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Mostrando postagens de agosto 30, 2012

Toni Morrison, Nora Ephron e dezenas de conselhos sobre escrita

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Houve um tempo em que escrever – um dos desafios caros, tanto quanto subir o Everest ou ir a Lua – era tarefa dada ao silêncio de alguém que nutria basicamente o interesse pela luta com as palavras. Depois o gesto, como tudo, midiatizou-se e tornou-se mais que um desafio, uma espetacularização. Digo, antes se escrevia sem pretensões à fama. Hoje, tem fama para a escrita. É moda nesse cenário os cursos de escrita criativa. Hoje também se fabricam escritores como se fabricam roupas e acessórios. Os cursos, que devem gerar uma receita razoável, afinal todos hoje têm as pretensões de aparecer, em grande parte das vezes, foram responsáveis pela artificialização do processo literário. Paralelo a eventos com esses cursos construímos ainda um verdadeiro arsenal tecnológico em torno do gesto da escrita. através dele espreitamos sob todos os ângulos a intimidade da palavra e de quem se utiliza dela como trabalho. Se pensarmos as campanhas publicitárias que as editoras engendram para