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Plataforma, de Michel Houellebecq

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Por Pedro Fernandes Michel Houellebecq. Foto: Alessandro Albert “Os órgãos sexuais existem como fontes permanentes e disponíveis de prazer. O deus que criou nossa desgraça, que nos fez efêmeros, vazios e cruéis, também previu essa forma de débil compensação. Se não houvesse, de vez em quando, um pouco de sexo, em que consistiria a vida? Um combate inútil contra as articulações que endurecem e as cáries que se formam. Tudo, ainda por cima, absolutamente desinteressante – o colágeno que anquilosa as fibras, a criação de cavidades microbianas nas gengivas. Valérie abriu as coxas bem em cima da minha boca.” A passagem em destaque está no capítulo 7 da segunda parte, de três, “Tailândia tropical”, “Vantagem competitiva” e “Pattaya Beach”, do romance Plataforma , de Michel Houellebecq. E a menção logo à entrada deste texto desempenha o papel de compreender ao menos três aspectos concernentes a esta obra. O primeiro se refere ao narrador e à maneira de narrar característica