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Dez vozes da poesia feminina que desafiaram o panteão dos poetas

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Em todas as dimensões estende-se o império dominador do homem. Mesmo na poesia – esse território cujo nome se reveste do elã feminino e cujas bases de realização, fruto seja do imperativo das musas ou da inspiração, são igualmente femininas –, às mulheres sempre foram, por pura ânsia ambiciosa do mando sectarista, este espírito que caracteriza tal império do macho, reduzidas. Traços negativos disso estão em toda parte. A começar pelo vocábulo que designa a mulher que trabalha no ofício da tessitura de palavras em poemas. As primeiras delas começaram por se designar poetisas, impondo uma ruptura com o poder simbólico imposto pela gramática da língua. E não tardou para que esta palavra logo se tornasse, apesar de aceita gramaticalmente em designação pejorativa indicando o destreinado com o exercício poético. Desde então, instalou-se um impasse nominativo que ainda contemporaneamente reverbera. A umas, por oposição ao tom pejorativo do poetisa , preferem que sejam reconhecidas