Jaci: um retrato dos pecados capitais das grandes obras na Amazônia
Por Luis Fernando Novoa Garzon

Cena final, brega vazio: muitos seguiram para Belo Monte, outros voltaram para suas famílias; e lá permanece a jovem, nem mais tão jovem, em Jaci. Suas lágrimas percorrem seu rosto e todo o filme contando a sua história particular no mosaico de vidas que a obra reúne. É o “ônus do progresso”, justifica um deputado federal, diretamente interessado. É a forma de naturalizar a transformação irreversível da paisagem, do meio ambiente e das histórias de milhares de pessoas — para o benefício exclusivo de grandes grupos econômicos. O processo desse sofrimento ocultado das lentes oficiais está registrado limpidamente em Jaci: sete pecados de uma obra amazônica.
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