Notas de viagem

Por Pedro Fernandes





1. Na primeira viagem a Mossoró há duas semanas, um pequeno desgosto, porque não pude acompanhar na noite de 19 de março, o lançamento da 3ª edição do Jornal Trabuco e o lançamento do Projeto Caderno Sarau. O que rolou foi apenas uma curta conversa com o poeta mossoroense Gustavo Luz. Na pauta desse encontro não programado estavam assuntos pessoais e assuntos que dizem respeito à organização do Caderno de Poesia Sarau – projeto que terá lançamento junto com a quarta edição do Jornal Trabuco, prevista para maio – e ao seu livro de poesia, agora em segunda edição, sem data para relançamento, o Das máquinas.

2. A reedição de Das máquinas tem o texto da quarta capa escrito por mim, depois de uma leitura na íntegra do conjunto de poemas; abaixo tomo a liberdade de transcrever alguns inéditos da obra. Tão logo o livro seja publicado copio por aqui o referido texto que escrevi.

3. Desta conversa com Gustavo, outra novidade: as publicações da editora do poeta – a Queima-Bucha, mestra nacional em divulgação do cordel nordestino – estão à disposição dos leitores nas livrarias Siciliano de todo o Rio Grande do Norte. E aqui em Natal já vi mesmo o Cartas da Europa, que reúne cartas do escritor Jaime Hipólito e o Veredas de sombra, do poeta e cordelista Antônio Francisco.

4. Na segunda viagem, um segundo pequeno desgosto, não ter ido lançamento do livro Travessias de sentido; a apresentação aconteceu  na Livraria Potylivros, no dia 27 de março. O título reúne um conjunto de artigos acadêmicos de pesquisadores e professores da Faculdade de Letras, da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte. Pude apenas rever em rápida conversa o poeta Leontino Filho para a troca de ideias acerca do Caderno de Poesia Sarau.

5. Dois poemas de Gustavo de Luz, de Das máquinas

Manhã

Não acho novidade alguma ser manhã
tantas já vi nascer
sol muitas vezes
vi atrás de mares
             de morros
             de rios
             de serrotes
             de açudes
e que diferença faz
um poeta amanhecido na cidade?


O papel branco

Tanta vontade
de poesia
Tanto tempo
 alegria.


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