Boletim Letras 360º #602

Mircea Cărtărescu. Foto: Leonhard Hilzensauer


LANÇAMENTOS
 
A editora Mundaréu regressa à obra de Mircea Cărtărescu e publica livro mais desafiador do escritor romeno.
 
O nome do protagonista deste romance poderia bem ser o próprio Cărtărescu. Mas, em vez de escritor de renome internacional e multitude de prêmios, é um professor do ensino público em um bairro periférico de Bucareste. Ainda jovem, um malfadado sarau literário enterrou de vez suas pretensões literárias, restou apenas um diário para atestar o escritor que ele poderia ter sido. Trata-se, então, de autoficção de um duplo imaginário do escritor? Sua vida se resume a ir da escola para casa. Uma casa enorme, em forma de navio, construída por um cientista sobre um solenoide — um gerador de campo magnético que atrai todos os temas e obsessões literárias do escritor Cărtărescu, transformando a rotina do professor primário, para além do nonsense educacional e do terror do sistema de saúde, em um caracol de reflexões sobre percepção da realidade, literatura e filosofia. Tudo isso em Bucareste, capital cinzenta de um país sob regime ditatorial e empobrecido, uma cidade melancólica e sufocante, às vezes fantasmal. Magistralmente escrita, Solenoide é uma obra monumental, que põe em xeque as próprias bases do romance. A tradução é de Fernando Klabin. Você pode comprar o livro aqui.
 
O livro de uma estrela de Hollywood que se refugiou no Centro-Oeste brasileiro e tinha talento de sobra para inventar e arrastar os outros para suas histórias.
 
Você já se perguntou como uma atriz de cinema pode se transformar em vigarista? A história de Joan Lowell ilustra essa transformação de maneira fascinante, e esse é o enredo de Terra prometida, uma reedição do relato intrigante da atriz estadunidense sobre sua aventura ao se instalar no Centro-Oeste do Brasil, na região de Anápolis (GO). A obra, escrita originalmente em 1952, desafia as fronteiras entre a ficção e a não ficção, e destaca o talento de Lowell em criar narrativas convincentes que enganaram até mesmo as estrelas de Hollywood. A experiência da atriz causou furor na comunidade cinematográfica, e seus escritos serviram de propaganda para atrair outros artistas para o centro do Brasil. Sem demora, grandes nomes da indústria do entretenimento como Mary Martin e Janet Gaynor se instalaram em Goiás com a benção da autora-pioneira. Como escreve o repórter Chico Felitti na orelha do livro: “Existe ficção. Existe não ficção. E existe uma zona cinza e misteriosa onde mora Terra prometida”. Fascinantes e persuasivos, os escritos de Lowell nos levam a refletir sobre a credulidade humana e o poder das histórias bem contadas. Nesta nova edição, os recortes de jornal, as fotografias e os paratextos contextualizam e situam na linha do tempo o relato de viagem mirabolante. Escrito pela pesquisadora e tradutora Flora Thomson-DeVeaux, o preâmbulo revela as já controversas peripécias de Lowell antes de vir para o Brasil. Matheus Pestana, por sua vez, assina não apenas a tradução, mas também o epílogo, no qual detalha como a atriz conseguiu enganar outros artistas do show business, fazendo vendas fictícias e passando cheques sem fundos, e como acabou sendo desmascarada. A saga descrita por Joan Lowell em Terra prometida consiste em uma crônica fascinante que relata sua chegada ao Brasil na década de 1930. Lowell, ex-estrela de Hollywood que contracenava com Charles Chaplin, pinta uma imagem vívida de suas supostas aventuras em seu desbravamento das terras de Goiás. São histórias repletas de encontros inusitados e personagens memoráveis, mas a linha entre realidade e ficção é quase sempre borrada, fazendo com que o leitor se indague se a história narrada por Lowell é de fato verdadeira. O ápice dramático da trama ocorreu em julho de 1957, quando Lowell foi presa em Anápolis por estelionato. Como corretora de imóveis, a atriz arquitetou fraudes cometidas contra personalidades de Hollywood. A promessa de uma vida tranquila no Brasil despertou o interesse de estrelas como a diva da Broadway Mary Martin e seu marido, o produtor Richard Halliday, bem como Janet Gaynor, a primeira atriz a receber um Oscar, e seu marido Gilbert Adrian, o figurinista de O Mágico de Oz — casal retratado na capa da edição publicada pela Ercolano. “Dona Joana” (como era chamada Joan Lowell pelos habitantes locais) acabou vendendo terrenos fictícios, o que resultou em um escândalo digno de roteiro cinematográfico. A habilidade de Lowell em persuadir essas figuras a investirem em propriedades inexistentes é um testemunho de seu talento narrativo e de sua capacidade de manipulação. Você pode comprar o livro aqui.
 
A primeira antologia brasileira de Marina Skalova, artista multilíngue nascida em Moscou, em 1988. Livro reúne 43 poemas originalmente compostos em francês e alemão.
 
Para Skalova, a escrita é como uma experiência de estranhamento, e o uso de dois idiomas implica em uma exploração de inúmeras possibilidades linguísticas, realçando as singularidades, instabilidades e hesitações próprias de cada um; isso é destaque para Prisca Agustoni em seu posfácio — “a hesitação, esse pequeno deslizar entre duas margens movediças, nos joga, leitores e tradutora, para outro lugar, o do não retorno possível à língua materna, à língua-origem, à língua-total: o que está em causa ali é outra coisa, isto é, a tentativa de captar o indizível”. Com poemas divididos em quatro eixos temáticos, a poeta explora diálogos entre o corpo e a natureza, o erotismo, as palavras ditas e as não ditas. O corpo se torna objeto da escrita plurilíngue, que por sua vez também toma formas metalinguísticas. A palavra, o silêncio e o carnal, aqui, estão em constante encontro e desencontro, complementados pelo uso simultâneo do francês e do alemão e, agora, do português. Falta de ar sai pela editora Ars et Vita; tradução da poeta Prisca Agustoni. Você pode comprar o livro aqui.

Uma aventura ambientada na Idade Média, e também um romance histórico e um estudo teológico, que entrelaça guerras, a força da Inquisição, perseguições e traições, Cruz de cinza, de Antoine Sénanque, é a obra de um mestre.

1348: a peste assola a Europa e é responsável pela morte de um terço de toda a sua população. 1367: dois jovens frades dominicanos, Antonin e Robert, deixam o mosteiro de Verfeil, em Languedoc, na França, e vão até Toulouse em busca de um precioso pergaminho de velino a mando do prior Guillaume, no qual ele pretende escrever a história de sua vida. No entanto, quando isso chega aos ouvidos de um inquisidor, uma desconfiança é logo despertada. O inquisidor sabe que a vida de Guillaume, prestes a ser eternizada, promete abalar a estrutura da Igreja Católica com uma confissão que pode levar à verdade sobre a disseminação da peste e sua relação com Eckhart de Hochheim, conhecido como mestre Eckhart, um teólogo místico e um dos pregadores mais admirados da cristandade — até ser acusado de heresia. E o inquisidor está disposto a fazer de tudo para colocar as mãos nesse segredo e usá-lo a seu favor. Inquisição, guerras, perseguições e traição, das cadeiras da Sorbonne às estepes da Ásia Central, Antoine Sénanque entrelaça de maneira impressionante o destino de figuras históricas com o de personagens fictícios, combinando histórias pessoais com a história mundial e assinando um texto excepcional, a um só tempo romance de aventura e policial medieval, afresco histórico e estudo teológico. Um thriller intenso e dramático no qual os ensinamentos de Eckhart e as escolhas dos dois protagonistas dão um novo sentido à palavra “irmandade”. Publicação da editora Record; tradução de Ivone Benedetti. Você pode comprar o livro aqui.
 
Uma rica amostra do trabalho de Júlia Lopes de Almeida como cronista.
 
Entre o fim do século XIX e início do século XX, em um momento em que a crônica se fortalecia como gênero literário, Júlia Lopes de Almeida se firmou como uma de suas principais representantes. Estreando sua carreira em 1881, no jornal Gazeta de Campinas, Júlia teve uma longa trajetória como cronista e uma importante produção literária. Júlia do Rio: crônicas da Belle Époque carioca reúne quarenta e seis textos publicados no jornal O Paiz, no período de 1908 a 1912, quando a cidade do Rio de Janeiro, então capital do Brasil, passava por grandes transformações. Por meio de seu olhar perspicaz, acompanhamos as reformas na cidade, o início dos carros e a poluição provocada por eles, os problemas cotidianos, como a falta de abastecimento de água e iluminação, além de seus pontos de vista sobre a cena política e artística da época. Uma obra capaz de revelar a fascinante faceta cronista e flâneuse de uma das mais importantes autoras brasileiras. Organizado e apresentado por Anna Faedrich, o livro é publicado pela editora Bazar do Tempo. Você pode comprar o livro aqui.
 
O regresso de Lisa Ginzburg com um novo dilema de ordem familiar.
 
A família como território de desterro, como uma pátria de solo envenenado, que nunca é passível de ser abandonada completamente. Laços de sangue. Laços de fantasmas. O difícil das relações familiares é caro para a escritora italiana Lisa Ginzburg. Com seu Cara paz, finalista do Prêmio Strega 2021, arquitetou a relação de duas irmãs “órfãs sem jamais terem sido”, como a própria autora prefere olhar para elas. Em Uma pluma escondida, Tan chega, no começo da sua adolescência, para ser acolhido no lar dos Manera, que há tempos sonham com a ideia de cuidar de uma criança. Sua intempestiva chegada, no entanto, lança a todos no vazio de uma pergunta sem resposta certa: onde encontramos o grau zero, a semente, dos laços entre pais e filhos? Enquanto a pergunta se desenrola, todos são observados por Rosa, a filha dos caseiros dos Manera, que se sente ela própria “órfã”, diante do impasse dos pais em demonstrar carinho.  O sentimento de orfandade acaba unindo os dois jovens numa relação insular, que desperta desejos que só vão ser compreendidos com o passar dos anos. Rebelde com causa e com um passado desconhecido e incerto, Tan implode o casamento dos novos pais, a si próprio e, pior, sua ligação com Rosa. É justamente sobre esse momento, em que todas as ideias de família parecem não dar mais conta do mundo, que Ginzburg nos fala no seu romance. O título do livro, o misterioso jogo por trás da expressão “uma pluma escondida”, acompanha a narrativa como uma espécie de refrão, que nos lembra que em algum momento seremos convidados a voltar para casa outra vez. Onde quer que isso seja. Publicação da editora Nós; tradução de Francesca Cricelli. Você pode comprar o livro aqui.
 
Peça teatral singular na literatura irlandesa ganha tradução e edição brasileiras depois de apresentada em leitura dramática em São Paulo.
 
Os acontecimentos da peça teatral O aleijado de Inishmaan (The Cripple of Inishmaan) se passam em 1934, em uma das três Ilhas Aran, no oeste da Irlanda: Inishmaan. Os habitantes da ilha tomam conhecimento de que o diretor de cinema norte-americano, Robert Flaherty, chegará à ilha vizinha, Inishmore, para filmar o documentário Homem de Aran. Billy, um rapaz órfão com deficiência física, chamado pelos habitantes da ilha de Aleijado Billy, decide se candidatar a figurante no filme, mas apenas para descobrir que tudo será bem diferente de seu sonho. A peça estreou no Royal National Theatre, em Londres, em 12 de dezembro de 1996, com direção de Nicholas Hytner, e foi publicada pela primeira vez pela editora Methuen, em 1997. Desde então, tem sido produzida na Inglaterra, nos Estados Unidos, na Irlanda e em outros países. No Brasil, foi apresentada em forma de leitura dramática, com tradução de Domingos Nunez e direção de André Acioli, no V Ciclo de Leituras da Cia. Ludens — Teatro irlandês, deficiência e protagonismo —, na Escola Superior de Artes Célia Helena, em São Paulo, em 3 de outubro de 2023. Segundo Patrick Lonergan, professor da University of Galway, a obra de McDonagh “tem atravessado fronteiras nacionais e culturais sem esforço, o que o torna um dramaturgo verdadeiramente global”. Publicação da editora Iluminuras. Você pode comprar o livro aqui.
 
Os tratados de Aristóteles acerca das práticas virtuosas no comportamento individual e nas relações interindividuais.
 
O filósofo grego Aristóteles (384-322 a.C.), discípulo de Platão e preceptor de Alexandre, o Grande, escreveu cerca de trinta tratados que chegaram até nós, abordando as mais diversas áreas, da poesia à biologia, da física à política, da lógica à metafísica, textos que se tornaram verdadeiros pilares do que conhecemos hoje como a ciência moderna. Na estrita área da filosofia, a Ética a Nicômaco talvez seja o mais importante deles. Organizado em dez livros e dedicado provavelmente ao filho do autor, o tratado parte da ideia de que o objetivo último do ser humano é a felicidade, para em seguida analisar, no comportamento individual e nas relações interpessoais, os diferentes âmbitos da vida em que devemos agir de maneira virtuosa (isto é, equilibrada), distinguindo tais práticas de muitas outras não virtuosas em que costumamos incorrer, identificadas como excessivas ou insuficientes, e não guiadas pela razão. A presente edição, bilíngue, traz a tradução da Ética aristotélica realizada por André Malta, professor livre-docente de língua e literatura grega da Universidade de São Paulo. Com fidelidade ao original e recuperando os detalhes de estilo do autor — muitas vezes seco e reiterativo, mas com momentos de beleza —, esta nova versão proporciona aos leitores um contato renovado, livre de paráfrases e adaptações, com esta obra fundante da cultura ocidental. Publicação da Editora 34. Você pode comprar o livro aqui.
 
REEDIÇÕES
 
A José Olympio reedita a antologia histórica organizada por Luís Martins com a crônica de João do Rio.
 
É difícil distinguir onde termina o jornalismo e começa a literatura na obra de João do Rio. Ele estreou cedo, aos 17 anos, na revista Cidade do Rio, e apenas dois anos depois começou a contribuir para a Gazeta de Notícias, periódico que acolheria os textos que o tornaram imortal da literatura brasileira. João do Rio foi, antes de tudo, um observador das ruas, dos costumes e das gentes. Um flâneur. Com brilho e engenho verbal, eternizou o início do século, a modernização do Brasil e, em especial, da capital da República, o Rio de Janeiro. Reportagens, contos e crônicas formam o escopo de sua obra. Ele era como um fotógrafo — profissão que se popularizava — e criou o retrato de uma época ao escrever um país que se descobria e criava para si um humor próprio, irônico, satírico e vívido, ilustrado por postes elétricos, automóveis, cinematógrafos, teatros, modern girls e pelo dandismo. Luís Martins, que assina a seleção e a apresentação desta antologia, foi também premiado jornalista, escritor e, claro, cronista. Um discípulo de João do Rio em sua forma de compreender e descrever a cidade, seus habitantes e mistérios. Martins selecionou especialmente para esta antologia textos de obras como A alma encantadora das ruas, As religiões do Rio, Cinematógrafo: crônicas cariocas, Vida vertiginosa, A correspondência de uma estação de cura, entre outros. Nesta seleção, pode-se encontrar o gênio boêmio de João do Rio, de olhos aguçados e caneta afiada. Tal qual uma máquina do tempo, João do Rio: uma antologia nos transporta para o início do século passado e nos faz entender como João do Rio conseguiu a proeza de ser eleito imortal da Academia Brasileira de Letras aos 29 anos. Nas palavras de Luís Martins: “Na história da crônica brasileira há um período anterior — e um posterior a João do Rio”. Temos aqui o melhor registro disso. Você pode comprar o livro aqui.
 
A editora Tordesilhas reedita a tradução de Machado de Assis para Os trabalhadores do mar, de Victor Hugo.
 
Um romance épico sobre obsessão, drama e sobrevivência. Os trabalhadores do mar traz à luz a luta do homem contra a natureza; a obsessão de um jovem operário rejeitado pela comunidade na qual vive, Gilliat, por uma bela jovem chamada Déruchette; e o drama vivenciado por trabalhadores em alto-mar. Com o grande dom poético de Victor Hugo, esta obra tem como pano de fundo e é dedicada à ilha de Guernesey, local onde o autor viveu quinze anos em exílio. Ambiente de episódios aparentemente mundanos, a pequena comunidade insular é palco de um drama ocasionado pelo capitão Clubin, que sabota Durande, o navio naufragado do armador Lethierry. Através de uma narrativa envolvente, a trama exibe o embate de um homem contra as forças da natureza e o poder do amor, e nos convida a refletir sobre o indivíduo e a natureza, sobre as decisões e seus desafios. A nova edição tem ilustrações de Amanda Carla e Ralph Prado. Você pode comprar o livro aqui.
 
RAPIDINHAS
 
Duas vezes Silviano Santiago. A Companha das Letras reedita em novembro o esgotado livro de contos Keith Jarrett no Blue Note; já a Nós publica o que chama de folhetim em que Santiago repensa o romance brasileiro — serão três cadernos em andamento cujo título é O grande relógio: a que hora o mundo recomeça.
 
DICAS DE LEITURA
 
Na aquisição de qualquer um dos livros pelos links ofertados neste boletim, você tem desconto e ainda ajuda a manter o Letras.
 
1. Uma história cotidiana, de Thomasine Gyllembourg (Trad. de Lucas Lazzaretti, Arte & Letra, 92p.) Um noivado impulsivo e o pedido de um amigo fazem o narrador conhecer uma jovem que foi abandonada pelo noivo. O que poderia ser apenas um acontecimento cotidiano transforma-se em algo que irá definir o destino de todos. Você pode comprar o livro aqui
 
2. Cavalo no escuro, de Rafael Gallo (Record, 208p.) O regresso do escritor à forma literária que o revelou: o conto. A antologia reúne dez textos que apresentam personagens marcantes, envoltas cada uma em suas próprias cegueiras, insuficiências, compulsões, obsessões e dificuldades. Você pode comprar o livro aqui
 
3. Além do Rio dos Sinos, de Menalton Braff (Reformatório, 280p.) Estruturado em dois planos temporais, da Segunda Guerra à ditadura militar, presente e passado articulam numa história que percorre a vida de Florinda e Nicanor num país profundo e esquecido. Você pode comprar o livro aqui
 
VÍDEOS, VERSOS E OUTRAS PROSAS
 
Esta semana fomos agraciados com uma revelação: novas imagens, em fotografias e vídeo, de Clarice Lispector. O filme Dias de Clarice em Washington, dirigido por Eucanaã Ferraz e com comentários de Paulo Gurgel, filho da escritora, e Teresa Montero, captura o momento quando Clarice vivia na capital estadunidense com a família, entre 1952 e 1959. Além de expressivo número de fotografias inéditas — que registram o ambiente doméstico e o convívio com amigos — há imagens preciosas filmadas durante evento público, no qual aparecem a escritora, seu marido, Mauri Gurgel Valente, o filho Paulo, além de amigos do casal. Trata-se de um breve filme colorido, gravado em película, sem registro da autoria, descoberto em 2023 no Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil (CPDOC), da Fundação Getúlio Vargas, RJ. Este é o terceiro registro de Clarice Lispector em vídeo. Veja aqui
 
BAÚ DE LETRAS
 
E, por falar em Clarice Lispector, recordamos esta matéria publicada por aqui em fevereiro de 2023 e dedicada às aparições da escritora em entrevistas (áudio, vídeo e escritas).

Mircea Cărtărescu ocupa seu lugar entre os perfis apresentados aqui no Letras, na seção “Os escritores”. Em dezembro de 2022 traduzimos este texto em torno da vida e obra de um dos nomes mais destacados na literatura romena contemporânea.

DUAS PALAVRINHAS
 
Chamam a um livro de poemas um livro de poesias. No entanto, na verdade, que é ele? Uma simples máquina, um motorzinho, um átomo, destinado a criar dentro do leitor um estado poético.

— Jorge de Lima, entrevista para Revista d’O Jornal

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