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Mostrando postagens de fevereiro 26, 2016

A escrita em suspenso dos diários de Sartre

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Por Rafael Kafka             Li os diários de Sartre quando tinha 19 anos e iniciava o curso de Letras no antigo CEFET/Pa. Eu estava conhecendo a obra do filósofo existencialista, bem como de sua companheira, Simone de Beauvoir, e muito me interessou ler algo mais ligado a sua intimidade, até porque já na época eu demonstrava o interesse de manter um diário pessoal, mas sem as baboseiras típicas do gênero. Quando criança, tentei de todas as formas manter diários durante um certo período, porém tropecei diversas vezes no fato de ver na minha vida algo desinteressante demais, rotineiro demais. Adulto, percebo que na verdade quando crianças temos um olhar fantasioso demais que nos ajuda a lidar melhor com os demônios da realidade objetiva, algo bem retratado por Alê Abreu na animação brasileira O menino e o mundo , concorrente ao Oscar desse ano. Se tivesse colocado no papel as agruras de quando criança, provavelmente eu teria feito um belo esboço de autobiografia, cheio de