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Mostrando postagens de novembro 16, 2012

Pelo Dia do Desassossego, reler este “Memorial”

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Pedro Fernandes Ler o Memorial do convento , este monumento literário de José Saramago, escritor que chega aos 90 anos hoje, 16 de novembro, é ler a sua própria figura – assim me expressei hoje a tarde na minha página pessoal. A afirmativa não é vazia. Enquanto ia fazendo minha releitura do romance que fecha exatos 30 anos agora em 2012, e um dos mais célebres do Prêmio Nobel de Literatura (deixem que eu faça este breve parêntesis para dizer por aqui o que disse numa fala minha noutra ocasião, era uma comunicação no II Seminário Internacional de Artes e Literatura Barrocas, que se fosse elencar os principais romances de José Saramago, colocaria este Memorial , O ano da morte de Ricardo Reis , O evangelho segundo Jesus Cristo e Ensaio sobre a cegueira como os quatro momentos epifânicos de sua obra) vi notando pelas frases colhidas, aquelas de maior impacto à sensibilidade leitora, aqueles em que ficamos algum tempo parados pensando em como isso é possível ser dito por uma pes

Meio século do Boom literário latino-americano que mudou os rumos da literatura de língua espanhola

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Na foto, três protagonistas do Boom: Vargas Llosa (com sua mulher Patricia), José Donoso (e sua mulher Pilar Serrano) e Gabriel Garcia Márquez com sua mulher, Mercedes Barcha. Foto: El País. 1962 foi um ano prodigioso para a literatura de língua espanhola. Naquele ano, no Chile, era realizado o Congresso de Intelectuais de Concepción e pela ocasião foram publicados oito livros que se tornariam elementares para a literatura contemporânea na América Latina. Dentre eles, O século das luzes , de Alejo Carpentier, A morte de Artemio Cruz , de Carlos Fuentes, A cidade e os cachorros , de Mario Vargas Llosa. Fiquemos apenas com estes três romances porque representam a gênese de três grandes escritores que se tornaram universais. Um deles, o Vargas Llosa, recebedor do mais importante prêmio literário, o Nobel. É por essa ocasião, vista como o ponto de partida para se criar, no mundo, um olhar mais acurado com o produzido nas letras da América Latina ou mesmo revelar nomes e