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Com tinta vermelha, de Mireille Abramovici

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Por Pedro Fernandes Nem todo título de uma obra nos propõe um enigma. E os que comumente fazem isso estão marcados por uma sentença poética. Com tinta vermelha não se encaixa nem na primeira e nem na segunda constatação. A princípio, pelo tema proposto, o leitor poderá suspeitar que os termos assim dispostos signifiquem a marca da dor. Mireille Abramovici volta a um tema muito caro para história da humanidade: os horrores do nazismo contra os judeus. Apesar de ser esta uma obsessão manipulada de forma diversa pela literatura de ficção ou pela história nunca deixará de ser algo dispensável para os leitores de qualquer geração porque o horror é sempre necessário de fazer parte do imaginário a fim de que sirva como alerta sobre os desrumos que um projeto de intolerância – nascido de pequenas atitudes, para lembrar da brincadeira de mau gosto experimentada por um russo aos judeus na narrativa de Doutor Jivago , de Boris Pasternak – ganhe a proporção de uma obsessão col