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Mostrando postagens de fevereiro 17, 2016

Os artifícios da respiração narrativa de Ricardo Piglia

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Por Alfredo Monte «…Cada vez que pega uma nova rua, as vozes envelhecem, as palavras antigas estão como que gravadas nas paredes dos edifícios em ruínas. A mutação tomou conta das formas exteriores da realidade. ‘Aquilo que ainda não é define a arquitetura do mundo’, pensa o homem e desce à praia que circunda a baía’. Vê-se, ali, à beira da linguagem, como a casa da infância na memória’»…  Ricardo Piglia,  A cidade ausente 1 «Todos queremos, le digo, tener aventuras. Renzo me dijo que estaba convencido de que ya no existían ni las experiências, ni las aventuras. Ya no hay aventuras, me dijo, sólo parodias. Pensaba, dijo, que las aventuras, hoy, no éran mas que parodias…»  Ricardo Piglia, Respiración artificial 2 Sempre me sinto desconcertado e tolhido quando penso em escrever sobre a ficção de Ricardo Piglia.  Tenho dificuldades em escrever algo que valha a pena sobre  A cidade ausente , romance de 1992 do qual tirei a epígrafe, uma coisa meio Borges meio Bur