugais, esquecendo momentaneamente marido e filhos —, ela cede aos avanços do desconhecido e o leva para seu quarto. Essa noite específica faz com que Ana Magdalena — e sua vida — mude para sempre. E, depois dessa experiência, ela passa a ansiar por cada mês de agosto, quando não apenas visita o túmulo de sua mãe como também tem a chance de escolher um amante diferente todos os anos. Escrito no estilo fascinante e inconfundível de um dos maiores ícones da literatura latino-americana, Em agosto nos vemos pinta o retrato de uma mulher que descobre seus desejos e se aprofunda em seus medos. Uma preciosidade que vai encantar fãs do saudoso Gabo, assim como novos leitores desse grande escritor. Com tradução de Eric Nepomuceno o livro sai pela editora Record. Você pode comprar o livro aqui.
 
O romance póstumo do autor italiano Antonio Tabucchi também chega ao Brasil.
 
Tal como numa mandala vários círculos concêntricos simbolizam a jornada rumo à unidade do eu, este romance mapeia a luta espiral pela verdade de uma história. O pano de fundo é um antigo amor entre o escritor polonês Tadeus Slowacki e a revolucionária portuguesa Isabel, cujo rastro perdido em tempos salazaristas desenha um retrato fragmentado desse período político sombrio. Mas são as sombras da história particular de Isabel que estão no ponto focal deste enigmático enredo, numa investigação-peregrinação que quer levantar, um a um, os véus do sigilo feito necessário para uma perseguida por um regime ditatorial. Assim, ao final de cada capítulo — como um refrão que se repete — a personagem encontrada pelo protagonista aponta uma nova personagem-chave que faz a história avançar para um novo círculo.  Carregado de inconformismos e intuições sobre o verdadeiro destino ou paradeiro da amada, o nosso herói inicia sua jornada em Lisboa (uma conhecida paixão de Tabucchi) e daí parte para viagens que vão ficando cada vez mais misteriosas, mas também cada vez mais sensoriais. Os leitores sentem, então, o forte adocicado de um licor de tangerina em Macau que subitamente se mistura com uma água de cevada pedida na Brasileira do Chiado, ou o agudo incômodo de uns pífaros indianos soando em plena neve dos Alpes suíços, ou ainda o perfume encantador dos pitósporos num porto da Riviera italiana que também pode ser o porto lusitano da primeira despedida dos amantes.  Ao onírico espacial junta-se um tempo também maleável, multidimensional, onde tudo pode se perder e se encontrar num repente. Este é um romance em que a estranheza e a transgressão estão a serviço de uma grande reflexão sobre o tempo e a existência — sobre as obsessões, arrependimentos, inquietações e inadequações ao real daqueles que procuram. Com tradução de Frederico Carotti, Para Isabel: uma mandala sai pela editora Estação Liberdade. Você pode comprar o livro aqui.
 
Vencedora dos prêmios Sesc e Biblioteca Nacional na categoria Conto, Marta Barcellos estreia no romance: a narrativa é ambientada em um spa de luxo da serra fluminense.
 
Denise, uma mulher de meia-idade que se hospeda no Spa Montana, na região serrana do Rio de Janeiro, se esforça para cumprir seu papel social e se manter na superficialidade. Em meio a uma rotina que normaliza contagens de calorias, cirurgias plásticas e situações escatológicas, ela tenta se adequar aos padrões estabelecidos por uma elite que parece tão perdida quanto ela. A narrativa é delicada e as observações e incômodos da personagem se revelam gradativamente nos detalhes: os problemas com o marido, o filho, a nora e a amiga Lena, cuja rotina movimentada e boêmia ela acompanha em encontros ocasionais, e cujo interesse na vida de Denise esconde um segredo. Com um trabalho de ocultamento na linguagem e sem resvalar para a caricatura, A cortesia da casa se vale do ambiente artificial do spa para mostrar a crise de meia idade de uma mulher que subitamente se sente descartada — pelo marido Vicente, pelo filho Bruno, pelo mercado de trabalho — e começa a ter episódios de compulsão alimentar. O leitor acessa as brechas das narrativas que a personagem cria para si própria, e entrevê o desamparo e o vazio deixado pela falta dos homens de quem ela cuidou. Neste romance instigante, Marta Barcellos traz, com beleza, humor e ironia, um comentário sobre frivolidade e uma crítica de classe sutil e irônica sobre uma mulher em crise. A cortesia da casa é publicado pela editora Record. Você pode comprar o livro aqui.
 
Livro vencedor do Prêmio Goncourt de 2022 ganha tradução no Brasil.
 
Nesta novela tensa e veloz, que nos chega quase como uma contagem regressiva, Brigitte Giraud busca entender o que levou ao acidente de moto que custou a vida de seu marido no dia 22 de junho de 1999. Vinte anos depois, ela examina o acontecido por todos os ângulos e, pela última vez, derrama as perguntas que permaneceram sem resposta. Tratou-se do acaso, do destino, de uma série de coincidências? A narradora faz uma retrospectiva de seus últimos dias com o marido, que desencadearam uma sequência imprevisível de eventos que levaram a um final inevitável. Em meio à empolgação de começar uma nova etapa da vida com a reforma de uma casa antiga, o casal havia se esquecido de que viver é algo muito perigoso. Giraud investiga e recria sua vida e a do marido, de súbito miraculosamente ressuscitado em suas páginas. Viver depressa é publicado pelo selo Tusquets. Você pode comprar o livro aqui.
 
Livro resgata a escritora Iracema Guimarães Vilela.
 
Nas primeiras décadas do século XX Vilela produziu uma obra que se estendeu por romances, contos, crônicas em jornais importantes (escreveu por vinte anos para O Globo) e peças teatrais encenadas. Como outras mulheres das letras, entre elas a francesa George Sand, assinava seus escritos com um nome de homem, Abel Juruá, embora nunca tenha escondido sua identidade. Nhonhô Rezende (1918), seu romance de estreia, dá a medida do talento da escritora, obscurecido ao longo das décadas. Trata-se de uma história de amores desencontrados com fortes tintas de observação da sociedade e dos valores morais da época. Os personagens se alternam entre o Rio de Janeiro e Teresópolis, na serra fluminense, onde as famílias ricas iam passar suas férias de verão. Nhonhô Rezende, que se desenrola em algum momento entre o fim do Império e o início da República, tem uma fluência sofisticada que transita de personagem para personagem, de modo a deslocar o centro da ação. Assim, a narrativa inicialmente se concentra na jovem senhora Nair, chamada pelos próximos de Iaiá, moradora de Teresópolis. Antes de casar-se e ter uma filha, viveu um breve romance com o dândi Nestor, o Nhonhô Rezende do título do romance. Nair guarda péssimas lembranças de Nestor, de quem testemunhou o mau-caráter e o cinismo — o próprio personagem se define como “produto genuíno da sociedade de hoje, um produto cético; depravado e frívolo”. Mesmo assim, Nair se vê obrigada a conviver socialmente com ele. A ganância e a dissimulação de Nestor também afetarão Stella, irmã mais nova de Nair, que vem do Rio para passar um tempo em sua casa. Ainda mais falsa do que ele é sua irmã, Clotilde, uma especialista em intrigas. Mais tarde ganha destaque na história a jovem e rica Dinorah, prima de Nair e Stella, também enredada nas más intenções de Nestor, que está de olho em sua fortuna. Ao redor desses personagens centrais, gravitam figuras da capital, com título nobiliárquico e um tanto ridículas, e os tipos da “roça”, não raro divertidos, entre eles um farmacêutico que não acredita em remédios. Como observa Constância Lima Duarte no posfácio da edição, esse conjunto heterogêneo permite à autora reproduzir a linguagem das diferentes classes sociais — tanto o falar pedante dos aristocratas quanto as saborosas expressões das classes populares. Entre os vívidos diálogos da classe alta discutem-se as questões dos direitos das mulheres e o feminismo, temas indefectíveis entre as melhores (e esquecidas) escritoras da época. Publicação da editora Carambaia. Você pode comprar o livro aqui.
 
As intercepções entre o surrealismo e a filosofia.
 
Automatismo psíquico, escrita automática e collages são práticas que permeiam a trajetória do movimento surrealista. O fato de serem vistas, ainda hoje, como técnicas a serviço de um objetivo específico, revelam a urgência de Patíbulo com para-raios: surrealismo e filosofia, coletânea de ensaios do filósofo e escritor Georges Sebbag (1942), com tradução de Bruno Costa. A série de equívocos que envolvem a aventura surrealista é aqui desnudada e colocada em perspectiva para jogar luz aos verdadeiros objetivos do movimento. “O intuito do recorte aqui estabelecido é exteriorizar os aspectos ocultos que interligam surrealismo e filosofia a partir de uma verdadeira ‘batalha do espírito’ vislumbrada nas obras dos membros do movimento surrealista e seus arredores”, destaca Alex Januário na apresentação da obra. “Sabemos que o surrealismo foi um formidável movimento poético e artístico. No entanto, ignoramos que no seio do grupo surrealista a dupla Louis Aragon-André Breton e os franco-atiradores Antonin Artaud e René Crevel elaboraram um verdadeiro projeto filosófico ao longo da década de 1920”, escreve Sebbag na Introdução. A partir de seu primeiro contato com André Breton em 1964, Sebbag passou a integrar o grupo surrealista de Paris. Assim, suas considerações a respeito da filosofia presente na proposta surrealista desde o primeiro “Manifesto do Surrealismo” (1924) e de seu desenvolvimento ao longo das décadas são permeadas pelo olhar analítico de quem vivenciou e contribuiu para esse processo. O livro é uma recolha de ensaios oriundos do original Potence avec paratonnerre – surréalisme et philosophie (Hermann Éditeurs, 2012). O título remete à obra do pintor Wolfgang Paalen que ilustra a capa da edição agora publicada no Brasil pelas Edições 100/Cabeças com tradução de Bruno Costa. Você pode comprar o livro aqui.
 
Um livro singular que faz do cruzamento entre história e ficção uma trama de diálogos entre alguns dos principais nomes da literatura do século XX do nosso continente.
 
Como um historiador lê a literatura? Como a ficção se relaciona com a história? Júlio Pimentel Pinto oferece neste livro respostas sensíveis e inteligentes a essas perguntas. Mediante uma escrita prazerosa, ele nos convida a indagar sobre os caminhos possíveis de serem traçados entre os protocolos discursivos da história e as formas especulativas da ficção, sinalizando não apenas a permeabilidade de seus limites, mas, sobretudo, a distinção que as legitima enquanto práticas e saberes. A partir da leitura de autores como Julio Cortázar, Jorge Luis Borges, Ricardo Piglia, Octavio Paz, Juan Carlos Onetti, Milton Hatoum, Edgar Allan Poe, José Martí, Sousândrade, Raymond Chandler, entre outros, Júlio Pimentel Pinto coloca em evidência indagações compartilhadas entre o fazer do historiador e o do escritor — sem que a ficção surja como ilustração de um argumento histórico e sem que a história se preste a compor mero pano de fundo para a escrita da ficção. Um livro para todos aqueles que se interessam por literatura e por história, em diálogo, combinando olhares, contaminando-se mutuamente. Sobre literatura e história sai pela Companhia das Letras. Você pode comprar o livro aqui.
 
REEDIÇÕES
 
Numa prosa magnética, a natureza, sempre misteriosa, forma um contraponto com a natureza humana, num ciclo recorrente de dramas e tragédias. Nova edição de mais uma obra-prima de William Faulkner.
 
Publicado em 1939, Palmeiras selvagens, hoje consagrado como um dos principais romances da moderna ficção estadunidense, é uma das criações mais originais do prêmio Nobel de literatura William Faulkner. O livro entrelaça duas histórias independentes, em capítulos alternados, mas que se iluminam mutuamente. A primeira conta a paixão tumultuada de um casal, Charlotte e Henry; a segunda narra a luta de um condenado que sai da prisão para salvar as vítimas de uma das maiores enchentes do rio Mississipi. São narrativas que, nas palavras do escritor amazonense Milton Hatoum, “convergem de um modo secreto e subjacente para um foco dramático, revelando no destino dos personagens uma dimensão trágica, em que a sordidez, a loucura, o preconceito, o desespero e a sobrevivência formam o lastro comum de vidas desgarradas”. Romance glorioso, uma das mais estranhas e ousadas obras literárias do século vinte. O livro com tradução de Newton Goldman e Rodrigo Lacerda antes publicado pela Cosac Naify regressa às livrarias pela Companhia das Letras. Você pode comprar o livro aqui.

Uma nova edição brasileira para um livro que fez história e marcou época na literatura escrita por mulheres.
 
Este livro tem tanto de gênio literário quanto de resistência ao Portugal fascista de 1971. Partindo das Lettres Portugaises, as “três Marias”, como ficaram conhecidas as autoras Maria Velho da Costa, Maria Isabel Barreno e Maria Teresa Horta, reclamam o direito à plenitude da existência política, econômica, social, cultural e sexual das mulheres. E fazem-no de uma forma, a todos os níveis, revolucionária. Subvertendo o conceito tradicional de autoria, as três amigas vão se escrevendo cartas, contos, ficções, poemas, ensaios, que compõem um todo dificilmente categorizável e extremamente inovador. Os textos enfrentam o gasto Império de cinco séculos, a exaurida guerra colonial com os seus horrores e mortos, a inefável Censura, a hipócrita subordinação dos cidadãos ao ideal salazarista de Deus, Pátria e Família, a violência sobre o corpo das mulheres e a sua submissão e secundarização na sociedade, no trabalho e no âmbito doméstico. Considerada pornográfica e atentatória à moral pública, a obra foi proibida e as autoras processadas. Neste tempo em que, um pouco por todo o mundo, nos tentam convencer de que é inevitável o lento morrer das instituições democráticas, em que tenebrosas forças reacionárias põem em perigo importantes conquistas civilizacionais, um tempo em que se vai instalando a ideia de que a literatura pouco ou nada pode contra a desesperança que vai minando a humanidade, conhecer ou regressar a Novas cartas portuguesas é uma experiência arrebatadora. O livro sai pela editora Todavia. Você pode comprar o livro aqui.
 
Segundo romance do matemático Celso Costa, livro vencedor do prêmio LeYa 2022 faz jus à máxima atribuída a Liev Tolstói: “canta a tua aldeia e cantarás o mundo”.
 
Ao narrar a história de um garoto no interior rural do Paraná nos anos 1960, Costa borra as fronteiras entre autobiografia e crônica para dar origem a um grande romance de formação, que é também uma história do Brasil. Nele, nos deparamos com a luta cotidiana de uma família para driblar o futuro pré-determinado pela pobreza. Enquanto o pai, perdulário, se esforça para dar à família um pouco de dignidade, a mãe investe na educação do filho como força motriz para escapar do destino. Entrelaçando histórias autobiográficas com “causos” do interior do país, Costa retrata um Brasil violento e patriarcal, no qual o trabalho infantil é uma realidade incontornável e o “mérito é a arte do impossível”, nas palavras de Paulliny Tort, que assina a orelha do livro. Mas o romance de Costa não se limita a retratar um drama nacional já conhecido. Ainda segundo Tort, “feito de um mosaico de memórias, [A arte de driblar destinos] tem um quê de álbum de fotografias, de conversa ao pé do fogo, capaz de envolver até o leitor mais desatento e causar uma impressão permanente”. Ao descrever as touradas de sua infância e outros costumes de sua terra, o escritor paranaense expande a tradição popular e recorda-nos que não é apenas possível, mas fundamental, conhecer melhor o Brasil e suas histórias. A arte de driblar destinos é publicado pela editora Fósforo. Você pode comprar o livro aqui.
 
RAPIDINHAS
 
O novo projeto da Pinard. Organizar uma lista com os 250 livros que marcaram a literatura a partir de uma perspectiva latino-americana. Eis a ideia em curso para apoio dos leitores no Catarse — conheça mais aqui

Os contos de Andrei Platônov. A Ars et Vita prepara uma antologia reunindo oito contos do autor russo, escritos entre o fim da década de 1920 e o fim da década de 1940. A tradução é de Maria Vragova e edição é ilustrada por Rick Rodrigues.

DICAS DE LEITURA
 
Na aquisição de qualquer um dos livros pelos links ofertados neste boletim, você tem desconto e ainda ajuda a manter o Letras.
 
1. O monstro e outras histórias, de Stephen Crane (Trad. Jayme da Costa Pinto, Carambaia, 200 p.) Havia muito que não se publicava no Brasil uma nova edição com os contos do escritor estadunidense autor de um dos principais romances na literatura em seu país — O emblema vermelho da coragem. Agora, o livro aqui recomendado reúne três de seus principais contos: o que dá título a antologia, mais “O hotel azul” e “As luvas novas”. Oportunidade de ouro para conhecermos algo da prosa curta de Crane. Você pode comprar o livro aqui
 
2. A menina invisível e outras histórias de visagem, de Mary Shelley (Trad. Emanuela Siqueira, Arte & Letra, 120 p.) Essa edição é um primor desde sua concepção e é um exemplar que coloca o leitor ante outras criações da autora de Frankenstein. O livro reúne um ensaio e três contos marcadamente com temas do medo e do mundo fantasma: o conto que dá título ao volume, “O imortal mortal” e “O mau olhado”. Você pode comprar o livro aqui
 
3. O duelo, de Anton Tchekhov (Trad. Marina Tenório, Editora 34, 176 p.) Um casal de intelectuais se muda de São Petersburgo para uma pequena cidade litorânea do Cáucaso. Nesta que é uma das mais interessantes incursões desse escritor pela narrativa mais longa acompanhamos a lenta transformação do que seria o idílio amoroso devido as circunstâncias de Ivan Laiévski e seu envolvimento com o jogo e bebida. Você pode comprar o livro aqui
 
VÍDEOS, VERSOS E OUTRAS PROSAS

Documentário sobre Clarice Lispector para ver online. Fica em cartaz até o dia 1.º de abril de 2024, o documentário Clarice Lispector: a descoberta do mundo, de Taciana Oliveira. Reunindo depoimentos e material inédito (a entrevista para Os mágicos da TV Educativa, em dezembro de 1976, agora conhecida aqui e noutras redes), o filme é um rico percurso pela biografia e pela obra de uma das nossas mais importantes escritoras. Veja o documentário aqui.

Nas duas décadas sobre a morte de Hilda Hilst, há muito o que recordar nas publicações feitas neste blog (veja a seção seguinte) e nas nossas redes sociais. Para a ocasião, citamos sua leitura de um poema de Júbilo, memória, noviciado da paixão. É um recorte de um raro documentário Departamento de Multimeios do Instituto de Artes da UNICAMP, também disponível online. Basta ir ao YouTube. 
 
Ainda no embalo dos 150 anos do nascimento de Gertrude Stein, lembramos este pequeno vídeo caseiro acrescentado ao arquivo de reproduções em nossa página no Facebook. Originalmente capturado em 16mm e feito por Rose Ellen e Julian Samuel Stein, as filmagens incluem registros da casa de Michael Stein, projetado por Le Corbusier, em Garches, França; e de Gertrude Stein e Alice B. Toklas no Hotel Pernollet, em Belley, França. Data de 1927. 
 
BAÚ DE LETRAS
 
O inédito de Gabriel García Márquez mobiliza os assuntos do blog desde há dez anos, quando publicamos aqui um capítulo de Em agosto nos vemos. Há dois anos, traduzimos este texto sobre o livro que chega aos leitores brasileiros a partir de março.

Como dissemos na seção anterior, Hilda Hilst é uma presença marcante entre as publicações no Letras. Neste endereço é possível conhecer todas as entradas em torno da biografia e da obra da escritora brasileira.

Ainda na superfície do baú. Passando pelo barulho recente dos militantes de sofá formado na desescola das redes sociais, encontramos e traduzimos este texto que reafirma a importância e Franz Kafka e da sua obra para a literatura. 
 
DUAS PALAVRINHAS
 
Como queres que eu não pergunte se tudo se faz pergunta?
 
— Hilda Hilst, em Kadosh

...
CLIQUE AQUI E SAIBA COMO COLABORAR COM A MANUTENÇÃO DESTE ESPAÇO
Siga o Letras no FacebookTwitterTumblrInstagramFlipboardTelegram

* Todas as informações sobre lançamentos de livros aqui divulgadas são as oferecidas pelas editoras na abertura das pré-vendas e o conteúdo, portanto, de responsabilidade das referidas casas.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Seis poemas-canções de Zeca Afonso

A bíblia, Péter Nádas

Boletim Letras 360º #580

Palmeiras selvagens, de William Faulkner

Boletim Letras 360º #575

Boletim Letras 360º #574